França
Neste sábado, entre 825 mil (segundo a polícia) e três milhões de manifestantes (segundo os sindicatos) saíram às ruas para demonstrar o repúdio à reforma das aposentadorias proposta por Sarkozy.
17 de outubro de 2010
17 de outubro de 2010
Os sindicatos afirmaram que a mobilização deste sábado foi comparável às anteriores. O governo, porém, esperançoso de conseguir quebrar o espírito combativo das massas que se levantaram contra seu plano de austeridade, procura jogar para baixo o número. “O movimento caminha para se expandir, tanto no que diz respeito ao número de empresas afetadas pelas greves de diversas formas, quanto o número de trabalhadores que participam das manifestações”, de acordo com o anúncio feito pela imprensa francesa.
Ao invés de retirar da pauta do Congresso, o governo francês passou a declarar publicamente que é preciso “dar mais explicações” sobre o aumento das aposentadorias proposto no início deste ano.
A greve conduziu à paralisação da atividade industrial em setores-chave da economia francesa. O fechamento dos depósitos e refinarias no país forçou os aeropostos e outras empresas a depender do petróleo importado para tentar dar continuidade aos seus planos.
Dividido entre a direita e a esquerda, o Partido Socialista, encabeçado por Martine Aubry, tem nas mãos uma das chaves para o controle da situação. Ao apostar no desenvolvimento da luta no terreno parlamentar, isto é, na sua promoção para a liderança de um governo com amplo apoio do empresariado e do imperialismo mundial, o PS destina a enxurrada social, representada pelas massas em greve, para o moinho da direita.
As massas têm que se libertar dos entraves colocados contra sua mobilização pela esquerda, bem como enfrentar o governo e os setores conservadores. A luta contra as aposentadorias não será definida no Parlamento, mas está sendo, neste momento, decidida nas ruas.
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