Nas últimas
eleições uma das propostas mais discutidas foi à construção de creches.
Promessas foram feitas, mas tudo até agora não passou de fumaça.
Ademir Ramos (*)
Passado a licença maternidade, a mãe
trabalhadora tem o dever de voltar ao batente. Nesta hora é que se vê o quanto
os Direitos dessas mulheres são violentados tanto pela empresa, como pelo
município e, principalmente, pelos sindicatos corruptos que nada ou pouco caso
fazem para o cumprimento da legalidade quanto à construção das creches. E assim
a mãe trabalhadora é barbaramente separada de seus filhos e com lágrimas nos
olhos pela madrugada parte rumo ao Polo Industrial de Manaus para garantir o
ganha pão de sua família, na perspectiva de se desenvolver como pessoa, sujeito
de Direito e cidadã produtiva que é.
A irresponsabilidade das empresas somada com
a cumplicidade dos sindicatos das corporações denuncia o crime e o abandono em
que se encontram estas mulheres trabalhadoras, reclamando a garantia de seus
Direitos fundamentais. Nas últimas eleições uma das propostas mais discutidas
foi à construção de creches. Promessas foram feitas, mas tudo até agora não
passou de fumaça, embora o governo federal propale por todos os cantos que vem
liberando recurso para tal fim. O fato é que as mães trabalhadoras estão
desamparadas por não poderem arcar com os custos de uma creche particular para
cuidar de seus filhos, vivendo em desespero e total intranquilidade social.
O choro dessas mães trabalhadoras bateu fundo
no meu peito e com indignação manifesto minha solidariedade recorrendo ao
Ministério Público do Trabalho providências junto às instancias responsáveis
para garantir a essas mulheres condições digna de trabalho, fazendo valer o
sagrado direito materno de acompanhar e cuidar de seus filhos.
Aproxima-se o dia das mães, o mercado
mobiliza todos os meios necessário para ampliar as vendas e fazer caixa,
segundo a lei da oferta e da procura. Nada contra, contudo é necessário que os
governantes junto às corporações empresariais respondam com responsabilidades,
pactuando ações que resultem na construção de creches em atenção ao respeito
dos Direitos das mulheres trabalhadoras e de uma infância saudável. Aos
sindicatos deve-se cobrar compromisso com a classe, repudiando seus interesse
partidários e particulares por hora assentados na vontade patronal em conluio
com os partidários da base aliada que pouco ou nada fazem para assegurar o
trabalho digno para as mulheres e homens do nosso Amazonas.
(*) É professor, antropólogo, coordenador do
Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
De Olho No Mundo(www.deolhonomundo.com) analisa a essência humana, o mundo, astrologia, fenômenos ocultos..., em sua plenitude. Nesse vídeo ela fala sobre a libertação das mulheres - http://youtu.be/hJ9gk9Sap4Y - Tenho certeza que vocês gostarão. Abraços.
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