quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Ecossocialismo: Dia da Amazônia


ELSON DE MELO*
QUARTA, 05 DE SETEMBRO DE 2018

“A floresta amazônica deverá ser o ciclópico divã psicanalítico da espécie humana, onde ela se deitará para repensar e analisar todos os conflitos de seu destino cósmico.”
– Evandro Carreira, em Amazônia Usina de Alimentos para o Terceiro Milênio

Hoje, dia 5 de setembro é celebrado o Dia da Amazônia. A necessidade de preservar esse ecossistema implica em definirmos uma nova civilização que entenda a complexidade que envolve a floresta, os rios, que comandam a vida na Amazônia – a nova civilização que propomos é o Ecossocialismo.

Nossa Amazônia é a maior reserva natural do planeta e, uma das maiores riquezas da humanidade. Nossa hileia possui o entorno de cinco milhões e meio de quilômetros de floresta e abrange nove países, ocupa 26% de área do território brasileiro que precisa ser protegida pelo seu povo, uma vez que o futuro da floresta está em constante perigo.

O Senador Evandro Carreira em seu Manifesto Ecológico afirma que:

“Somente o Índio por estar em sintonia cósmica, entendeu ciberneticamente a Amazônia. Ele a penetrou nu e na ponta do pé, assim como o passarinho constrói o ninho sem aprendizado e o peixe migra de um oceano para o outro, obediente à cibernética.”

O Dia da Amazônia é uma forma encontrada de chamar a atenção da população para a necessidade de preservar esse bioma, a data universal é o dia 5 de setembro quando se comemora a criação da Província do Amazonas por D. Pedro II em 1850. O objetivo principal é alertar a população a respeito da destruição da floresta sua fauna e flora, é também um dia para refletirmos sobre o futuro da nossa Região, como devemos conviver harmonicamente homem e a floresta, sem destruir essa importante fonte de biodiversidade.

O desmatamento há cada ano avança sobre a floresta Amazônica, o principal motivo é a plantações de soja e da pecuária, extração ilegal de madeiras nobres, a criação de grandes hidrelétricas e a exploração mineral por mineradoras, ou seja, quanto mais o capital avança com seus grandes projetos de exploração da riquezas naturais, maior vai sendo a devastação das florestas e o aumento da dificuldade dos povos tradicionais sobreviverem na Amazônia.

Para nós Ecossocialistas, a vida na Amazônia precisa ser entendida a partir das experiências dos nossos ancestrais, dos povos originários, que vivem há séculos preservando e protegendo o nosso território sem a necessidade depredar esse patrimônio natural e ecológico da humanidade.

A vida na floresta é comandada pelos rios, lagos, paranás e igarapés, a relação homem e natureza foi sempre uma relação de interdependência, onde o homem preserva para tirar o seu sustento. É conforme essa convivência, que precisamos organizar essa nova civilização, uma civilização que valorize o ser e não o ter (ser parte e não ter parte) onde o todo é mais importante que individualidade, a coletividade é mais importante que a cobiça, a ganancia e o egoísmo individualista.

A civilização ecossocialista valoriza o homem como preservador e parte do Bioma Amazônico, não como explorador das suas riquezas.

No dia da Amazônia, é importante denunciar a fúria do capital que avança diariamente sobre o nosso território, visando extrair do bioma apenas as riquezas em detrimento da vida dos povos que aqui habitam.

Amazônia para os seus povos!
Preservar é preciso.

*Elson de Melo, é sindicalista e militante do PSOL.





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