A luta pelo Direito faz da pessoa um cidadão. Não basta apenas
querer é preciso participar criando as condições necessárias para fazer valer a
vontade da maioria, principalmente, em se tratando dos Direitos fundamentais
referentes ao acesso à saúde, educação, moradia, segurança, a defesa do meio
ambiente, transporte coletivo digno e outras conquistas consagradas na
Constituição Federal. Para esse fim é preciso abrir várias frentes de lutas
seja junto aos parlamentos municipais, estadual e federal. Estas frentes devem
ser expressões da força das comunidades organizadas e dos demais segmentos
sociais que reivindicam participar diretamente da garantia dos seus Direitos
Sociais.
O Fórum do Jaraqui, em pleno exercício todos os sábados das 10 às
12h, na Praça Heliodoro Balbi, na República Livre do Pina, no Centro Histórico
de Manaus, é uma dessas frentes que serve de tribuna popular para denunciar os
malefícios dos políticos viciados e corruptos que usam o povo como escada para
se afirmar no carreirismo político tirando proveito para si, seus familiares e
em atenção a determinados grupos empresariais que bancam seus projetos
políticos eleitorais para em seguida assaltar o cofre público. Todos nós
conhecemos os gatunos políticos e seus aliados que se beneficiam com as
propinas, acumulando um patrimônio de fazer inveja aos banqueiros
internacionais.
Por outro lado também, o Jaraqui exalta o movimento social, os
parlamentares e os governantes responsáveis que cumprem com seus deveres
republicanos, em atenção à garantia dos Direitos Coletivos, assegurando a
qualidade do serviço público prestado à população, não só da capital do estado
como também dos demais municípios do interior.
O Jaraqui antes do sábado promove reunião de pauta para avaliar e
encaminhar novos eixos de discussão com propósito de transformar a dor e a
indignação popular em ação e ato que venham agregar força fazendo valer o bem e
a felicidade pública.
Para esse fim, a coordenação do Jaraqui definiu a seguinte pauta:
22/06 – Tema em debate – Trabalho e qualidade de vida no PIM; 29/06 – O diabo
da puvulagem e a arrogância política em ritmo junino; 6/07 – Cesta básica e o
preço do pão de cada dia no Amazonas; 13/07- Combate ao trabalho infantil e
afirmação dos direitos das crianças e adolescentes; 20/07 – Trabalho e creche,
a luta das mulheres trabalhadoras por Justiça Social e 27/07 – Zona Franca:
Promessas, acertos e incertezas.
Nessa pisada o Jaraqui conta com o apoio dos parceiros, convidando
os especialistas e debatedores para se fazerem presentes na praça dando voz a
grita dos trabalhadores e trabalhadoras que muito lutam por seus direitos
trabalhistas e que muitas vezes não conta com o apoio dos sindicatos de base
que são seus principais aliados nas negociações patronais. Com efeito, o Jaraqui
catalisa a indignação popular e mobiliza força para afirmação dos Direitos
populares fazendo valer sua força de controle social com aval do povo na praça.
(*) É professor, antropólogo e coordenador do projeto Jaraqui e do
NCPAM/UFAM.
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