domingo, 28 de fevereiro de 2010

A CUMPLICIDADE DE LULA E O LIDER DO MENSALÃO ZÉ DIRCEU


Quando Lula foi eleito em 2002 para o seu primeiro mandato na Presidência da Republica, um outro militante histórico do PT despontava no cenário político Nacional. Trata-se do Deputado José Genoino, embora derrotado ao Governo de São Paulo no segundo turno das eleições o velho guerrilheiro empolgou toda a militância de Norte a Sul e Leste a Oeste do País. Pelo seu brilhantismo como parlamentar, pelo carisma natural. Genoino era o sucessor natural de Lula nas Eleições que se aproxima.

Acontece que não foi só este humilde observador que constatou essa possibilidade. O então Presidente do PT José Dirceu também percebeu! Logo se apressa a engendrar uma forma de brecar a ascensão de Genoino, passando por cima de todos os Vices Presidentes do PT impôs ao Diretório o novo Presidente do Partido e o escolhido foi exatamente José Genoino.

José Dirceu não precisava renunciar a Presidência do PT para ser Ministro da Casa Civil de Lula, porém era preciso impedir de alguma forma a legitimação do Velho Guerrilheiro como a grande Liderança emergente dentro do PT e no País. Embora trocasse o Presidente do Partido Dirceu fez questão de manter todos os demais membros da Executiva como Delubio Soares e Silvinho Pereira, estava armada a arapuca. Genoino um homem integro de formação ética não foi capaz de desconfiar e se transformou no inocente útil da Republica do mensalão!

O velho guerrilheiro foi surpreendido quando tomou conhecimento da quantidade de documentos comprometedor que Delubiu e Silvinho sobre a orientação de Dirceu o fizeram assinar sem ler. Pecou por confiar demais. Genoino agüentou aquela humilhação em silêncio e sem ter como reagir. Imagino o seu sofrimento.

Lula foi cúmplice de Dirceu, e agora é refém dessa cumplicidade, se alguém dúvida então vamos aos fatos posteriores a isso: foi Dirceu que escolheu a hora de se demitir do Ministério, foi ele que impôs o nome de Dilma para substitui-lo e foi Dirceu que também impôs ao Presidente Lula a Candidatura de Dilma. O Presidente não teve saída, ignorou seus velhos companheiros que o ajudaram a fundar e construir o PT e passa a render homenagem a uma militante que só veio para PT após sugar toda as energias do PDT gaúcho.

Agora Dirceu vagueia o Brasil a fora impondo negociando condição para formar o palanque de Dilma, oferece proteção a executivos que estão em vias de ser cassados como no caso de Manaus onde segundo as línguas dos políticos baré o ex-Ministro controla as Secretárias do Trabalho e da Fazenda Municipal. Tudo isso com as bênçãos do Presidente Lula. É uma cumplicidade muito estranha, desvende esse segredo que nem o carnavalesco da Tijuca será capaz de revelar.

Elson de Melo – Sindicalista

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A REDUÇÃO DO PREÇO DA PASSAGEM DE ÔNIBUS

Antes de qualquer juízo cumprimento o Prefeito de Manaus Amazonino Mendes – PTB pelos R$ 0,15 (quinze centavos) de redução no preço das passagens de ônibus. São R$ 108,00 (cento e oito reais) que o usuário deixa de transferir ao ano para o bolso dos empresários de transporte urbano, isso prova que a população vem pagando um preço acima do real valor da passagem de ônibus em Manaus!

Pela declaração do prefeito afirmando que a licitação feita pelo ex-Prefeito Serafim Corrêa - PSB foi direcionada para legitimar as empresas que já detinham a concessão dos transportes de passageiros na cidade de Manaus. Escancarara uma ilegalidade que precisa ser investigada pelo Ministério Público.


O que a população usuária de transporte coletivo espera agora do Prefeito são coisas muito simples que não envolve grandes recursos. Primeiro a devolução das cadeiras que o Vereador Marcelo Ramos junto com o ex-Prefeito Serafim retiraram dos ônibus, segundo a padronização das portas de entrada e saída, que atualmente é uma bagunça, tem ônibus que é pela frente e outros pela porta de atrás.


Em qualquer cidade que o gestor publico tenha o mínimo de respeito com a população, o transporte coletivo é prioridade, portanto o ônibus deve ser confortável. E, conforto significa, pontualidade, limpeza, acento para que transporte à maioria dos usuários sentado coisa que aqui funciona ao contrario, limitação de passageiros por metro quadrado, parada com abrigo a cada quatrocentos metros no mínimo e frota nova.


Outros itens que compõem o conforto do sistema de transporte coletivo de passageiros são: a sinalização tanto nos terminais como identificação clara e vistosa nos painéis de frente e de lado do ônibus informando o itinerário das linhas. Infelizmente em Manaus os terminais não sofrem manutenção desde a sua inauguração, estão parecendo chiqueiros de porcos. Uma vergonha!


Infelizmente os poder publico do município de Manaus colocou na mão dos empresários do sistema de transporte a gestão do sistema de bilhetagem, isso tem possibilitado a manipulação do passe estudantil. Onde os empresários fizeram um derramamento de carteirinhas estudantil e depois orquestraram uma campanha para inviabilizar o beneficio que é pago com o dinheiro dos usuários.


Como o prefeito vai se desincompatibilizar no final de Março para concorrer ao Governo, espero que ainda nesse mês que lhe resta, ele providencie que os empresários substituam os ônibus cacarecos que continuam circulando na cidade. Da mesma forma estabeleça o passe livre para os estudantes. Mostre que a redução da passagem não é apenas um ato eleitoreiro.


Elson de Melo – Sindicalista

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O ESTADO FORTE DE DILMA

O Partido dos Trabalhadores – PT – oficializou no dia 22/02/2010 sabado a candidatura de Dilma Rousseffa presidência da República. Embora a candidata fosse aclamada, ficou claro que os antigos militantes não ficaram tão empolgados com a decisão do Congresso, foi uma candidatura imposta pelo Planalto tendo como protagonista o Presidente Lula, que só tem o apoio incondicional dos atuais cabos eleitorais que estão lotados nos cargos públicos. Foi uma pirotecnia muito estranha, onde até os aplausos parecia serem forçada. Os aplausos eram tão falsos, como a própria candidata!

O eloqüente discurso do Presidente Lula parecia de um candidato de oposição, usou todo tipo de metáfora para justificar a indicação de Dilma, chegou mesmo apelar para condição de mulher da candidata como principal empecilho a sua eleição, logo ele que a pouco tempo tentou execra a Senadora Heloisa Helena dentro do PT. O Presidente poderia inventar outra desculpa, pois após dois mandatos na frente do governo do Brasil nada tem feito de concreto para que a sociedade supere esses tipos de preconceitos. Então porque ele não estendeu a dificuldade também para a candidata Marina Silva? Ou ele acha que somente a Dilma é mulher? Faço neste ato, um desagravo aos homens e mulheres da Nação. Essa acusação não lhes cabe!

Já a candidata tentou ser eloqüente e é ai que está o maior problema, primeiro a cada dia fica mais difícil identificar qual é mesmo a cara da Dilma, hora está loura, hora está mulata, a marca de Botox está por todos os lados da venta, então não é a sociedade que é preconceituosa, mas, a própria candidata!... Vive mudando de mascara, parece que tem preconceito com sua idade e aparência, não aceita sequer sua idade.

Depois de justificar a carona que pretende pegar na popularidade de Lula, fato que justifica sua falta de personalidade e liderança, tentou ser convincente. A candidata destampou a sua caixa de promessas, dentre tantas que sequer buscou implementar como Ministra Coordenadora do governo Lula ela se saio com está! “Fazer do Brasil um Estado forte”. Isso não tenham duvidas é uma promessa muito factível, e, muito preocupante também, é uma proposta totalitária demais para a democracia, principalmente quando o Estado brasileiro que é controlado pelos donos do capital é uma instituição muito autoritária.

O Estado brasileiro é já é hoje muito forte mesmo. É um Estado interventor que controla com mão de ferro a economia, as instituições da sociedade civil e a vida da população, partindo dessa constatação só podemos entender a que o objetivo da candidata está voltado para o modelo estatal que Stálin implantou na Rússia. Vamos apenas espera quando ela vai anunciar quem vai para o paredão! Será a ditadura dos patrões.

Se depender do comportamento autoritário da candidata que o Presidente Lula chama de controladora, não podemos nos iludir. Serão os pobres suas primeiras vitimas, faço esse alerta a todos os Sindicalistas, com Lula não foi fácil impedir a retirada dos direitos trabalhistas contidos na CLT. Se essa tecnocrata for eleita, não tenham duvidas, ela vai impor com seu Estado Forte essas reivindicações dos empresários. É pagar para ver!

Elson de Melo – Sindicalista

EM DISCUSSÃO: A NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA E O SEU OPORTUNISMO POLÍTICO

Por Luis Guilherme Barrucho
O sociólogo Bolívar Lamounier diz que os milhões de brasileiros emergentes da pobreza pretendem continuar subindo na escala social e vão punir os candidatos sem compromisso com a estabilidade"As aspirações da classe C só serão sustentáveis se estiverem escoradas em investimentos em si mesma, principalmente em educação"Nos últimos sete anos, aproximadamente 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média. O resultado é que a classe C, como os sociólogos classificam o grupo de pessoas que acaba de vencer a pobreza, se tornou a mais numerosa do país, com 90 milhões de brasileiros, praticamente a metade da população. A classe C já detém a maior fatia da renda nacional. Essa evolução evidencia o amadurecimento social e econômico do Brasil, que experimenta transformações benéficas semelhantes àquelas ocorridas em maior escala na China e na Índia. Em A Classe Média Brasileira - Ambições, Valores e Projetos de Sociedade (Editora Campus/Elsevier; 192 páginas; 49 reais), que acaba de chegar às livrarias, os sociólogos Bolívar Lamounier e Amaury de Souza analisam essa transformação - e buscam entender qual o significado político desse fenômeno
Como identificar a classe C no Brasil?
Pode-se determiná-la por meio da renda ou de seu nível educacional. Mas, em linhas gerais, ela é representada pelas famílias cuja renda mensal vai de 1. 115 a 4. 807 reais. Seu crescimento, nos últimos anos, é uma consequência direta da estabilidade econômica. Com a elevação do poder aquisitivo, o consumo aumentou. O crédito chegou a pessoas que anteriormente nem possuíam uma conta bancária. Hoje é possível adquirir um automóvel em sessenta vezes, algo impensável nos anos de hiperinflação, simplesmente porque não havia financiamento.
Em que essa nova classe média difere da classe média tradicional?
Historicamente, o que chamávamos de classe média tinha relação umbilical com o serviço público. A maior parte dela era formada por funcionários do governo, que gozavam, assim, de um emprego absolutamente estável, tinham uma perspectiva de aposentadoria muito favorável. Seu estilo de vida era bastante peculiar, inclusive no vestuário. No caso dos homens, por exemplo, o costume, quase obrigatório, de usar terno e gravata servia como diferenciação daqueles mais pobres, personificados pelos operários. A classe média do passado também tinha acesso a boas escolas públicas. Já a classe C é bastante diferente. Não estamos diante de um fenômeno comportamental tão nítido quanto era a classe média antiga. Tampouco podemos lhe atribuir uma homogeneidade de comportamento político. A tradicional era caracterizada pelo seu conservadorismo e governismo. A nova classe média é um universo bem mais amplo, de metade da população. Não existe nela a mesma homogeneidade de valores, crenças políticas ou comportamentos sociais.
Mas como é possível defini-la, sendo tão heterogênea?
A despeito da diversidade entre as famílias que a compreendem, há pontos em que os valores convergem. A estabilidade econômica é algo extremamente valorizado, porque significa a perspectiva de ascensão social. É sinônimo de uma vida sem grandes sustos financeiros e com possibilidade de obtenção de financiamentos. Existe na classe C também uma marcante aspiração pelo empreendedorismo. As pessoas sonham em ser patrões. Isso só não ocorre em escala maior porque muitas delas encontram um obstáculo insuperável na própria deficiência educacional. Em segundo lugar, o ambiente que o governo oferece ao pequeno empreendedor é inóspito, a começar pela carga tributária.
Como consolidar a ascensão dessa nova classe média?
Essas famílias precisarão investir mais em si mesmas. Terão de destinar mais tempo e maior parcela do orçamento familiar ao estudo. Antigamente, priorizava-se a obtenção do diploma, nem sempre com muita motivação. Era uma visão formalista e bacharelesca. O objetivo final era concluir o curso e ostentar o canudo. Estamos em um mundo diferente, em que a simples ostentação de um diploma não assegura nada. As famílias vão ter de se envolver mais com as escolas públicas e fazer parte das forças que cobram delas educação mais eficiente. É aí que está a maior dificuldade.
Por quê?
Na classe C, observa-se muito acentuadamente um traço típico da cultura brasileira que é a aversão a se associar a outras pessoas com os mesmos interesses e que não fazem parte da família nem do grupo de amigos mais próximos. Nesse aspecto, nós, brasileiros, somos cidadãos falhos. O conceito de cidadania caracteriza-se justamente pela associação de interesses com aqueles que não fazem parte de nossa convivência diária. É um mundo anônimo, no qual se discutem questões em razão dos objetivos comuns a ser atingidos na esfera pública. Além da cultura naturalmente avessa a associações, a criminalidade endêmica desanima os brasileiros de formar grupos de pressão mais numerosos. Há medo por toda parte, minando o fenômeno que o francês Alexis de Tocqueville (1805-1859) chamava de "arte da associação". No século XIX, ele já se surpreendia com a capacidade de mobilização da sociedade americana, que, a despeito do que muitos dizem, não é nada despolitizada. Estamos, infelizmente, muito distantes desse mundo.
A falta de respeito dos políticos pelos eleitores é outro fator desagregador?
Claro. Existem outros fatores em jogo também, como a corrupção. Isso deixa a população sempre com o pé atrás. Ao rejeitar o mundo político, há um desprezo pelo que é público. Entretanto, ninguém pode imaginar um mundo onde o bem está exclusivamente restrito ao círculo privado. Por isso, não basta criticar as autoridades e o estado. Evidentemente, já tivemos exemplos notórios de mobilização na sociedade brasileira, como quando, em 1994, se votou em massa pela candidatura de Fernando Henrique Cardoso, então o principal artífice da política econômica e responsável pela derrota da inflação. Aprendemos muito. Mas é necessário bem mais do que isso.
Essa classe média emergente se encorpou durante o atual governo. Isso não a torna eleitorado cativo do PT?
Não, de jeito nenhum. A classe C não é fruto do atual governo. Sua origem pode ser creditada à globalização, que começou a ganhar força há duas décadas. Tomamos conhecimento do mundo, e nossa relação comercial com outros países se fortaleceu. Isso só foi possível, evidentemente, porque nossa economia estava estabilizada e nossa moeda era respeitada. Fernando Henrique se elegeu por causa do real, mas Lula ganhou a eleição ao se comprometer a preservar a estabilidade. Por essa razão, não acredito que a classe C tenha fidelidade partidária. Estamos falando de milhões de pessoas, que se inclinam na direção que lhes for mais conveniente em determinado momento. É um conjunto social que disputa no mercado, diariamente, a sua sobrevivência. Por isso, se um governo a prejudicar de alguma maneira, não terá o seu apoio, independentemente de sua coloração política. O processo democrático e a alternância de poder existem justamente para dar conta dessas mudanças. Acho um equívoco imaginar que os brasileiros emergentes sejam favas contadas pró-governo nas próximas eleições.
O que lhe dá essa convicção?
Com a emergência social vem uma maior percepção da realidade. Viver em um ambiente econômico mais estável também contribui para que as pessoas se tornem mais realistas. Com isso, elas deixam de esperar a ajuda permanente da providência divina ou do estado. Tomam consciência de que seu crescimento material daqui para a frente depende muito do esforço pessoal de cada um. O programa apresentado pelo PT até agora falha clamorosamente em entender essa situação. O programa é estatizante a um grau tal que representa um retrocesso de meio século na vida nacional. Está fora de sintonia com as complexidades da economia mundial, e suas propostas, sem dúvida alguma, são prejudiciais à classe C. Até porque sua grande conquista foi justamente participar da economia privada. Aqueles que ascenderam à classe média querem continuar subindo na escala social para usufruir os padrões de consumo e de comportamento dos grupos sociais mais altos. Ocorre que o estatismo não coloca a classe C mais próxima dessa nova etapa de progresso. Ele faz justamente o contrário. O estatismo da maneira como é defendido pelo PT desmantelará a economia e impedirá a classe C de progredir ainda mais. As pessoas percebem esse retrocesso com clareza. Não será fácil para o PT tentar enganá-las.
O aumento no consumo, bastante dependente do crédito, dá sinais de desaceleração. Até que ponto a economia pode manter o atual ritmo de expansão da classe média?
No curto prazo, o crescimento da classe média dependerá de fatores internos e externos. De um lado, a economia global, que, ao menor sinal de instabilidade, pode afetar momentaneamente o cenário brasileiro. Internamente, a deterioração das contas públicas pode levar o governo a desacelerar a economia para reduzir a pressão inflacionária. Mas é claro que, a médio prazo, as aspirações da classe média só se tornarão sustentáveis se forem escoradas em um investimento em si mesma, principalmente em educação.
O endividamento excessivo das famílias representa um risco grande?
Sim. Mas a nova classe média traz consigo um comportamento de maior sobriedade. Se a aspiração de consumo leva uma pessoa a se endividar em demasia, a inadimplência pode lançá-la de volta à pobreza. Esse é o maior pesadelo de quem emergiu.
Mas daí a concluir que a classe C vai se identificar com uma política econômica conservadora é
um salto grande, não?
O termo correto não é "conservadora", porque quem defende a estabilidade da moeda, no meu entender, não é conservador, é progressista. Sem isso, não há distribuição de renda nem, portanto, enriquecimento da sociedade. O governo atual tem sido notadamente cuidadoso em relação à política monetária e deu continuidade à estabilidade econômica. Isso foi muito valorizado pela classe média, já que o país passou a ser visto como sério dentro e fora de suas fronteiras. Na fase da hiperinflação, o Brasil era uma nação destinada a conflitos graves, decorrentes da desorganização das atividades econômicas e da desmoralização dos valores sociais. Recentemente, no entanto, houve uma piora nas contas públicas, o que produz pressões inflacionárias. É preciso correr para solucionar esse problema se quisermos que o Brasil continue sendo bem-visto pelos investidores. Não há dúvida de que os candidatos a presidente terão de demonstrar não apenas um compromisso com a estabilidade, mas também uma lista de prioridades a respeito do que o estado deve ou não fazer.
O Brasil estaria finalmente imune à doença do populismo?
Acredito que sim. O populismo no Brasil existe, mas não é virulento, por inúmeras razões, entre elas a estabilidade econômica. O populismo e a instabilidade são um círculo vicioso. O Brasil, felizmente, tem conseguido evitar essa sina. Hoje, caso um governo se mostre irresponsável, acabará punido pelos investidores e pelos eleitores. Um país que se comporta seriamente, que conduz com probidade, continuidade e previsibilidade suas atividades econômicas, levará sempre uma enorme vantagem sobre outros que se comportam de maneira errática.
É articulista da VEJA.
Fonte:
VEJA ONLINE Entrevista: Bolívar Lamounier "A classe C quer muito mais"

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

VALE TUDO PELO VOTO DA MADONA

Em 1982 quando o Senador Evandro Carreira era Pré-Candidato ao governo do Estado do Amazonas pelo PT, estava eu e um grupo de companheiros na Casa do Senador numa sexta feira a noite, nos preparando para fazer uma pintura em muros no conjunto D. Pedro. A televisão estava ligada no programa da TVE, Carrossel da Saudade, o então Secretário de Fazenda do Estado e candidato a Deputado Padre Onias, estava cantando, desafinado e desengonçado ele pagava um mico daqueles. Então o Senador Evandro fez o seguinte comentário: “É meus filhos, para aparecerem aos eleitores eles são capazes de qualquer coisa. Até fazer isso!”.

Assistindo o desfile carnavalesco do Rio de Janeiro, deparei com uma dessas senas ridículas, a Ministra Dilma servindo de babá para a filha da Madona! Isso não é uma apelação. É muita cara de pau mesmo. Como já afirmei neste espaço, essa senhora jamais será popular embora se esforce para ser. A velha guerrilheira que um dia participou do seqüestro do Embaixador americano agora se agacha aos pés de um dos símbolos do Tio Sam, com intuito de caçar votos na avenida.

A cena que a Ministra proporcionou no cercado da Madona confirma que ela não tem liderança e muito menos censo do ridículo, pois para aparecer só esta faltando dançar com uma melancia na cabeça. Detesto concordar, mas o Presidente FHC tem razão. Parece que ela queria mostrar ao Serra que ela também podia chegar perto da Madona, no entanto, o sorriso forçado, a falta de habilidade em proteger uma criança, revela ima pessoa sem identidade própria. Como diz o ex Prefeito de Parintins Raimundo Reis, “ela não tem estofo” tudo dela parece falso!

Voltando a 1982 quando o slogan de Lula candidato a Governador de São Paulo pelo PT era “um trabalhador igual a você” e dizia que os outros candidatos eram farinha do mesmo saco, tinha um sentido muito claro, o de um novo modo de fazer política, combatíamos o populismo, os velhos cabos eleitorais e caudilhos, lutávamos por transformações radicais dos modos tradicionais de campanhas eleitorais. Onde era comum esse expediente.

O comportamento da Ministra não é só ridículo, mas, revela um sintoma muito perigoso para a democracia, onde uma pessoa que deseja governar o país perde todos os escrúpulos na busca de popularidade, parece que esse vale tudo, justifica os abusos do poder econômico que estão praticando, o caixa dois praticado pelo PT revelado no mensalão, a compra de dossiês pelos aloprados, os escândalos dos sanguessugas...

Parece que os freqüentes comícios feitos Brasil afora para lançar a candidatura da ministra e pagos com o dinheiro do povo, não tem se mostrado eficiente para decolar o projeto Dilma, partido dessa premissa, acho que o governo vai ter que patrocinar muitas vindas da Madona ao Brasil, contudo é uma operação muito arriscada, pois parece que o Projeto Serra é mais atraente para a Pop-Star.

Dentro dessa corrida sucessória e pela forma apelatória que os candidatos oficias do Capital estão se comportando, entendo que a esquerda socialista deve ser mais ousada, apresentando uma candidatura alternativa fora dos que disputam o voto da Madona. Essa candidatura deve ser a Vereadora Heloisa Helena do PSOL. Não tenho duvidas em afirmar que com Heloisa a esquerda já está no segundo turno. Então vamos conquistar a consciência e mentes dos filhos da pobreza, que não tem espaço nos Camarote requintados das farras do poder!

Vamos caminhar com o nosso povo sofrido, sem demagogia, sem despotismo, sem afrontar sua inteligência, sem frustrar suas esperanças. Vamos construir um Brasil que seja de verdade para os que constroem sua riqueza. Vamos oferecer ao povo a prosperidade, a felicidade. Acreditem!

Elson de Melo – Sindicalista

ECOSSOCIALISMO DA AMAZÔNIA PARA O MUNDO UMA NOVA CIVILIZAÇÃO

Antes de pensar o modelo de desenvolvimento para a Amazônia, é preciso definir um modelo de organização política compatível com o seu ecossistema. Na Amazônia não existe espaço para o tal desenvolvimento sustentável tão apregoado pelos ecocapitalistas. A ganância desse sistema é tão grande que em pouco mais de cinco séculos já destruíram grande parte de sua fauna e flora, dizimaram inúmeras civilizações como os índios e incas, e agora estão inundando suas terras a fim de produzir energias para mover a roda da desgraça que é o capitalismo.

O capitalismo na Amazônia vem a cada dia que passa queimando a floresta, usurpando sua biodiversidade e poluindo seus rios. Durante o regime militar o capitalismo torrou o dinheiro publico financiando empresas transnacionais para o cultivo de gado. Expulsaram índios e caboclos de suas terras. Contraíram dividas absurdas para construir estradas sobre o pretexto de ocupar a Amazônia. Houve até a tentativa de vender a Amazônia para pagar a divida externa

Como ocupar o que já estava ocupado mesmo antes da descoberta do Brasil? Antes dos portugueses aqui aportarem existia na Amazônia uma população estimada em mais de quinze milhões de habitantes, essa população tradicional foi na grande maioria dizimada a fero e fogo. É essa a marca do capitalismo em todo canto que se estabelece.

Hoje estamos assistindo o avanço das fronteiras agrícolas sobre a Amazônia tendo como carro chefe à soja. O governo Lula de forma descarada leiloa áreas fabulosas para o capital explorar com um tal de manejo florestal. Isso é uma das maiores mentiras que um governante pode contar ao seu povo. Alguém já parou para avaliar em quantos séculos se produz uma sumaumeira que ainda encontramos na Amazônia? Não basta colocar uma semente no local de onde ela foi retirada. Essa forma de desenvolvimento não serve para nossa região.

Se examinarmos todos os aspectos do capitalismo, é impossível encontrar qualquer sinal de sua convivência com o ecossistema Amazônico. Aqui tudo está relacionado ao outro, tudo depende do outro, aqui como afirma o Senador Evandro Carreira “é a maior lição de socialismo, onde o todo é mais importante que à parte”.

Segundo o mesmo Senador nossa principal riqueza é a proteína encontrada em nossos peixes e nos produtos alimentícios orgânicos produzidos nas várzeas que para ele, se potencializadas seremos capazes de alimentar o mundo!

Se nessa região tudo está relacionado ao outro, então a única forma de civilização que aqui cabe é o que respeita o ambiente, a civilização que aqui já existiu, representada nas nações indignas que sabem como ninguém preservar nossa hiléia. Viva o Ecossocialismo!

Elson de Melo – Sindicalista

ECONOMIA E VIDA

Na lógica capitalista a economia está voltada para o acúmulo de riqueza na mão de poucos – os capitalistas, classe dos afortunados, donos dos meios de produção como: fabricas, ferramentas, terras e a matéria prima. Do outro lado está os donos da força de trabalho – os Trabalhadores, que contam apenas com seus conhecimentos sejam empírico, tecnológico ou intelectual.

Para manterem sua supremacia, os capitalistas exploram a mão de obra que é propriedade dos trabalhadores para produzir riqueza para eles – é o modo de produção capitalista, esse modelo de sociedade que privilegia apenas o lucro em detrimento da vida. Para eles o importante é o quanto eles tem em suas contas bancarias, o aumento da sua riqueza, que se dana os trabalhadores!

Devemos louvar ao Conselho das Igrejas Cristãs pelo tema da Campanha da Fraternidade de 2010, por abordar a Economia a serviço da Vida, só assim podemos demonstras que o capitalismo na sua pratica produtiva ou ideológica, estimula a competitividade, a discriminação entre os homens, quando divide a humanidade entre os que têm posses e os que nada tem além da vida. É a luta de classe, que a depender da relação de produção ela é mais, ou menos explicita. Porem, o capital tenta fazer acreditar que isso são os desígnios de Deus, que o só é pobre quem deus quer que seja!

Nesse regime de exploração do homem sobre o homem, dos que tem sobre os que nada tem, a vida não passa de peça de reposição, onde é sugado dos trabalhadores todo o que ele pode produzir e depois abandonado à própria sorte pelo patrão. Sobre esse trabalhador é imposto todo tipo de restrição e fadiga, trabalha além de seu limite físico e psicológico, tudo isso para que seu patrão possa desfrutar de riqueza e poder. Enquanto o trabalhador não dispõe sequer da vida. Faltam-lhe, saúde, comida, educação e dignidade.

Na bíblia aprendemos que os antigos cristãos tinham tudo em comum, que dividiam seus bens com alegria. Isso nos prova que um outro mundo é possível. Que existe uma economia que privilegia a solidariedade, a fraternidade e a igualdade.

A ideologia capitalista tenta impor na consciência dos homens que o sistema capitalista de produção é eterno, que é possível domar sua selvageria. Esse é um diagnostico falso, é através da perversidade que esse sistema tenta se perpetuar, porem, ele jamais será eterno, assim como ele iniciou também pode ser superado.

Aos homens e mulheres de bem, cabe uma tomada de decisão sobre dois caminhos a seguir, o primeiro é se acomodar e viver a vida inteira sofrendo as amarguras impostas por esse sistema, o segundo é dar um sentido na vida, juntando-se aos que lutam pela transformação dessa triste e perversa realidade. A decisão é sua! Junte-se a nós.

Elson de Melo – Sindicalista
E-mail:
elsonpmelo@gmail.com

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

JORNADA DE 40 HORAS SEMANAIS E HORAS EXTRAS A 75%

A organização da produção hoje vem deformando o estado psicológico dos trabalhadores no mundo, a estafa, o estresse, as lesões por esforços repetitivos, alergias, são patologias oriundas de um ritmo de trabalho acelerado onde o operário disputa com a maquina (esteiras) o tempo em que deve aprontar sua parte no processo de produção das peças ou produtos. Um ritmo que privilegia apenas o lucro em detrimento das pessoas ou da própria vida.

O movimento sindical brasileiro precisa deixar claro que a luta pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, é acima de tudo uma luta em defesa da vida, em defesa de uma melhor qualidade de vida para o conjunto dos trabalhadores do nosso país.

O avanço das tecnologias no mundo do trabalho, mais especificamente nas linhas de produção das industrias, é fruto da expropriação do conhecimento dos operários, toda atividade hoje feita pelo robô ou qualquer maquina de comandos numéricos ou eletrônicos, ali está presente uma propriedade que era dos operários, o seu saber. Os donos dos meios de produção (os patrões) se apoderaram desse saber para substituir o homem na produção, aumentar sua produtividade e manter os trabalhadores sobre seu controle.

Hoje 09/02/2010 em pleno século XXI, há mais de três séculos da inserção das primeiras maquinas na industria, mais de um século da conquista da jornada de oito horas diária, tive o desprazer de assistir o posicionamento de dois porta-vozes do capital o Presidente da Confederação Nacional da Industria e o professor José Pastore, agredirem nossa inteligência afirmando que se aprovado o Projeto de Redução da Jornada de Trabalho, as empresas vão ter que substituir operários por maquinas. Quanta hipocrisia!...

Essa chantagem não cola mais! Todos nós sabemos que para os patrões o trabalhador não passa de peça de reposição, que a consciência do patrão está no seu bolso, que fazem caridade com o trabalho alheio e que deixam para os trabalhadores apenas as migalhas que sobram dos seus banquetes.

A historia da conquista da redução da jornada de trabalho mostra a crueldade dos patrões, a queima de mulheres vivas representado no dia 8 de março dia internacional da mulher, o enforcamento e assassinatos de operários representado no dia 1º de maio dia do trabalhador, são as marcas da ganância desses senhores.

O movimento sindical sabe muito bem do que os patrões são capazes, portanto, é hora de ampliar essa mobilização. Não basta articular nos corredores do Congresso Nacional, é hora de levarmos essa agitação para os locais de trabalho seja no chão de fabrica ou nos escritórios. As Centrais Sindicais que estão coordenando essa mobilização devem incluir no calendário de lutas, pelo menos um dia de paralisação – Greve Geral, como forma de pressionar os Parlamentares patronais.

Nós amazonenses não podemos esquecer que uma Deputada dita de Esquerda já votou contra um salário mínimo melhor para os trabalhadores, portanto é preciso compromete-los publicamente nesse ano eleitoral. A luta é política mesmo! É preciso assumir como todas as letras.

Elson de Melo - Sindicalista

Manifesto Ecológico


CABOCLO!


Tens certeza mesmo que és dono da Amazônia

Não achas que Amazônia está nas mãos de grupos econômicos estrangeiros e brasileiros, aliados vigaristas, corruptos, vendilhões – da – pátria... Donos de Mineradoras. Madeireiras, Fazendas de Gado, Latifundiários, Indústrias de Aparafusamento, de Eletrodomésticos... Das quais tu és povo, não és sócio?

Quando te falam que a “Amazônia é riquíssima em minérios e madeiras – nobres”, te falam também, que o tesouro biológico Amazônico é bilhões de vezes mais valiosas do que as reservas ‘de madeiras e as minas de cassiterita, alumínio, diamante ou ouro e prata?

Quando te dizem: “Preserva a Floresta Amazônica Prejudica o Desenvolvimento” _eles te revelam que tipo de desenvolvimento é esse?
Será “Desenvolvimento” o que assassina índios e trabalhadores rurais, escraviza peões e seringueiros, paga salário de fome, fabrica analfabetos, prostitutas, cheira – cola, ... Sustenta políticos corruptos e outros tipos de bandidos, dissemina o vírus da AIDS, idolatra como deuses o consumismo e o imediatismo... Envenena o ar que respiramos, destruindo a camada de ozônio...?
SERÁ QUE TODA ESSA SUJEIRA É MESMO DESENVOLVIMENTO?
Afinal de contas, o que é Desenvolvimento?A Ciência já definiu o que é Desenvolvimento?Quem estará certo, o índio ou o robocope?Não estará certo Charles Chaplin ao denunciar a automação e a produção em série?Já te explicaram que na mata virgem Amazônia há segredos, do conhecimento ultraminenar do índio, capaz de eliminar a AIDS e curar o Câncer, a Lepra, a Loucura, as Febres, o Envelhecimento... Bem como Alimentar a população do Mundo por toda a eternidade.E que tais segredos representam verdadeiros “Bancos Genéticos” ou “Bibliotecas Biológicas”, ainda indecifrados pela Ciência, com imensas fontes de Informação Sobre Os Mecanismos De Vida, construídos e programados por Deus nos Âmagos dos Ecossistemas?
SERÁ QUE TE DISSERAM QUE BANCO GENÉTICO NÃO É BANCO DE JARDIM?
Seria oportuno que se fechassem todas as portas e caminhos pra a Amazônia, permitindo – se apenas a entrada de Cientistas, que nos ajudassem com auxilio da Organização Das Nações Unidas – ONU, _A desvendar os mistérios biológicos da Floresta, a conscientizar e engajar as populações Amazônica, na execução de um Projeto Econômico que tivesse como fundamento único a Vocação HIDROGRAFICA e SOLAR, valendo tudo que dela decorresse como seja a Construção das FAZENDAS AQUÁTICAS E DO TURISMO ECOLOGICO FLUTUANTE, A INDÚSTRIALIZAÇÃO E EXPORTAÇÃO DOS EXTRATOS MEDICINAIS, PROJETOS VITAMINICOS... DO GUARANÁ, DO CUPUAÇU, DA PUPUNHA, DO CACAU, DO AÇAI, DO PATAUÁ, DO BURITI, DA MANDIOCA, DA BORRACHA, DA ANTA, DA CAPIVARA, DOS PORCOS – DO – MATO, DA COTIA, DO MUTUM, DO JACAMIM.

A PATA DO Homem na Amazônia é tão perniciosa e predadora quanto à pata do Boi. Somente o índio por estar em sintonia cósmica, entendeu Ciberneticamente a Amazônia, ele a penetrou nu e na ponta do pé, assim como passarinho constrói o ninho sem aprendizado, e o peixe migra de um oceano para o outro obediente a CIBERNÉTICA.

A VOCAÇÃO DA AMAZÔNIA É HIDROHELIOFITOZOOLÓGICA
É preciso um salto diferente previsto por GUNNAR MIRDAILL ( Premio NOBEL de economia de 1972), quando afirmou: “É TOLICE OS POVOS SUBDESENVOLVIDOS TENTARAM ALCANÇAR OS SUPERDESENVOLVIMENTO, SGUINDO A MESMA TRILHA, COPIANDO O MESMO MODELO”.

Reforço dizendo: é preciso criar, romper com a macaqueação, sair para um processo novo! Melhor dizendo: sacudir a poeira e dar a volta por cima.
Senador Evandro Carreira
Fonte: senadorevandrocarreira.blogspot.com

COMISSÃO POR LOCAL DE TRABALHO

A origem da organização dos Trabalhadores por local de trabalho está na própria historia da classe trabalhadora brasileira, antes de 1930 os trabalhadores já se organizavam dentro das empresas ou por ofícios, visando combater a exploração e garantir melhor qualidade de vida.

Com o aprimoramento das linhas de produção, os empresários se apropriaram dessa organização para extrair dos trabalhadores o Maximo de produção. Hoje se tornou rotina as chefias reunirem seus comandados antes de começar a jornada diária, seja no chão de fabrica, como nos escritórios.

Dessa forma os patrões estimulam a união dos trabalhadores para produzir mais riquezas para a empresa. Quem faz a pauta das reuniões matinais ou de inicio de jornada? São os patrões, e, geralmente tratam de metas de produção, qualidade, avaliação de desempenho e comportamento pessoal dos membros da equipe, nome que eles dão ao grupo. Naquela reunião é proibido falar de condições de trabalho e salário. O que interessa é a produtividade e qualidade.

Geralmente o chefe escolhe alguém para elogiar pelo bom desempenho no dia anterior e um outro para advertir por não ter desempenhado bem seu papel enquanto produtor de riqueza para o patrão. Esse comportamento do chefe serve para estimular a competitividade entre os membros da equipe, isso permite que a equipe trabalhe unida, mas seus membros pensem individualmente. É o estimulo a cobiça, a deduragem, à chantagem, ao puxa-saquismo, e a desconfiança pós-produção.

Assim o patrão quer manter-nos unido para produzir lucros para ele e, desunido para despertarmos das injustiças que passamos no dia-dia, não quer que a gente compartilhe com os nossos companheiros os problemas que enfrentamos em casa, na rua e no próprio trabalho. É muito comum o chefe advertir sempre “seus problemas pessoais deixem em casa, do portão da empresa para dento você não tem problema”.

Então, os patrões não contentes em nos ludibriar pagando um salário de miséria pela nossa força de trabalho, ainda investem valores altíssimos em dinheiro para eleger políticos que depois de eleito vão legislar em favor deles. O exemplo disso é o projeto que prevê a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, que os Deputados e Senadores não querem votar antes das eleições de 2010.

Nossos antepassados nos mostraram que é possível transformar essa situação, quando os meios de comunicação eram precários, eles buscaram a organização nos locais de trabalho para fortalecer suas lutas e se contrapor à exploração imposta pelo capital. Esse capital que não tem pátria, muito menos alma!

Hoje quando vemos a grade maioria dos Sindicatos controlados por pelegos a serviço dos patrões, quando temos uma estrutura sindical que permite essa tragédia. Temos que pensar e agir dentro do local de trabalho através dos grupos de trabalhadores que independente de Sindicatos estejam dispostos a retomar a construção de uma organização alternativa para os trabalhadores brasileiros.

Buscando contribuir com esse debate, nós do Movimento Operário Livre, passamos a disponibilizar para o debate, as experiências acumuladas em forma de literatura, para que os trabalhadores interessados possam discutir no seu local de trabalho como alcançar novas conquistas para a classe.

Elson de Melo - Sindicalista

domingo, 14 de fevereiro de 2010

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010

“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar
um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro”.
Não podeis
servir a Deus e ao dinheiro.

Mateus – 6,24
No ultimo sábado 06/02/2010 a Livraria Paulinas, promoveu uma mesa redonda cujo objetivo foi discutir a economia a serviço da vida. Tema da Campanha da Fraternidade de 2010. Participaram da mesa o Bispo Dom Luiz Soares Vieira, Vereador José Ricardo e o Índio Ely Macuxi Ribeiro.

Na visão de ambos o atual modelo econômico compromete a vida na terra. Isso remete a uma profunda reflexão sobre o modelo de economia que respeite a vida. Não é novidade para ninguém que o modelo capitalista só privilegia o dinheiro e o que é pior, concentra a riqueza da terra na mão de poucos em detrimento da maioria.

Então como a humanidade deve buscar novas formas de organizar a economia? É claro que não existe uma receita acabada parra isso, no entanto, parece que grande parte da sociedade já entendeu que o modo capitalista não se interessa pela vida. Como afirmou no último dia 03/02/2010 no programa Na Terra de Ajuricaba da TV/UFAM, o Professor Frederico Arruda: “o capitalismo é o diabo que tudo destrói”. Isso significa dizer que, esse sistema além de destruir a natureza, também dissemina a miséria, explora valores éticos e morais, escraviza o homem em toda sua plenitude. Todos se tornam escravos do dinheiro, para o capital o que menos interessa é a dignidade humana.

Os séculos XVIII, IX E XX, foram ricos em teorias e movimentos que buscam corrigir as injustiças na terra, dentre elas destacamos o Socialismo que teve em Karl Marx e Friedrich Engels como principais formuladores da teoria socialista. Marx desenvolveu a teoria da mais-valia, nela ele esclarece didaticamente como o sistema capitalista consegue subtrair da força de trabalho do homem, toda a riqueza que ele pode produzir em troca de uma miséria em forma de salário. Esclarece também que, no capitalismo o Estado é o novo feitor dos donos do capital. É o chicote do aparelho Estatal que garante através dos mecanismos jurídicos, policiais e administrativos os privilegio dos donos dos meios de produção.

Para o capitalismo o que interessa é o acumulo de capital – lucro (dinheiro), para tanto, os capitalistas destroem a natureza, escravizam os homens, cometem as mais terríveis barbáries em detrimento da vida das espécies.

Hoje o capital submete a humanidade as piores tragédias como: guerras, alcoolismo, drogas, aborto, planejamento familiar, prostituição, corrupção, fome, miséria, trabalho escravo, devastação da natureza, vírus letais e aquecimento global como forma de manter sua supremacia. Tudo isso são formas que agridem a vida. Então esse é um modelo falido que não serve a vida na terra.

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, ao definir o tema Economia a Serviço da Vida para a Campanha da Fraternidade desse ano e ao invocar o Sermão da Montanha como o Lema, convida não só os cristãos para refletir sobre o verdadeiro sentido da vida, mas toda a humanidade para construir um novo modelo de economia que tenha como referencia a solidariedade, a igualdade, a justiça, a paz e a fraternidade universal. É o respeito à vida.

Num momento em que a vida fica cada vez mais banalizada, onde diariamente vemos jovens, adolescentes e até criança envolvidos na execução de crimes contra a vida, ou em outras formas de delinqüência, chegamos a pensar que estamos vivendo o apocalipse. Não, o que estamos assistindo é uma forma que o capital encontrou para semear a violência como forma de dominação. É uma violência pré-meditada que induz a humanidade a um consumismo irracional, sem controle e sem ética. É o dinheiro destruindo a vida. É o fim!

Elson de Melo – Sindicalista

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A BIODIVERSIDADE AMAZÔNICA EM DEBATE

Quem assistiu ontem ao programa “Na Terra de Ajuricaba” da TV/UFAM, tem um grande motivo para se preocupar com os destinos da Amazônia. O tema abordado foi “Amazônia e o ano internacional da biodiversidade” e teve como entrevistado o Dr, Frederico Arruda Pró-Reitor de Extensão da UFAM, que com propriedade de um dos principais pesquisadores da Academia, denunciou a usura capitalista como o verdadeiro “diabo” que só é capaz de ver cifras nos recursos naturais da Amazônia fator que coloca em risco a biodiversidade!

Condenou a concessão de licença para a construção de hidrelétricas como as do Rio Madeiras e a mais recente de Belo Monte, classificou a internacionalização da Amazônia que o senador Evandro Carreira chamou atenção nos seus oitos anos que esteve no Senado e nos seus doze volumes do seu Recado Amazônico, como uma estratégia do capital para através do conhecimento das nossas potencialidades biológicas, recursos naturais e convencimento da comunidade internacional, as grandes potências econômicas transnacionais articulem um protetorado para administrar nosso território.

O Professor Arruda foi enfático em relação à biopirataria que subtrai dos povos tradicionais da Amazônia seu conhecimento sobre as espécies do nosso ecossistema, e, isso é praticado por estrangeiros e brasileiros. Defende o inventario de todos os recursos naturais da hiléia, a pesquisa cientifica e o conhecimento como forma de garantir a soberania do nosso povo.

Comentando o comportamento político do Parlamento e Executivo brasileiro Leva-nos a uma reflexão sobre a forma como são eleitos suas Excelências Deputados, Senadores, Vereadores, Prefeitos, Governadores e Presidente, esclareceu que são financiados em altas cifras pelos donos do capital cujo compromisso é garantir os interesses desses senhores.

Cumprimentamos o programa pela pauta e o ilustra entrevistado pelo brilhantismo na abordagem do tema, confesso que senti saudades dos velhos tempos do Projeto Jaraqui. Parabéns Professor! Suas convicções confirmam nossa certeza de que a defesa da Amazônia é acima de tudo combater a ganância do capital – esse diabo que tudo destrói!
Saudações Ecossocialistas.

Elson de Melo – Sindicalista
E-mail: elsonpmelo@gmail,com
Blog: elsondemelo.blogspot.com

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