Para
o exercício do cargo de Secretário da SEMED não basta só QI (quem indique) e
vontade é necessário competência, habilidade e respeito aos trabalhadores, aos
alunos e aos seus pais, comprometendo-se cada vez com a melhoria de educação no
município quanto aos indicadores do ensino básico seja na cidade, nas áreas
rurais e, em atenção às questões raciais, étnicas e das comunidades
tradicionais a reclamar participação.
Ademir Ramos (*)
Não somos daqueles que defendem a
política da terra caída, muito menos o corporativismo funcional achando que
somente o profissional escolar é capaz de pensar e fazer educação enquanto
gestão participativa, processo pedagógico, manutenção e expansão da rede
escolar, formação continuada, remuneração, carreira e condições de trabalho dos
profissionais da educação, logística, inovação de projetos, resultando no melhoramento
da aprendizagem com desenvolvimento cognitivo dos alunos e professores no
ambiente escolar da Secretária Municipal de Educação de Manaus (SEMED). No
entanto, para o exercício do cargo de Secretário da SEMED não basta só QI (quem
indique) e vontade é necessário competência, habilidade e respeito aos
trabalhadores, aos alunos e aos seus pais, comprometendo-se cada vez com a
melhoria de educação no município quanto aos indicadores do ensino básico seja
na cidade, nas áreas rurais e em atenção às questões raciais, étnicas e das
comunidades tradicionais a reclamar participação.
A nomeação do deputado Pauderney
Avelino (DEM) para dirigir a SEMED deve ser mais do que uma promessa tem que
ser uma realidade. E o principal responsável desse ato é o prefeito Artur Neto
(PSDB), que aposta na atuação do deputado para enfrentar e superar os
problemas, os graves problemas que a educação sofre provocando perdas e danos à
sociedade manauara tanto no presente como para o futuro.
Ao contrário do prefeito, que
garante que vai governar até o final do seu mandato respeitando a vontade do
povo de Manaus, Pauderney Avelino pode passar apenas uma chuva na SEMED, pois,
tudo indica que será candidato nas próximas eleições, o que significa uma faca
de dois gumes: faz o melhor ou se desgasta para o próximo pleito. Este é o
desafio posto para o deputado Pauderney Avelino que foi premiado pelo prefeito
Artur Neto com um dos maiores orçamentos do município e com a delegação de uma
responsabilidade que pode muito bem respingar para o mandatário ou quem sabe
creditar Artur Neto para as futuras disputas eleitorais.
Para os políticos responsáveis o
futuro é o presente em curso e deve ser trabalhado na perspectiva da afirmação
do interesse coletivo, primando pelo zelo da coisa pública e pela definição das
prioridades em atenção às demandas populares. No campo da educação, a prática
tem efeitos estruturantes com repercussão no corpo das 424 escolas da Educação
Infantil e do Ensino Fundamental, com estimativa de atendimento a 300 mil alunos.
É nossa vontade que Pauderney acerte, mas acerte mesmo, não contrariando a
vontade de Artur Neto e muito menos afrontando a vontade do povo de Manaus, que
há muito luta por ambiente escolar digno e humanizante, amparando suas decisões
em políticas públicas consequentes em cooperação com instituições e
organizações parceiras afins que tenham os mesmos propósitos e possam somar
para desenvolvimento das crianças e jovens de Manaus como protagonistas da
nossa história.
(*) É professor, antropólogo,
coordenador do Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
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