sexta-feira, 8 de abril de 2011

Confira os lobistas do porto das lajes que participaram da reunião com a Ministra da Cultura

Ministra discute tombamento do encontro dos Rios Negro e Solimões com governo de Amazon
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"Na foto publicada no site do MinC vê-se uma imensa comitiva com a presença do renomado artista Moacir Andrade (que apoiou o regime militar, ao contrário do Poeta Thiago de Mello) e surpreendentemente da Secretária de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas (SDS) Nádia Ferreira ( terceira no sentido anti-horário) que ao invés de defender o meio ambiente e as comunidades locas, ou pelo menos ser imparcial, defende ferrenhamente a construção do Porto das Lajes exatamente no canal de entrada do lago do Aleixo, no ultimo resquício de igapó da margem esquerda do rio Negro, ao lado da tomada de água da cidade de Manaus e do sítio Geológicos Ponta das Lajes"

Eis a matéria publicada no site do Ministério da Cultura sobre a absurda visita da comitiva do Governo do Estado do Amazonas, liderada pelo Sinésio Campos, à Ministra Ana Hollanda para solicitar redução da área de tombamento do Encontro das Águas

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, reuniu-se na tarde desta quinta-feira (07), com o deputado federal Sinésio Campos (PT-AM) e representantes do governo de Amazonas. A pauta do encontro foi o tombamento, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da área que compreende o encontro das águas dos Rios Negro e Solimões, nas proximidades de Manaus. A comitiva do governo do estado pediu à ministra a redução da área tombada para a construção do Porto das Lages.

O diretor de Patrimônio do Iphan, Dalmo Vieira, solicitou que fosse enviado ao Iphan o projeto do porto e não mais o pedido de retificação da área como inicialmente era pretendido para que o Instituto faça a análise e dê o seu parecer sobre o impacto à área tombada.

A ministra Ana de Hollanda, no entanto, deixou claro que isso não garante aprovação. “Entendemos o embate de opiniões, mas não dá para decidir nada, nesse momento, é preciso reflexão, mais informações acerca dos impactos, mas esse encaminhamento será mais rápido, pois o Iphan analisará somente um aspecto que é a construção do porto”, explicou.

O Iphan faz planos de adequação urbanística a todo o tempo, esse me parece o caso aqui, se não houver impactos, o porto pode perfeitamente ficar dentro da área. O conselho consultivo é um órgão competente, plural e o desenvolvimento urbano e econômico das regiões são levados em consideração”, acrescentou Dalmo Vieira.


Durante o encontro, ficou decidido que o projeto do porto será encaminhado, pelo Instituto de Preservação Ambiental da Amazônia (Ipaam), para a Superintendência Regional do Iphan que ficará responsável pela análise e andamento do processo. Haverá também uma reunião entre técnicos dos dois órgãos. O tempo de análise é de 30 a 60 dias.

A comitiva do estado do Amazonas disse que não é contra o tombamento, mas defendeu a construção do porto. “A área constitui-se na porta de entrada e saída da capital para escoamento da sua produção. Portanto, é de suma importância a construção de um porto no local para que a economia do estado e seu desenvolvimento possam continuar. Não somos contra o tombamento, pelo contrário, louvamos a iniciativa e esse encaminhamento nos permite resolver esses dois problemas, a construção e o tombamento“, justificou o deputado Sinésio Campos.

(Texto: Marcos Agostinho, Ascom/MinC)
(Fotos: Marina Ofugi, Ascom/MinC)


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