Aconteceu durante a semana passada em Bangcoc, na Tailândia, a primeira reunião de negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) após a 16ª Conferência das Partes em Cancun (COP-16). A reunião terminou sem garantias de que estaria fechado um acordo para prolongar o período de vigência do Protocolo de Kyoto.
Ela, inclusive, pode até ser vista como uma continuação da COP- 16, mas na verdade é uma preparação para a COP-17 que acontece este ano em Durban, na África do Sul. A reunião de Bangcoc foi a primeira de duas reuniões que devem acontecer antes da COP-17. A segunda será realizada em junho, na cidade de Bonn, na Alemanha.
Na reunião desta semana, o Japão manteve seu posicionamento de não assinar uma renovação do Protocolo de Kyoto, posição adotada também pela Nova Zelândia. Países como Canadá, Rússia e Austrália deverão adotar a mesma posição nas próximas reuniões.
Já a delegação da União Europeia pronunciou-se que mantém postura prévia de considerar a opção de prolongar o período de vigência do Protocolo de Kyoto. A União Europeia comprometeu-se a cortar 20% de suas emissões de GEE até 2020, mas se tiver o apoio de outros países poderá aumentar o percentual para 30%.
Segundo Artur Runge-Metzger, chefe da Comissão de Estratégia Internacional da EU, em entrevista a Agência EFE, sem os países que pretendem não assinar uma prolongação do Protocolo de Kyoto, será impossível atingir os objetivos.
Se os posicionamentos contrários à renovação do Protocolo de Kyoto se mantiverem, e incluindo também a ausência dos Estados Unidos, os fracassos das COPs anteriores devem ser mantidos na próxima conferência em Durban. A única forma de mudar isso é com ações da sociedade, pressionando os governantes a renovar, e a ampliar o Protocolo de Kyoto.
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