terça-feira, 22 de março de 2011

Desafios para a humanidade não viver sem água

As mudanças climáticas ameaçam alterar o ciclo global hídrico e há a necessidade urgente que os setores público e privado de todo o mundo se unam para assumir o desafio de proteger e melhorar a qualidade dos rios, lagos e aquíferos.

Quando o assunto é recursos hídricos, o Brasil é um país privilegiado. Seu território detém 12% de toda a água doce da Terra. A maior parte desse volume, cerca de 80%, localiza-se na Amazônia. Mas a nossa riqueza hídrica não se restringe às áreas superficiais: o aquífero Guarani, um dos maiores do mundo, cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, 70% dos quais localiza-se em território brasileiro. O restante do potencial hídrico distribui-se de forma desigual do País.


“Apesar de possuir tanta riqueza, as maiores concentrações urbanas encontram-se distantes dos grandes rios, como o Rio São Francisco, o Paraná e o Amazonas. Assim, dispor de grandes reservas hídricas não garante o abastecimento de água para toda a população”, destaca o ambientalista Frederico Sant’Anna.

Em 60% das cidades europeias com mais de 100 mil habitantes, as águas subterrâneas estão sendo consumidas em taxa superior à capacidade de reposição, segundo o World Bank Group. E mesmo a pouca água disponível tem captação cada vez mais onerosa. Cidades como Bangcoc, Cidade do México, Manilha, Beijing, Madras e Xangai já apresentam quedas de 10 a 15 m3 em suas reservas aquíferas.

Fazendo um paralelo entre a oferta e a demanda por água com base no crescimento da população mundial — estimado pela ONU num aumento de 3 bilhões de pessoas até 2050 —, se não encontrarmos maneiras de conservação e reúso de água, a demanda aumentará, ao passo que a oferta tenderá a sofrer uma diminuição gradual.


Programa ‘Água Brasil’


O Brasil possui a maior reserva de água doce da Terra: 12% do total. Apesar da abundância das reservas, os principais fatores responsáveis pela queda na qualidade das águas no País estão na contaminação: mercúrio nos garimpos, agrotóxicos nos campos de lavoura, destinação inadequada de esgotos e resíduos domésticos e industriais nas cidades.

Consciente desta realidade inconveniente, o Banco do Brasil criou o Programa Água Brasil, estruturado em quatro frentes de atuação: no desenvolvimento de Projetos Socioambientais, com atuação no meio rural, incentiva a agricultura sustentável, e no meio urbano; através da Comunicação e Engajamento para a causa; na Mitigação de Risco; e em Novos Negócios.

Para o desenvolvimento, implementação e gestão dos resultados de suas atuações, o Programa Água Brasil formou uma parceria de cinco anos, prorrogáveis por mais cinco, com o WWF-Brasil, a FBB — Fundação Banco do Brasil e a ANA-Agência Nacional de Águas

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