Nada escapa da sensibilidade do poeta, para ele, tudo é poesia: o sol, a lua, o dia, a noite, o céu, o mar... Para o poeta até o feio é belo! O que mais inquieta o poeta? A resposta é: as injustiças e a destruição da natureza.
A poesia é a espada desse eterno gladiador social, com sua poesia o poeta contesta, conclama, lamenta, denuncia! Entender o poeta é simples como é a sua vida. Não existem mistério nem hipocrisia no gesto ou no pensamento do poeta, para ele, tudo é poesia, há como é bela a poesia!
O poeta Amazonense Alexandre Otto, membro do Clube da Madrugada, escritor, compositor e publicitário, sobrevive da publicidade e do marketing politico, com suas musicas nosso querido Otto venceu grandes festivais, homem simples, dedicado aos filhos, tem poesias para editar muitos livros, porém, não consegue editora nem patrocínio para que o mundo possa conhecer melhor seu trabalho.
Na sexta feira passada 11/03/2011, ele ouviu um relato de um motorista particular de um bacana, inquieto transformou-o em poesia, dedicou aos pobres e oprimidos da terra que esquecidos pela boa sorte, respiram juntos os odores da putrefação provocada pelas injustiças sócias. O blog A Lucta Social publica em primeira mão a poesia “Câmara de Gás” numa homenagem druida ao brilhante poeta Alexandre Otto, que mantem viva a esperança de um dia, os filhos da pobreza superarem os odores fétidos dos patrões. Confira e declame conosco essa sátira social:
Quando o rico peida,
O motorista particular
É quem cheira o peido,
Puto da vida, mas resignadamente,
Porque não pode perder o emprego,
Nesses tempos tão difíceis como os de hoje.
Quando o pobre peida,
Nessa façanha cotidiana e solta,
Ele é como um rato, uma barata, um cão pulguento.
Solitário,
Não há ninguém para cheirar o seu peido.
Não há parceiros,
Quando não se tem dinheiro,
E o pobre é obrigado a cheirar sozinho,
A descarga angustiante de sua pobreza.
Mas um dia, amigos solitários e abandonados,
Nós os pobres do planeta Terra,
Peidaremos juntos,
Em uma bomba de 100 megatons acontecerá.
E os ricos,
Impreterivelmente, como fazem hoje conosco,
Vão ter que cheirar em holocausto,
O nosso gigantesco e fedorentíssimo
Aéreo cogumelo nuclear.
Manaus, 11 de março de 2011.
Alexandre Otto
Um dia gostaria de conhecê-lo, pois acho lindo o que faz e como escritor amazonense deveria ser o melhor dos escritores nesse Amazonas. Parabéns Alexandre Otto!
ResponderExcluirSou estudante deboede pedagogia e pela primeira vez vou falar um pouco do que eu sei de você, pq eu nunca ouvi falar que tinha um escritor tão bom aqui em nossa terra. Que Deus o abençoe...
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