domingo, 3 de julho de 2011

Bombeiros do Rio promovem passeata para comemorar anistia


Por redação, com ABr - do Rio de Janeiro
Os 439 bombeiros que invadiram o quartel central da corporação, no centro da cidade, no dia 3 do mês passado, conseguiram esta semana a anistia administrativa e criminal. Para marcar a conquista e também o Dia do Bombeiro, que se comemora hoje,  os integrantes da corporação promovem uma passeata na Avenida Atlântica, em frente ao Hotel Copacabana Palace.
bombeiros
Passeata feita na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro no dia 12 de junho
Um dos líderes do movimento, o cabo Benevenuto Dacíolo, disse que a liderança do movimento está há dois meses tentando falar com o governo do estado, sem sucesso, mas que a luta da categoria por melhores salários continua.
“As nossas reivindicações são o término de gratificação, um piso salarial líquido de R$ 2 mil e o vale-transporte. Até o momento, o governo do Estado não sentou conosco para dar a solução. Tivemos a vitória com a anistia criminal e administrativa, mas, em pleno século 21, temos um governo ditatorial e autoritário.”
Dacíolo disse ainda que não há avanço nas negociações, mesmo com a intermediação da Assembleia Legislativa do Estado. O governo está antecipando de dezembro para julho os 5,58% de reajuste para osbombeiros, policiais militares, civis e agentes do sistema penitenciário. “É bom frisar esse valor de 5,5%. Isso dá menos de R$ 70 no contracheque de soldados, cabos e sargentos. Queremos o término de gratificação, até porque não é salário. O militar que, por exemplo, se machuca, perde a gratificação. Ao passar para a reserva ele também a gratificação. A nossa reivindicação primordial é o fim da gratificação e o reajuste de salário”.
Os militares vão sair em passeata da Avenida Atlântica até o Leme, onde o movimento Rio de Paz promove uma manifestação de apoio às reivindicações dos bombeiros.
Na areia, foi estendido um grande varal e colocadas 439 camisas dos bombeiros, em forma de cruz, simbolizando a prisão dos militares durante a invasão do quartel central.
O presidente do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, disse que esse é o apoio que a sociedade civil está dando à categoria. “Quando sentimos que não havia um vínculo político-partidário no movimento dos bombeiros, decidimos apoiar e nos juntar a eles porque acreditamos que, além da causa ser justa, eles estão fazendo algo de natureza didática, porque isso está ensinando o povo brasileiro a lutar pelos seus direitos com perseverança.”
O movimento conta com apoio de outras categorias do estado, como os professores que estão em greve desde o dia 7 de junho, além dos policiais civis e militares.

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