segunda-feira, 11 de julho de 2011

Paulo Bernardo propôs obra sem licitação,diz Requião

Desde que Alfredo Nascimento e Cia. foram desalojados da pasta dos Transportes, o ministro Paulo Bernardo (Conunicações) frequenta o noticiário em posição incômoda.

Nos subterrâneos, Luiz Antonio Pagot, o ex-mandachuva do Dnit, afirma que Bernardo exibia interesse inusual pelas obras rodoviárias, especialmente as do Paraná.

Ex-governador paranaense, o senador Roberto Requião (PMDB) afirma que Bernardo interessava-se também por ferrovias.

Requião diz ter sido procurado por Bernardo na época em que ele era ministro do Planejamento de Lula.

Acusa-o de ter proposto a construção de uma ferrovia sem licitação, com preço acima do razoável e com direcionamento a uma empresa privada.

Segundo Requião, nos moldes propostos por Bernardo, o custo da obra saltaria de R$ 220 milhões para R$ 550 milhões.

As informações constam de notícia veiculada pela Folha. Ouvido, Bernardo admitiu que se reuniu com Requião à época em que ele governava o Paraná.

Atribuiu a iniciativa a uma "determinação do presidente Lula". Negou, porém, que tenha tratado de superfaturamento ou de direcionamento da obra ferroviária.

Por razões distintas, Requião e Bernardo acionaram o Ministério Público Federal para investigar o caso.

O ministro também protocolou no STF uma petição na qual acusa o agora senador de tê-lo caluniado.

Nesta terça (12), Pagot, o ex-mandarim do Dnit, vai prestar "esclarecimentos" no Senado.

Se Pagot reafirmar em público metade do que diz de Bernardo entre quatro paredes, é provável que a Justiça receba nova ação por “calúnia”.

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Escrito por Josias de Souza

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