domingo, 25 de setembro de 2011

A LUTA DOS VERDES EM DEFESA DO CÓDIGO FLORESTAL

E esse tal Meio Ambiente - Como todos os outros escândalos e polêmicas neste Brasil que se tornaram “banais”, uma pergunta que não quer calar: Será que o Código Florestal acabou ficando, também, com a imagem de algo banal?

Aldo Rabelo PCdoB - foi derrotado para TCU
Apesar de alguns deputados terem dito que nunca viram um envolvimento aparentemente tão grande, ou ainda, uma plenária lotada, durante a discussão sobre as mudanças no Código Florestal, o assunto, com o passar dos dias, foi saindo de cena.

A grande manobra política para mascarar o problema e atender à bancada ruralista – com uma pequena ajuda da mídia – se encarregou de dar uma nova cara para o polêmico Código Florestal.

Em boa parte do discurso midiático e ruralista, o Código Florestal vem somente para ‘’Proteger e preservar o meio ambiente’’, com um discurso mais preocupado com “regularizar o pequeno produtor, aumentar a produção de alimento”. E tem mais: seja qual for o cidadão que se posicione contra as mudanças no Código Florestal, a sentença é a mesma: “ambientalistas a serviço dos estrangeiros!”, “ambientalistas não sabem do que estão falando” “eles (os ambientalistas) nem leram o que o CF propõe “, “não pensam no bem-estar das pessoas!”, “ambientalistas são contra os pequenos agricultores!”

Agora vemos os primeiros sinais quem antecedem um provável acontecimento: A definitiva aprovação das mudanças do Código Florestal.

Em pleno 21 de setembro, dia estabelecido como ‘’dia da árvore’’, vemos na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado mais um passo da vitória ruralista, mais um passo rumo à destruição de milhares de hectares de florestas e áreas de preservação.


Fica a dúvida se os assassinatos de ambientalistas no norte do país, por conta do desmatamento, foramem vão. O covarde assassinato do casal José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, que viviam da coleta de castanhas no Pará e denunciavam o comércio ilegal de madeira e carvão, ou assassinato do o agricultor Erenilton Pereira dos Santos, de 25 anos, que foi encontrado morto no dia seguinte por ser a principal testemunha no caso do assassinato, se tornaram banais? (Ainda se formos citar todos os casos, iriam parágrafos e mais parágrafos neste texto)

Mesmo a população tendo se mostrado 80% contra estas alterações, os que vão às ruas não passam de 1%, resultado da velha arte brasileira de mascarar fatos, crimes, onde tudo acaba ‘’em pizza’’. Os políticos contam com o seu bravo povo que calado e inerte assistirá a sentença que garantirá a destruição do meio ambiente e favorecerá aos grandes produtores na verdade. Os mesmos políticos que colocam os ambientalistas no papel dos vilões do desenvolvimento do país realmente esperam que a população acredite que avançar sobre florestas, encostas e nascentes não trará problema algum para o equilíbrio do ambiente.

Acorda Brasil, e olhemos a que ponto nós estamos.

Ainda há os que acreditam piamente que sobre a fala da Presidente, que supostamente demonstra a posição final do governo, onde “acredita-se que (ela) manterá a coerência e o compromisso que sempre teve com as questões ligadas diretamente a vida dos brasileiros e das brasileiras; optando pelo veto ao texto da forma como foi aprovado”.

Agora, você acredita mesmo que isso vai acontecer? E no último segundo do segundo tempo a presidente vai vetar o Código? Isto é, como no ditado popular, ‘’história para boi dormir’’, mas em minha opinião é ‘’história para brasileiro dormir’’.

SE definitivamente a população não se levantar, os jovens não acordarem, um Brasil bem menos verde é o próximo que passa a existir, pois esperar que o governo ouça uma população que está calada é o mesmo que acreditarem papai Noel…

Diego Onório, 25, estudante de Ciências Biológicas na Universidade do Vale do Paraíba. É ativista ambiental, e mora em São José dos Campos/SP. Ele mantém uma página no facebook com informações ambientais, acompanhe o SOS Meio Ambiente.

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