sábado, 28 de abril de 2012

UNIBIÓTICA, NUNCA MAIS!

José Ribamar Bessa Freire
29/04/2012 - Diário do Amazonas

 - Oi! Você não quer "fazer unibiótica" comigo?
Olhei prum lado, pro outro, pra trás. Ninguém! Naquela hora, 6:10 da madrugada, o calçadão da praia, onde praticava o meu cooper, estava deserto. Era óbvio, portanto, que o convite só podia ter sido endereçado a mim. Mesmo assim, duvidei. Ah! Essa minha timidez com as mulheres! Inseguro, gaguejei:
- Tá falando comigo?
Ela confirmou. Estava sim. Era uma mulher dos seus trinta anos. Não era nenhum "avião", mas eu também, coitado, não sou nenhum piloto de Boeing. Era bonita, ossuda e de olhos tristes.
Meu coração deu uma acelerada. Fiquei com uma vontade danada de dizer que estava afinzão, querendão fazer aquela coisa com ela, mesmo se eu não sabia que diabo era "unibiótica". Deduzi rapidamente: uni é um só, bio é vida, e ótica, bem, ótica é ponto de vista. Da minha ótica, podia ser qualquer coisa: saliência, por exemplo. Vai ver, ela está me convidando para unirmos nossas vidas e nossos corpos num só, como na cantata em lá maior do Paulinho Kokay. Será?
Foi aí que ouvi a voz do Mestre Moa - o grande mulherólogo do Amazonas aconselhando-me como nos velhos tempos:
- Primeira lição: nunca recuse qualquer convite de uma mulher. Jamais! Jamais! Jamais! - ele repetia, com a mesma convicção doutoral com que, em sala de aula, ensinava o teorema de Pitágoras ou os dispositivos de Briot-Ruffini.
Já te apresentei o Mestre Moa, leitor? Não? Que falha! Moa é o Moacir Lima, meu amigo, matemático, professor da Universidade Federal do Amazonas, nas horas vagas mulherólogo de profissão, aposentado. Quer dizer, aposentado como docente, mas em franca atividade como pensador sobre as complexas relações homens & mulher, para as quais vem dedicando especial atenção nos últimos anos. Convenceu-me da utilidade das matemáticas, porque conseguiu desenvolver um modelo teórico que aplica o cálculo das probabilidades ao processo de sedução.
As cantadas do Moa são todas respaldadas pela ciência. Por isso, segui os seus conselhos. "Sim, topo fazer ´unibiótica´ com você - eu disse à mulher dos olhos tristes. "Onde você mora? - ela disse. "Aqui pertinho" - eu disse. "Então, vai buscar uma toalha e uma garrafa de água, que eu te espero aqui" - ela disse. "Ta bem. Volto já", eu disse.
Desci correndinho a rua, depois desse disse-disse, antes que decidisse mudar de ideia. No caminho, temores me assaltaram. E se fosse uma armadilha? E se quiserem me dar um flagrante de assédio sexual, sabendo que o "taquiprati" é forte, mas a carne é fraca, aliás, fraquíssima?
De qualquer forma, por precaução, ao chegar à praia verifiquei se havia alguém com uma máquina fotográfica detrás de alguma palmeira. Mas quem eu vi foi ela, a ossuda de olhos tristes, cercada - que decepção! - por umas vinte velhotas, cada uma delas com toalha e garrafinha.
Ela apresentou-se. Era instrutora, paga pela Prefeitura para dar aulas gratuitas de educação física às pessoas da terceira idade. Pediu-me para preencher uma ficha com nome e endereço "para o pessoal da Secretaria ver que tem muita gente boa frequentando" . Devolvi a ficha preenchida e ela falou:
- Vamos começar nossa ginástica unibiótica. Hoje temos um novo participante.
Todo mundo aplaudiu. Em seguida, as velhotas deitaram na toalha estendida sobre a areia. Eu também. A instrutora se aproximou de mim e fez um teste, beliscando meu chulezão. "Atenção! Seu pé caído é o esquerdo" - ela me disse. "E daí?" - eu pensei, sem perceber que diabo era um pé caído.
Daí, começaram os exercícios. Movimentos rápidos, paradas bruscas. Entre um e outro, todos nós bebíamos um ou dois goles de água, "bem devagarzinho, como se estivesse mastigando," ensinava a instrutora.
- Irrigação! - ela gritou, como se fosse marcadora-de-quadrilha de São João. As velhas deitadas levantaram os braços e as pernas, tremelicando com eles. Tentei imitá-las como pude. Parada. Dois goles de água "mastigada".
- A água purifica o corpo e renova as células - pregou a instrutora, dogmaticamente, passando ao exercício seguinte:
- Leque com o pé caído - ela gritou. Macaqueando as velhotas, comecei a me abanar com o meu pé esquerdo. Paradinha. Gole d´água.
- Acelerador - gritou novamente. Agora, com o pé direito no ar, eu fazia movimentos como se estivesse acelerando um carro. Os movimentos simples e complexos dos exercícios colocavam em jogo toda a massa muscular. A instrutora marcava o ritmo, recitando frases, como quem canta rap: - "Eu-sou-feliz-porqueu-me-amo. Eu-sou-feliz-porqueu-te-amo. Eu-sou-feliz-porqueu-me-aprovo". Exigia que todos repetíssemos a ladainha. Censurou:
- O senhor Mauro está de boca fechada. Vamos, seu Mauro, repita!
O senhor Mauro, leitor, era eu. Confesso que cometi uma falsidade ideológica. Na hora de preencher a ficha, escrevi o endereço certo, mas com vergonha do ridículo, lasquei o nome do meu dileto sobrinho, que adotei como filho: Mauro Freire de Souza. Profissão: publicitário.
- Agora o exercício do peixinho!. Vamos, seu Mauro: eu-sou-feliz-porque-me-amo...
Ela veio fiscalizar de perto, se eu estava mesmo recitando. Fiz igualzinho o Dunga, cantando o Hino Nacional antes dos jogos da Copa América, num gesto que os italianos definem como "dire l´orazione della bertuccia", o que equivale a "rezar a oração do macaco", ou seja, fingir que se reza, apenas movendo os lábios. Parada. Dois goles: glute, glute.
- Vamos ao exercício do sapinho - comandou a instrutora.
Ah, amigo leitor, você não tem a menor ideia do que é o "pulo do sapinho"! Se na outra encarnação eu nascer sapo, me suicido enforcado no próprio cordão umbilical. É melhor morrer, do que fazer aquilo que a instrutora me obrigou a fazer. É assim: deitado, você coloca as mãos como se estivesse rezando e dá uma tesoura com as pernas. Aí, faz os movimentos de um sapo pulando, só que deitado com a barriga pra cima. Nessas alturas, eu já estava com o corpo todo moído, como se tivesse levado uma surra. As duas bundas, eu as sentia, como se estivessem desparafusadas, se descolando do meu corpo. Estava literalmente desbundado. O sapinho é fogo, leitor. É phoogo mesmo, com "ph" de farmácia, dois "o" de cooperativa, dois "d" de toddy e dois "a" de caatinga.
No início, eu havia me sentido um gatinho no meio das velhotas. Mas agora, já não conseguia mais acompanhar o pique delas. Humilhante! Simplesmente hu-mi-lhan-te! Enquanto elas pererecavam, o sapinho me nocauteava. Como se não bastasse, o exercício seguinte foi o denominado ‘João Teimoso’, onde você, sentado como um Buda, sobre suas próprias pernas, balança o corpo pra frente, pra trás e pros lados.
- Seu Mauro, é o corpo toooooodo, não é só jogo de ombro não.
Estava arrasado com o ritmo alucinante. Como é que aquelas velhas aguentavam e eu não? Doía-me até os músculos da alma. Felizmente, veio a paradinha, o glute-glute. Fiquei aliviado, quando a instrutora gritou:
- Relaxar. Hora da meditação transcendental!
De olhos fechados, ouvíamos ela falar, com fanatismo, que a unibiótica cura o câncer e a Aids. Aí, né, ela leu aquele texto manjado:
- Obrigado, Senhor! Como é maravilhoso, Senhor, ver tantos aleijados e pernetas, e eu com os meus pés. É maravilhoso, Senhor, com tantos cegos no mundo e eu posso ver. Com tantos surdos, Senhor, mas eu posso ouvir, tantos perebentos e caspentos e eu com a pele sadia... e por ai foi, fazendo a apologia de um individualismo doentio, achando que o mundo era pai d´égua, porque as pessoas estão ferradas e eu não. Era a filosofia do "Fogo no mundo, que eu não me chamo Raimundo!!!"
Uma hora, contada no relógio, de exercícios, goles d´água e lavagem cerebral. Porrada no corpo e agressão ao espírito. Eu era um trapo humano, parecia que me haviam colocado dentro de um liquidificador. E o pior de tudo: não havia mais qualquer chance do senhor Mauro roer os ossos da ossuda-de-olhos-tristes. Foi aí, então que veio o final apoteótico. A instrutora agarrou minha mão, deu a outra para uma velhinha, as velhinhas todas se deram as mãos, fizemos uma roda para cantar uma ciranda de despedida. Não sei que cara eu tinha, porque ela falou:
- O senhor Mauro está com vergonha? Se tiver, não precisa entrar na roda. Tem que ser espontâneo!
Olhei pros quatro cantos. Não vi nenhum político corrupto, nem minhas duas primas Dodora e Rosilene, que costumam andar nesta hora no calçadão. Se elas me vissem, impiedosas como são, eu estava lascado. Então, com vergonha de ter vergonha, respondi:
- Que vergonha que nada. Vamos lá!
E saí, rodopiando com as velhotas, cantando "eu-sou-feliz-porque-me-te-amo", com a música desta "ciranda quem me deu foi Lia, que mora na ilha de Itamaracá". Se tivesse um fotógrafo a serviço dos meus adversários, ele lavava a égua.
- Seu Mauro, esperamos o senhor amanhã, no mesmo horário.
Taqui-pra-ti, oh! Unibiótica, nunca mais! O mestre Moa um dia ainda me paga.
P.S. Para atender o pedido de dois leitores, essa crônica foi redigitada e incluída no site Taquiprati. Muitos anos se passaram e, de vez em quando, chega para o meu endereço correspondência endereçada a Mauro Freire de Souza, com propaganda da unibiótica. Guardo a correspondência para mostrar ao meu neto Palmito, quando crescer, afim de que ele não entre na fria em que entrou seu pai. Unibiótica, nunca mais. Never more! Jamé de la vie. Ramás.

Coluna Xingu Vivo no Dia do Trabalhador

Construir e participar do 1º de Maio Classista e de Luta!
 
 
Convocamos as entidades estudantis, populares e sindicais, classistas e de luta, insatisfeitos com o governo de Dilma-PT, a construir o 1º de Maio (terça-feira), Dia Internacional dos Trabalhadores, com um grande ato, que sairá do Centro Arquitetônico de Nazaré-CAN (Av. Nazaré), às 9h, rumo à Praça da República, Belém-PA.
 
Como não poderia deixar de ser, este 1º de Maio precisa refletir as lutas dos trabalhadores que se travam a nível internacional e nacional.
 
Os principais países capitalistas da Europa seguem na grave crise econômica que se estabeleceu desde 2008. Seus governantes aplicam pontualmente as medidas de ajuste fiscal determinadas pelo Fundo Monetário Internacional, que incluem arrocho salarial e retirada de direitos, em benefício de grandes banqueiros e empresários. O povo reagiu e foi pras ruas. Grécia, Espanha e Portugal, por exemplo, realizaram diversas greves gerais.
 
O norte da África e Oriente médio (Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen) preconizou grandes lutas, derrubando quatro ditadores no ano passado. Esta revolução ficou conhecida como Primavera Árabe. Hoje, a revolução avança para a Síria, pela derrubada do ditador Bashar Assad.
 
No Brasil, a política econômica do governo Dilma, PT, reproduz a mesma lógica dos governos europeus: arrocho salarial, cortes no orçamento das áreas sociais, privatizações, projetos de lei que retira direitos historicamente conquistados, etc, etc. Para se ter uma idéia, no início deste ano Dilma anunciou o maior corte no orçamento na história desse país: R$ 55 bilhões. E para os empresários da indústria, a presidenta destinou uma renúncia fiscal, pela segunda vez, de R$ 60 bilhões. Ano passado ela já havia destinado R$ 25 milhões de insenções fiscais aos empresários, através do Programa Brasil Maior. Muito importante destacar, também, o caráter do governo no que tange às reivindicações do movimento feminista. Recentemente, um projeto de lei que determinava a equiparação salarial entre homens e mulheres para a mesma função foi rejeitado pela liderança de Dilma no Senado, mostrando que o governo não tem avançado nas reivindicações e necessidades das mulheres trabalhadoras, só para citar um exemplo.
 
É neste contexto nacional e internacional que se dá o início das campanhas salariais das diversas categorias dos trabalhadores brasileiros. Há muita disposição em ir à luta, depois de muita frustração com o governo em 2011. As greves dos operários da construção civil nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte anunciam o clima das mobilizações que tendem a se acentuar. Os estudantes reagiram Brasil afora contra os aumentos abusivos das tarifas dos transportes públicos. Os docentes das universidades votaram nacionalmente pela deflagração de greve depois de o governo ter quebrado o acordo firmado na última campanha salarial. No funcionalismo público federal, foi criado o Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais, que reúne 31 entidades. Este fórum vem organizando a unidade dos trabalhadores para mobilizar e enfrentar os ataques do governo, possivelmente com uma GREVE GERAL já neste primeiro semestre. O CLIMA DE INSATISFAÇÃO É GERAL!
 
Por tudo isso, o 1º de Maio deve ter este caráter:
classista e de luta!
 
Tod@s ao Ato, 9h, no CAN !!!
 
Assinam esta convocatória:
CSP-Conlutas-PA
Unidos pra Lutar
Sindtifes-PA
Sinasefe-PA 
Sintsep-PA
Comitê Xingu Vivo
Grêmio Estudantil do Pedro Amazonas Pedroso
ARS (Ação Revolucionária Socialista)
 
Reunião realizada no Sinasefe-PA na qual estavam presentes os representantes das respectivas entidades.

Nota de repúdio à aprovação da reforma do Código Florestal

Foi aprovada na tarde desta quarta-feira, 25, a reforma do Código Florestal. O relatório de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB – MG), modifica significativamente o texto aprovado no Senado, e defendido pelo governo federal. O texto de Piau é considerado por especialistas o pior do pior, um “retrocesso espantoso na política ambiental” como afirmou o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ). Já para o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP), ela “atende a objetivos de poucos, e não se está falando do pequeno proprietário, mas de grandes investimentos“.

Uma das principais modificações feitas para atender o interesse dos ruralistas está na exclusão do artigo 1º do texto aprovado pelo Senado, que definia princípios que caracterizavam o Código Florestal como uma lei ambiental. Como disse um deputado ao defender o relatório do Piau, o Código Florestal trata das questões rurais. Assim, a retirada deste artigo transforma o Código Florestal em uma lei de consolidação de atividades agropecuárias ilegais, uma lei para anistiar criminosos.

 

A pouco menos de dois meses da Rio +20,  o país retrocede vertiginosamente na legislação ambiental. E dificulta o alcance das metas de redução do desmatamento objetivadas pelo governo federal. Os deputados, visando apenas os seus interesses, e o lucro dos ruralistas que financiam suas campanhas, esqueceram-se de representar a vontade da população brasileira, que é contra tal aprovação, e impuseram o código ruralista.

Desta forma, nós, do E esse tal meio ambiente?, reiteramos nossa posição contrária ao documento aprovado pelos deputados. Consideramos o documento um retrocesso na política ambiental brasileira, e também no processo de construção do desenvolvimento sustentável deste país.

Acreditando na sensatez e integridade moral da presidente Dilma Rousseff, juntamos nossas vozes à centenas de outras que pedem a presidente que cumpra a sua promessa, e vete na íntegra o código aprovado na Câmara.

Discurso de aceitação do Prêmio Nobel da Paz (1980)


Majestade, altezas, Senhoras e Senhores:

Com humildade estou diante de vocês para receber a mais alta distinção que o Comitê Nobel do Parlamento Europeu e concedido àqueles que dedicaram suas vidas para a paz, a promoção da justiça e da solidariedade entre os povos.


Eu quero fazer em nome dos povos da América Latina, e mais particularmente dos meus irmãos pobres e pequenos, porque eles são o mais amado por Deus em seu nome, meus irmãos indígenas, camponeses, trabalhadores, de jovens, milhares de homens e mulheres de boa vontade que compartilham desistir dos seus privilégios e modo de vida dos pobres e lutam para construir uma nova sociedade.

Para um homem como eu, uma pequena voz dos sem voz, lutando para ser ouvido em pleno vigor o clamor dos povos, sem outra identificação com a América homem americano de concreto e um cristão, isto é, sem dúvida, o maior honra que eu posso receber que eu considero um Servo de paz.

Eu venho de um continente que vive entre a angústia ea esperança, e onde se encaixa a minha história, estou convencido de que a escolha da força evangélica da não-violência como um desafio e abre novas perspectivas e radicais.

Uma opção que prioriza um valor fundamental e dignidade profundamente cristã do homem, a dignidade transcendente sagrado e inalienável que vem do fato principal de ser um filho de Deus e irmão em Cristo e, portanto, nosso irmão.


Nesses longos anos de luta através do Serviço de Paz e Justiça na América Latina partilham a viagem com os pobres e necessitados.

Nós não temos muito a dizer, mas muito a compartilhar atingir com não-violenta luta pela abolição da injustiça, para conseguir um. Mais justa e humana para todos

Neste passeio com os meus irmãos os pobres, os perseguidos, os que têm fome e sede de justiça, aqueles que sofrem por causa da opressão, os que estão angustiados com a perspectiva de guerra, o sofrimento que a agressão de violência ou são negligenciados seus direitos fundamentais.


Medalha de ouro esculpida Prêmio Nobel

Isso é tudo que eu estou aqui.

Minha voz quer ter a força da voz dos humildes. A voz que denuncia a injustiça e proclama a esperança em Deus e da humanidade que é a esperança do homem que anseia por viver em comunhão e participação com todos os irmãos como filhos de Deus.

A América Latina é um continente jovem, vital, que foi definido pelo Papa Paulo VI como o Continente da Esperança.

Para conhecer a realidade é avaliar a verdadeira vocação de compartilhar o seu destino.
Para conhecer é alcançar uma identidade profunda com as pessoas que estrela em um processo histórico, estar disposto a resgatar a dor com amor, assumindo, nesta perspectiva, a prática de Jesus.

Mas quando vemos a realidade que os nossos povos é uma ofensa a Deus, em que milhões de nossas crianças, jovens, adultos, idosos que vivem sob o signo do subdesenvolvimento.

Violência institucionalizada, a miséria e a opressão criar uma realidade dual, o resultado das contínuas criadores políticos e econômicos sistemas de injustiça, que estabelecem uma ordem social que beneficia a poucos, ricos ficando mais ricos à custa de pobres cada vez mais pobres.


Diante desta realidade, eu gosto dos bispos em Puebla, como cristãos envolvidos nos movimentos de direitos humanos, como os homens de boa vontade compartilhar as ansiedades que emergem as faces enlutadas do homem latino-americano em lhe reconhecemos o rosto sofrimento de Cristo, nosso Senhor para questões e desafios. 

Falo tendo diante de meus olhos a memória viva dos rostos dos meus irmãos, trabalhadores, operários e camponeses que estão reduzidos a padrões de vida sub-humanas e os direitos sindicais limitados comerciais, os rostos das crianças que sofrem de desnutrição, de jovens que vêem suas esperanças frustradas, da população urbana marginalizada do nosso indígena das mães que procuram seus filhos desaparecidos, de falta, muitas delas crianças, de milhares de exilados,

Povos que exigem liberdade e justiça para todos.

Mas com tanta dor, porque eu vivo Espero que a América Latina é um continente de pé, o que pode atrasar o seu lançamento, mas nunca parar.

Espero que vivemos, porque nós, como Paulo, que o amor nunca morre e que o homem, no processo histórico, criou enclaves de amor com a prática ativa de solidariedade em todo o mundo para a libertação integral do homem e pessoas.

Para mim, é essencial para a oração da serenidade interior para ouvir o silêncio de Deus nos diz em nossas vidas pessoais e no sinal dos tempos em nossa história a força do Amor.
.
E para que a fé em Cristo e os homens que contribuir com nossa humilde esforço na construção de uma sociedade mais justa e humana. E eu digo isso com ênfase: Que mundo é possível.

E para construir essa nova sociedade deve ser com as mãos abertas, fraterna, sem ódio, sem rancor, de reconciliação e de paz, mas com muita firmeza, sem dar defesa da Verdade e da Justiça.

Porque eu sei que ninguém pode crescer com os punhos cerrados. Para semear, devemos abrir nossas mãos.

Eu quero agradecer a todos vocês, o Comitê Nobel para esta alta distinção para os pobres da América Latina.

Estou animado e também se comprometeram a redobrar os meus esforços na luta pela paz e justiça. Desde que a paz só é possível como resultado ciclizados Justiça, que a verdadeira paz é a transformação profunda da não-violência é a força do Amor.

Quero expressar-lhe que, graças à ajuda e compreensão de minha esposa e filhos, na luta mais dura e difícil, eu continuo com meus irmãos na América Latina, com o seu amor, silêncio e empresa, e sempre contribuir para fortalecer-me e dar-me a coragem para servir os meus irmãos.

Invocando o poder de Cristo, nosso Senhor, como nos foi ensinado no Sermão da Montanha e eu quero compartilhar com vocês, meu povo e do mundo.

Bem-aventurados os pobres esp íritu, porque deles é o Reino dos Céus
Bem-aventurados os mansos, porque eles n na herança de terras,
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles atingem um misericórdia
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus,
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus,
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus
Bem-aventurados sois vós, quando vos insultarem e perseguirem e disserem toda a espécie de mal contra vós por minha conta. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

(Mateus 5: 1-12)

Queira aceitar meus sinceros agradecimentos e votos de paz e bom.
De Les Prix Nobel. O Prêmio Nobel de 1980, Editor de Wilhelm Odelberg, [Fundação Nobel], Estocolmo, 1981

 Discurso de aceptación del Premio Nobel de la Paz (1980)


sexta-feira, 27 de abril de 2012

1º de maio, um confronto com o Estado repressivo


Escrito por Waldemar Rossi   
Sexta, 27 de Abril de 2012

No século 19 (anos 1800), a classe operária européia e estadunidense era brutalmente reprimida pela polícia porque reivindicava jornada de trabalho de 8 horas diárias – contra as 12, 15 ou até 18 horas de trabalho nas fábricas. Em pleno século 21, essa repressão continua sendo praticada pelos Estados capitalistas, agora estendidas aos trabalhadores pelo mundo inteiro. As greves e manifestações populares massivas são brutalmente reprimidas na Europa, África, Ásia e Américas, revelando que os Estados burgueses estão cada vez mais a serviço dos interesses do capital, desprezando os mais elementares direitos dos povos. Se não bastasse garantir pela força de leis injustas - portanto ilegítimas - o crescimento da exploração sobre os trabalhadores, ainda colocam todo seu aparato policial e militar para sufocar justos movimentos de contestação contra o desrespeito aos seus direitos inalienáveis. Manifestantes vêm sendo agredidos, presos e assassinados em vários cantos do mundo. A repressão se dá na mesma proporção em que avançam os ataques e a eliminação dos direitos trabalhistas e populares. No mundo do século 21, a barbárie vai sendo implantada ocupando o lugar da justiça e da verdadeira democracia.

No Brasil, as coisas não são diferentes. Apenas se revelam em suas particularidades próprias. A ambição desmedida pela concentração das terras por grandes empresas que visam o agronegócio exportador e a produção do etanol vem ocasionando invasões das áreas indígenas e quilombolas; os jagunços, verdadeiras quadrilhas de bandidos, continuam dizimando as principais lideranças indigenistas, como foi o caso do cacique guarani-Kaiowá, Marco Veron, no Mato Grosso do Sul, assassinado diante de seus filhos. Nos últimos anos, foram constatados 248 assassinatos de indígenas. Quantos ainda são desconhecidos por este Brasil afora? E, o que é rigorosamente absurdo, 423 indígenas estão presos nas cadeias brasileiras, pelo crime de defender suas terras e vidas, enquanto os criminosos e seus mandantes, os empresários, continuam impunes. A Justiça e a Polícia Federal nada ou quase nada fazem para, realmente, investigar, julgar e punir os criminosos. A demarcação das terras indígenas, assim como dos quilombolas (também reprimidos e assassinados), continua letra morta na nossa Constituição.

Comprometido com a FIFA e o COI em garantir as obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas em nosso país, o governo brasileiro, além de bancar a construção desses “elefantes brancos” com dinheiro do orçamento público federal, vai promovendo remoções de milhares de famílias pobres obrigando-as a deixar suas moradias, sem qualquer garantia oficial, sem destino certo. Tudo isto para garantir melhores condições aos turistas que aqui possivelmente desembarcarão, à custa de piores condições de moradia e de vida para o povo. Quando as famílias prejudicadas pelas remoções protestam, governantes colocam suas polícias com todo seu arsenal repressivo para “garantir a ordem” dos interesses das grandes construtoras, financiadoras das campanhas eleitorais dos partidos políticos, governadores, senadores e deputados. A truculência das polícias estaduais e municipais vem ocorrendo com freqüência sobre milhares de famílias que habitam em terrenos devolutos (propriedade do Estado) e que deveriam ser usadas prioritariamente para sua função social, como manda a Constituição brasileira. Fatos como o da expulsão de Pinheirinhos, em São José dos Campos – SP, se dão com freqüência e tal brutalidade que vêm merecendo a condenação até mesmo de setores da mídia burguesa.

A repressão do Estado vem se fazendo presente contra os operários da construção civil que se unem e lutam contra as precárias condições de alojamento, de alimentação e de trabalho, nas obras das barragens que estão sendo construídas na Amazônia. Além das truculentas polícias estaduais, a presidente Dilma colocou a Força Nacional de Segurança para reprimir grevistas (*). A violência oficial vai além e se estende para os habitantes das áreas que serão inundadas expulsando milhares de famílias que ali residem e trabalham há dezenas de anos.

Não se pode ignorar que os responsáveis por tantos crimes são, além dos exploradores das terras urbanas e rurais, os membros dos Três Poderes do Estado, tanto em nível federal, quanto estadual e municipal. Juízes vêm concedendo ordens de despejo em total desrespeito às leis e à própria Constituição, ordenando o uso da força para garantir suas “sentenças”; ministros de instâncias superiores da Justiça são acusados de favorecimento ao capital; presidentes da República se mancomunam com os exploradores e agem como se fossem donos absolutos do país, traindo o povo e a nação; governadores e prefeitos seguem o mesmo caminho; Congresso Nacional e Assembléias Legislativas legislam contra os interesses do povo, em favor das grandes empresas.

A insatisfação pelo caos reinante vem gerando reações de parcelas significativas de trabalhadores do campo e da cidade. É neste clima de insatisfações e de revoltas que celebraremos o 1º de Maio de 2012. As manifestações de caráter classista estarão, em todo o país, denunciando tanta falcatrua e tantos crimes, num amplo movimento de retomada, ainda que modesto, do seu protagonismo em busca de profundas mudanças nas políticas públicas e em defesa dos direitos populares.

(*) A Força Nacional de Segurança é obra do “operário presidente” Luiz Inácio Lula da Silva. Foi criada por decreto-lei no ano de 2005, quando uma unidade motorizada (ou montada) do Exército, sediada na cidade de Campinas (SP), foi transformada em unidade de infantaria para atuar em “defesa da ordem interna”. Isto é, Lula colocou o Exército para reprimir trabalhadores.

Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Belo Monte: a barreira jurídica. Entrevista especial com Felício Pontes Júnior

“Onde não estamos vencendo é na área jurídica. Muitas decisões foram tomadas, por diferentes juízes ao longo de 10 anos, determinando a paralisação do licenciamento por ilegalidades, mas foram todas suspensas pelo Tribunal Regional Federal de Brasília, na maioria por decisão de seu presidente”, pontua o procurador da República no Pará.

Confira a entrevista.


As obras da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte recém começaram e a situação do município de Altamira, no Pará, é de “completo caos”, pois a população cresceu e os serviços públicos entraram em “colapso”, avalia Felício Pontes Júnior em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line

De acordo com o procurador, os movimentos contrários à construção de Belo Monte ganharam bastante visibilidade e conseguiram discutir o tema com a sociedade. No entanto, os dilemas concentram-se na área jurídica. Das 13 ações judiciais encaminhadas pelo Ministério Público Federal – MPF, por conta das irregularidades de Belo Monte, “apenas uma foi julgada no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e outras três julgadas na primeira instância. A maioria, portanto, não chegou a ser julgada ainda nem na primeira instância”, informa. A responsabilidade pela demora do julgamento, segundo Pontes Júnior, “é do próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que criou em 2011 uma vara especializada em feitos ambientais em Belém e ordenou que todos os processos de Belo Monte que tramitavam em Altamira fossem enviados para a capital”. Conforme explica, “a vara passou meses sem juiz titular e quando finalmente chegou um juiz para ficar, no segundo semestre do ano passado, ele discordou do Tribunal e devolveu para Altamira os processos, o que criou em muitos casos o chamado conflito negativo de competência, um incidente que atrasa ainda mais os processos”.

Na entrevista a seguir, o procurador também comenta a iniciativa da Advocacia-Geral da União – AGU, que no final do ano passado pediu seu afastamento dos processos relacionados a Belo Monte. “Na verdade a AGU não tem poder para determinar nada sobre a atuação do MPF. Ela fez uma representação contra o MPF no Conselho Nacional do Ministério Público para tentar me afastar do caso Belo Monte, como já tentaram de outras vezes. Acredito que seja uma tentativa de intimidar o trabalho do MPF. É aquela coisa: já que não se pode lutar contra acusação, tenta-se desmoralizar o acusador”, afirma.

Felício Pontes Júnior (foto) é procurador da República junto do Ministério Público Federal do Pará. Possui atuação nas áreas indígena, ambiental e ribeirinha, e é mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio.

Confira a entrevista.

IHU On-Line Segundo informações, a prefeitura de Altamira pediu ajuda às Forças Armadas para que seja instalado um hospital de campanha na cidade por conta do caos na saúde. Qual a atual situação da cidade?

Felício Pontes Júnior
– A situação é de completo caos, porque, tal como apontamos em ação judicial e também em recomendações, o Ibama não poderia ter permitido o início das obras sem o cumprimento das condicionantes impostas pelo próprio Ibama. As consequências ficaram muito claras agora, com a população crescendo e os serviços públicos em colapso. É uma irresponsabilidade que foi vista em Rondônia, repetida em Belo Monte e a sociedade brasileira não pode aceitar que se repita em outras obras, porque quem sofre, quem fica vivendo em situação de desespero são os mais pobres, justamente aqueles que precisam da proteção do Estado.

IHU On-Line Quantas ações judiciais em relação a Belo Monte ainda não foram julgadas pelo Supremo Tribunal Federal? Quais as razões da demora no julgamento?

Felício Pontes Júnior
– É preciso esclarecer que apenas uma das ações do Ministério Público Federal – MPF no caso Belo Monte chegou ao Supremo Tribunal Federal, justamente aquela que impediu que o licenciamento da usina fosse feito em esfera estadual. Quando o governo brasileiro retoma o projeto em 2005, obedece ao determinado pela primeira ação judicial, mas comete várias outras graves irregularidades que são apontadas pelo Ministério Público Federal em outras 13 ações judiciais. De todas essas, apenas uma foi julgada no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e outras três julgadas na primeira instância. A maioria, portanto, não chegou a ser julgada ainda nem na primeira instância.

Parte da responsabilidade pela demora no julgamento é do próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que criou em 2011 uma vara especializada em feitos ambientais em Belém e ordenou que todos os processos de Belo Monte que tramitavam em Altamira fossem enviados para a capital. A vara passou meses sem juiz titular e quando finalmente chegou um juiz para ficar, no segundo semestre do ano passado, ele discordou do Tribunal e devolveu para Altamira os processos, o que criou em muitos casos o chamado conflito negativo de competência, um incidente que atrasa ainda mais os processos. Por conta de todos esses problemas, solicitamos ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ que acompanhe de perto os processos de Belo Monte. A demora no julgamento pode tornar as ações inócuas.

IHU On-Line Em função de Belo Monte, o direito da natureza está sendo discutido no judiciário. Como juridicamente esta questão é abordada?

Felício Pontes Júnior
– A usina, de acordo com todos os documentos técnicos produzidos, seja pelo Ibama, pelas empreiteiras responsáveis pelos Estudos, seja pela Funai, o MPF ou os cientistas que se debruçaram sobre o projeto, vai causar a morte de parte considerável da biodiversidade na região da Volta Grande do Xingu – trecho de 100km do rio que terá a vazão drasticamente reduzida para alimentar as turbinas da hidrelétrica. Esse trecho do Xingu é considerado, por decreto do Ministério do Meio Ambiente (Portaria MMA n. 9/2007), como de importância biológica extremamente alta, pela presença de populações animais que só existem nessa área, essenciais para a segurança alimentar e para a economia dos povos da região.

A vazão reduzida vai provocar diminuição de lençóis freáticos, extinção de espécies de peixes, aves e quelônios, a provável destruição da floresta aluvial e a explosão do número de insetos vetores de doenças. Um trecho da nossa ação judicial sobre o assunto demonstra o ineditismo da tese: "Quando os primeiros abolicionistas brasileiros proclamaram os escravos como sujeitos de direitos foram ridicularizados. No mesmo sentido foram os defensores do sufrágio universal, já no século XX. Em ambos os casos, a sociedade obteve incalculáveis ganhos. Neste século, a humanidade caminha para o reconhecimento da natureza como sujeito de direitos. A visão antropocêntrica utilitária está superada. Significa que os humanos não podem mais submeter a natureza à exploração ilimitada”. Espero que essa tese, inédita na Justiça brasileira, vença.

IHU On-Line Como você recebeu a notícia de que deveria ficar afastado das ações referente a Belo Monte por determinação da AGU? Como está este processo?

Felício Pontes Júnior
Na verdade, a AGU não tem poder para determinar nada sobre a atuação do MPF. Ela fez uma representação contra o MPF no Conselho Nacional do Ministério Público para tentar me afastar do caso Belo Monte, como já tentaram de outras vezes. Acredito que seja uma tentativa de intimidar o trabalho do MPF. É aquela coisa: já que não se pode lutar contra acusação, tenta-se desmoralizar o acusador. Não creio que isso possa surtir qualquer efeito.

IHU On-Line Deseja acrescentar algo?

Felício Pontes Júnior
– Do ponto de vista de comunicação, é certo que nós vencemos a guerra. Eles não conseguiram provar que Belo Monte é viável, nem mesmo do ponto de vista econômico, já que a usina deve ficar sem produzir energia durante uns quatro meses do ano, em virtude da diferença entre cheia e seca do Xingu. Graças às ações dos movimentos indígena e ambiental em vários pontos do país, a sociedade ficou sabendo a verdade sobre esse projeto, que é o mais caro do Brasil e vai ser pago por nós, brasileiros.

Onde não estamos vencendo é na área jurídica. Muitas decisões foram tomadas, por diferente juízes ao longo de 10 anos, determinando a paralisação do licenciamento por ilegalidades, mas foram todas suspensas pelo Tribunal Regional Federal de Brasília, na maioria por decisão de seu presidente. Nosso objetivo é que essas ações possam tramitar com rapidez para que cheguem ao Supremo Tribunal Federal antes do fato consumado.

Fonte: IHU

Campanha Veta Dilma! ganha força nas ruas e redes sociais

Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro
Veta Dilma!
Selo da campanha Veta Dilma!
A resposta à votação na Câmara, realizada na noite passada, que aprovou o Código Florestal de acordo com o que exigiam os ruralistas, em flagrante desacordo com o sentimento público da maioria dos brasileiros, ganha força na campanha Veta Dilma!, que ganha cada vez mais espaços públicos seja nas manifestações previstas para este fim de semana, seja nas redes sociais. Ambientalistas e entidades de mobilização da sociedade civil apoiam a campanha contra a manobra de fazendeiros e empresários ligados ao agronegócio e, na última sexta-feira, comemorado como o Dia da Terra, foi também lançada o “Dia Nacional do Veta, Dilma!”.

O resultado da votação na Câmara “condena o Brasil ao atraso na gestão de suas riquezas naturais, ganha força a mobilização nacional contra o texto forjado por setores atrasados do agronegócio e da política”, afirma, em nota, a seção brasileira da organização não governamental (ONG) World Wildlife Foundation (WWF-Brasil). Na capital federal, um novo balão da WWF-Brasil tem ilustrado as manifestações.

O projeto de lei aprovado nesta quarta-feira, “consolida desmatamentos em áreas sensíveis e estratégicas, como margens de rios e topos de morro, anistia desmatadores, abre espaço para mais derrubada de florestas nativas e para a especulação fundiária e reforça uma cultura de impunidade, de desrespeito à legislação e desvalorização do patrimônio natural”, acrescenta a WWF
A questão é maior do que apenas uma questão nacional e “pode colocar em xeque o cumprimento pelo país de metas assumidas internacionalmente ligadas à conservação da biodiversidade e mudanças climáticas, por exemplo. O mundo inteiro está atento a como o Brasil vai tratar o futuro de suas florestas e se conseguirá manter sua liderança global em desenvolvimento sustentável, conquistada nas últimas décadas”, ressalta a instituição.

Os reflexos de uma desastrosa aprovação a toque de caixa da reforma do Código Florestal, sem debate real com a sociedade, pode ter reflexos negativos na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que acontece em junho, no Rio, onde 100 chefes de Estado estão confirmados para discursar na plenária principal, conforme o Itamaraty.
Ainda no início, campanha “Veta, Dilma!” já repercute em todo o Brasil e no exterior. Vários países demonstraram seu apoio, como Alemanha, Colômbia, Canadá, Espanha, México, Portugal, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra. “Todavia, o parlamento não ouve a Ciência, não ouve os juristas e deu às costas para a sociedade. A presidente Dilma Rousseff precisa ouvir o clamor dos brasileiros”, acrescenta a ONG.

Impacto da destruição

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em nota, também criticou a aprovação do Código Florestal nos termos que agradaram apenas aos latifundiários. Segundo a instituição, responsável pela luta em favor da Reforma Agrária no Brasil, “os impactos da destruição do meio ambiente são sentidos em toda parte, não apenas nas regiões diretamente destruídas. Exemplo recente é a morte de mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras das regiões mais pobres do Rio de Janeiro, devidos às fortes chuvas que assolaram o estado no começo de abril. As principais vítimas foram famílias que vivem em morros, pela falta de um programa habitacional que atenda às necessidades do conjunto da população. As consequências dos desequilíbrios ambientais recaem principalmente sobre os mais pobres”.

Os deputados que votaram “sim” pediram a manutenção do texto aprovado pelo Senado, apoiado pelo governo e que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição florestal. Os deputados que votaram “não” votaram pelo relatório do deputado Paulo Piau, que anulou essas obrigações. Ganharam por 90 votos. Assim sendo, a Câmara aprovou ontem, com o texto de Paulo Piau, a reforma na principal lei florestal brasileira. Acompanhe a lista:

Conheça aqui o voto de cada parlamentar
Resultado da votação
Sim: 184
Não: 274
Abstenção: 2
Total da Votação: 460
Art. 17: 1
Total Quorum: 461
Orientação
PT: Sim
PMDB: Não
PSDB: Não
PSD: Não
PrPtdob
PrpPhs
PtcPsl
Prtb
: Não
Psb
Pcdob
: Liberado
PP: Liberado
DEM: Não
PDT: Não
PvPps: Sim
PTB: Não
PSC: Não
PRB: Sim
PSOL: Sim
Minoria: Liberado
GOV.: Sim
Parlamentar UF Voto



DEM

Abelardo Lupion PR Não
Alexandre Leite SP Não
ACMagalhães Neto BA Não
Augusto Coutinho PE Não
Claudio Cajado BA Não
Davi Alcolumbre AP Não
Efraim Filho PB Não
Eli Correa Filho SP Não
Fábio Souto BA Não
Felipe Maia RN Não
Jairo Ataide MG Não
João Bittar MG Não
Jorge T. Mudalen SP Não
Júlio Campos MT Não
Lira Maia PA Não
Luiz Carlos Setim PR Não
Mandetta MS Não
Mendonça Filho PE Não
Mendonça Prado SE Sim
Onyx Lorenzoni RS Não
Pauderney Avelino AM Não
Paulo C. Quartiero RR Não
Profª. D. Rezende TO Não
Rodrigo Maia RJ Sim
Ronaldo Caiado GO Não
Vitor Penido MG Não
Total DEM: 26




PCdoB

Alice Portugal BA Sim
Assis Melo RS Não
Chico Lopes CE Não
Daniel Almeida BA Sim
Del. Protógenes SP Sim
Evandro Milhomen AP Não
Jandira Feghali RJ Sim
Jô Moraes MG Sim
João Ananias CE Não
Luciana Santos PE Não
Manuela D`ávila RS Sim
Osmar Júnior PI Não
Total PCdoB: 12




PDT

André Figueiredo CE Não
Ângelo Agnolin TO Não
Brizola Neto RJ Sim
Dr. Jorge Silva ES Não
Enio Bacci RS Sim
F. M. Júnior BA Não
Flávia Morais GO Não
Giovani Cherini RS Não
Giovanni Queiroz PA Não
João Dado SP Não
Manato ES Não
Marcelo Matos RJ Sim
Marcos Medrado BA Não
Marcos Rogério RO Não
Miro Teixeira RJ Sim
Oziel Oliveira BA Não
P. Pereira da Silva SP Não
Reguffe DF Sim
Salvador Zimbaldi SP Não
S. Bala Rocha AP Sim
Sueli Vidigal ES Não
Vieira da Cunha RS Sim
Wolney Queiroz PE Não
Zé Silva MG Não
Total PDT: 24




PHS

José Humberto MG Não
Total PHS: 1




PMDB

Adrian RJ Não
Alberto Filho MA Não
Alceu Moreira RS Não
Alexandre Santos RJ Não
Antônio Andrade MG Não
Arthur Oliveira Maia BA Não
Asdrubal Bentes PA Não
B. Maranhão PB Não
Carlos Bezerra MT Não
Celso Maldaner SC Não
Danilo Forte CE Não
Darcísio Perondi RS Não
Edinho Araújo SP Não
Edinho Bez SC Não
Edio Lopes RR Não
Edson Ezequiel RJ Não
Eduardo Cunha RJ Não
Elcione Barbalho PA Sim
Eliseu Padilha RS Não
Fabio Trad MS Não
Fátima Pelaes AP Não
Fernando Jordão RJ Não
Flaviano Melo AC Não
Francisco Escórcio MA Não
Gabriel Chalita SP Não
Genecias Noronha CE Não
Gera Arruda CE Não
Geraldo Resende MS Sim
Giroto MS Não
H. Eduardo Alves RN Não
H. Parcianello PR Não
Hugo Motta PB Não
Íris de Araújo GO Não
João Arruda PR Não
João Magalhães MG Não
Joaquim Beltrão AL Não
José Priante PA Não
Júnior Coimbra TO Não
Leandro Vilela GO Não
Lelo Coimbra ES Não
Leonardo Picciani RJ Não
Leonardo Quintão MG Não
Lucio Vieira Lima BA Não
Luiz Pitiman DF Não
Manoel Junior PB Não
Marçal Filho MS Não
Marcelo Castro PI Não
Marinha Raupp RO Não
Marllos Sampaio PI Não
Mauro Benevides CE Não
Mauro Lopes MG Não
Mauro Mariani SC Não
Natan Donadon RO Não
Newton Cardoso MG Não
Nilda Gondim PB Não
Odílio Balbinotti PR Não
Osmar Serraglio PR Não
Osmar Terra RS Não
Paulo Piau MG Não
Pedro Chaves GO Não
Pedro Novais MA Não
Professor Setimo MA Não
Raul Henry PE Sim
Renan Filho AL Não
R. P. Mendonça SC Não
Ronaldo Benedet SC Não
Rose de Freitas ES Não
Sandro Mabel GO Não
Saraiva Felipe MG Não
Teresa Surita RR Não
Valdir Colatto SC Não
Washington Reis RJ Não
Wilson Filho PB Não
Wladimir Costa PA Não
Total PMDB: 74




PMN

Jaqueline Roriz DF Não
Total PMN: 1




PP

Afonso Hamm RS Não
Aline Corrêa SP Sim
Arthur Lira AL Sim
Beto Mansur SP Não
Carlos Magno RO Não
Cida Borghetti PR Não
Dilceu Sperafico PR Não
Dimas Fabiano MG Não
Eduardo da Fonte PE Sim
Esperidião Amin SC Não
Gladson Cameli AC Não
Iracema Portella PI Sim
Jair Bolsonaro RJ Não
Jeronimo Goergen RS Não
João Pizzolatti SC Não
José Linhares CE Não
Lázaro Botelho TO Não
Luis Carlos Heinze RS Não
Luiz Argôlo BA Não
L. Fernando Faria MG Não
M. R. Moreira MG Não
Mário Negromonte BA Não
Mss. J. Olimpio SP Não
Nelson Meurer PR Não
Paulo Maluf SP Não
Pedro Henry MT Não
Rebecca Garcia AM Sim
Renato Molling RS Não
Roberto Britto BA Sim
Roberto Teixeira PE Não
Sandes Júnior GO Não
Simão Sessim RJ Sim
Toninho Pinheiro MG Não
Vilson Covatti RS Não
Waldir Maranhão MA Sim
Total PP: 35




PPS

Arnaldo Jardim SP Não
Arnaldo Jordy PA Sim
Augusto Carvalho DF Sim
Carmen Zanotto SC Não
Dimas Ramalho SP Sim
Roberto Freire SP Sim
Rubens Bueno PR Sim
Sandro Alex PR Não
Stepan Nercessian RJ Sim
Total PPS: 9




PR

Aelton Freitas MG Não
Anderson Ferreira PE Não
Anthony Garotinho RJ Abs
Aracely de Paula MG Não
B.S. Vasconcellos MG Não
D. A. Silva Júnior MA Não
Dr. Adilson Soares RJ Não
Francisco Floriano RJ Não
Giacobo PR Não
Inocêncio Oliveira PE Não
Izalci DF Não
J.C. Bacelar BA Não
Lúcio Vale PA Não
M. Quintella Lessa AL Não
Maurício Trindade BA Não
Milton Monti SP Não
Neilton Mulim RJ Sim
Paulo Feijó RJ Não
Paulo Freire SP Não
Tiririca SP Não
V. Costa Neto SP Não
Vicente Arruda CE Não
Vinicius Gurgel AP Não
W. Fagundes MT Não
Wellington Roberto PB Não
Zoinho RJ Não
Total PR: 26




PRB

Acelino Popó BA Sim
Antonio Bulhões SP Sim
Cleber Verde MA Sim
George Hilton MG Sim
Heleno Silva SE Sim
Jhonatan de Jesus RR Sim
Márcio Marinho BA Sim
Otoniel Lima SP Sim
Vilalba PE Sim
Vitor Paulo RJ Sim
Total PRB: 10




PRP

Jânio Natal BA Não
Total PRP: 1




PSB

A. Camarinha SP Não
Alexandre Roso RS Não
Antonio Balhmann CE Não
Ariosto Holanda CE Sim
Audifax ES Sim
Domingos Neto CE Não
Dr. Ubiali SP Sim
F. Coelho Filho PE Sim
Givaldo Carimbão AL Sim
Glauber Braga RJ Sim
Janete Capiberibe AP Sim
Jonas Donizette SP Sim
José Stédile RS Sim
Júlio Delgado MG Sim
Keiko Ota SP Sim
Laurez Moreira TO Não
Leopoldo Meyer PR Sim
Luiz Noé RS Sim
Luiza Erundina SP Sim
Mauro Nazif RO Não
Paulo Foletto ES Sim
Romário RJ Não
Sandra Rosado RN Não
Severino Ninho PE Sim
Valtenir Pereira MT Não
Total PSB: 25




PSC

Andre Moura SE Não
Antônia Lúcia AC Não
C. E. Cadoca PE Não
Costa Ferreira MA Não
Deley RJ Abs
Edmar Arruda PR Não
Hugo Leal RJ Sim
Lauriete ES Não
Leonardo Gadelha PB Não
Mário de Oliveira MG Não
Nelson Padovani PR Não
Pr. M. Feliciano SP Não
Ratinho Junior PR Não
Zequinha Marinho PA Não
Total PSC: 14




PSD

Ademir Camilo MG Não
Armando Vergílio GO Não
Arolde de Oliveira RJ Não
Átila Lins AM Não
Carlos Souza AM Não
César Halum TO Não
D. Hinterholz RS Não
Diego Andrade MG Não
Dr. Paulo César RJ Sim
Edson Pimenta BA Não
Eleuses Paiva SP Não
Eliene Lima MT Não
Fábio Faria RN Não
Felipe Bornier RJ Sim
Fernando Torres BA Não
Francisco Araújo RR Não
Geraldo Thadeu MG Não
Guilherme Campos SP Não
Guilherme Mussi SP Sim
Hélio Santos MA Não
Heuler Cruvinel GO Não
Homero Pereira MT Não
Hugo Napoleão PI Não
Irajá Abreu TO Não
Jefferson Campos SP Não
Jorge Boeira SC Não
José Carlos Araújo BA Não
José Nunes BA Não
Júlio Cesar PI Não
Junji Abe SP Não
Liliam Sá RJ Sim
Manoel Salviano CE Não
Moreira Mendes RO Não
Nice Lobão MA Não
Onofre S. Agostini SC Não
Paulo Magalhães BA Não
Raul Lima RR Não
R. Stephanes PR Não
Ricardo Izar SP Sim
Roberto Santiago SP Sim
Sérgio Brito BA Não
Silas Câmara AM Sim
Walter Tosta MG Sim
Total PSD: 43




PSDB

Alberto Mourão SP Sim
Alfredo Kaefer PR Não
Andreia Zito RJ Sim
Antonio Thame SP Não
Antonio Imbassahy BA Sim
Berinho Bantim RR Não
B. de Andrada MG Não
Bruno Araújo PE Não
Carlos Leréia GO Não
Carlos Brandão MA Não
Carlos Sampaio SP Sim
Cesar Colnago ES Sim
Domingos Sávio MG Não
Duarte Nogueira SP Não
Dudimar Paxiúba PA Não
Eduardo Barbosa MG Sim
E. Fernandes SP Sim
F. Francischini PR Não
João Campos GO Não
Jorginho Mello SC Não
Jutahy Junior BA Sim
Leonardo Vilela GO Não
Luiz Carlos AP Não
L. F. Machado SP Sim
Luiz Nishimori PR Não
Mara Gabrilli SP Sim
Marcio Bittar AC Não
Marco Tebaldi SC Não
Marcus Pestana MG Sim
N. Marchezan Jr. RS Não
Nilson Leitão MT Não
Otavio Leite RJ Sim
Paulo Abi-Ackel MG Não
Raimundo Matos CE Não
Reinaldo Azambuja MS Não
Ricardo Tripoli SP Sim
Rodrigo de Castro MG Sim
Rogério Marinho RN Não
Romero Rodrigues PB Sim
Rui Palmeira AL Sim
Ruy Carneiro PB Sim
Sergio Guerra PE Não
Vanderlei Macris SP Sim
Vaz de Lima SP Sim
Walter Feldman SP Sim
W. Gonçalves PA Não
William Dib SP Sim
Zenaldo Coutinho PA Sim
Total PSDB: 48




PSL

Dr. Grilo MG Sim
Total PSL: 1




PSOL

Chico Alencar RJ Sim
Ivan Valente SP Sim
Jean Wyllys RJ Sim
Total PSOL: 3




PT

Afonso Florence BA Sim
Alessandro Molon RJ Sim
Amauri Teixeira BA Sim
André Vargas PR Sim
Angelo Vanhoni PR Sim
Antônio Carlos Biffi MS Sim
Arlindo Chinaglia SP Sim
Artur Bruno CE Sim
Assis Carvalho PI Sim
Assis do Couto PR Sim
Benedita da Silva RJ Sim
Beto Faro PA Sim
Bohn Gass RS Sim
C. Vaccarezza SP Sim
Carlinhos Almeida SP Sim
Carlos Zarattini SP Sim
Chico D`Angelo RJ Sim
Cláudio Puty PA Sim
Dalva Figueiredo AP Sim
Décio Lima SC Sim
Devanir Ribeiro SP Sim
Domingos Dutra MA Sim
Dr. Rosinha PR Sim
Edson Santos RJ Sim
Erika Kokay DF Sim
Eudes Xavier CE Sim
Fátima Bezerra RN Sim
Fernando Ferro PE Sim
Fernando Marroni RS Sim
Francisco Praciano AM Sim
Gabriel Guimarães MG Sim
Geraldo Simões BA Sim
Henrique Fontana RS Sim
Iriny Lopes ES Sim
Jesus Rodrigues PI Sim
Jilmar Tatto SP Sim
João Paulo Lima PE Sim
João Paulo Cunha SP Sim
José Airton CE Sim
José De Filippi SP Sim
José Guimarães CE Sim
José Mentor SP Sim
Josias Gomes BA Sim
Leonardo Monteiro MG Sim
Luci Choinacki SC Sim
Luiz Alberto BA Sim
Luiz Couto PB Sim
Luiz Sérgio RJ Sim
Márcio Macêdo SE Sim
Marco Maia RS A.17
Marcon RS Sim
Marina Santanna GO Sim
Miguel Corrêa MG Sim
Miriquinho Batista PA Sim
Nazareno Fonteles PI Sim
Nelson Pellegrino BA Sim
Newton Lima SP Sim
Odair Cunha MG Sim
Padre João MG Sim
Padre Ton RO Sim
Paulo Ferreira RS Sim
Paulo Pimenta RS Sim
Paulo Teixeira SP Sim
Pedro Eugênio PE Sim
Pedro Uczai SC Sim
Policarpo DF Sim
Reginaldo Lopes MG Sim
Ricardo Berzoini SP Sim
Rogério Carvalho SE Sim
Ronaldo Zulke RS Sim
Rubens Otoni GO Sim
Sibá Machado AC Sim
Taumaturgo Lima AC Sim
Valmir Assunção BA Sim
Vander Loubet MS Não
Vanderlei Siraque SP Sim
Vicente Candido SP Sim
Vicentinho SP Sim
Waldenor Pereira BA Sim
Zé Geraldo PA Sim
Total PT: 80




PTB

Alex Canziani PR Não
Antonio Brito BA Não
A. Faria de Sá SP Não
Arnon Bezerra CE Não
Celia Rocha AL Não
Jorge Corte Real PE Não
José Augusto Maia PE Sim
Josué Bengtson PA Não
Magda Mofatto GO Não
Nelson Marquezelli SP Não
Nilton Capixaba RO Não
Ronaldo Nogueira RS Não
Sérgio Moraes RS Não
Silvio Costa PE Não
Walney Rocha RJ Não
Total PTB: 15




PTC

E. Holanda Junior MA Sim
Total PTC: 1




PTdoB

Lourival Mendes MA Não
Luis Tibé MG Não
Rosinha da Adefal AL Sim
Total PTdoB: 3




PV

Alfredo Sirkis RJ Sim
Antônio Roberto MG Sim
Dr. Aluizio RJ Sim
Henrique Afonso AC Sim
Paulo Wagner RN Sim
Penna SP Sim
Roberto de Lucena SP Sim
Rosane Ferreira PR Sim
Sarney Filho MA Sim
Total PV: 9




CENIN – Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação

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