terça-feira, 31 de agosto de 2010
OFICINA ORIENTA MESÁRIOS PARA O PLEBISCITO PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DE TERRA
HERBERTE SOBE 100% NO IBOP
16º GRITO DOS EXCLUÍDOS CONVOCAÇÃO GERAL
Companheiros e Companheiras,
Se for pra ir para luta eu vou!
Se for pra estar presente eu estou!
Assim seremos mais forte, presente na luta diária do povo. Somos muitos, somos cúmplice, somos aliados e aliadas, pensadores e pensadoras. Somos gente que de qualquer forma somos excluídos e excluídas do ciclo dominado pelo capital.
· Por Melhorias no sistema de transporte coletivo;
· Por Melhorias no sistema de Saúde Publica;
· Pelo Tombamento do Encontro das Águas como Monumento Natural;
· Pela Regularidade dos Serviços de Abastecimento de Água com as Taxas Sócias;
· Pela Transparência nos Gastos do Dinheiro Público;
· Pelo Limite da Propriedade da Terra;
· Por Justiça e não Violência.
Vamos À luta!
Onde estão os nossos Direitos?
Local: Terminal 3 – Cidade Nova
Concentração 15h30min horas.
Entidades articuladoras do Grito 2010: Arquidiocese de Manaus/Pastorais Sociais - Rede de Educação Cidadã - Cáritas Arquidiocesana – SARES - Fórum Permanente das Mulheres de Manaus – Sindicato dos Jornalistas do Amazonas - Movimento Comunitário Vida e Esperança – MOCOCI – Comitê Social – Escolas e Fórum de Fé Política e Cidadania - Casa Mamãe Margarida - CEBI - CPT - AGN - Rádio Comunitária Voz das Comunidades – Movimento LGBT- FOPAAM – CONLUTAS - CIMI – COOASTEPS da Amazônia- FOCOINTPP – SOS Encontro das Águas – Comitê de Combate a Corrupção Eleitoral - Mutirão pela Amazônia - Fórum de Economia Solidária - Fórum Amazonense de Reforma Urbana e Eco recicla.
CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE REVITALIZAÇÃO DA PONTA NEGRA
Leia a noticia no endereço:
http://josericardopt.com.br/interna.php?pagina=noticia&codigo=199
KAROSAKAYBU: O DEUS MUNDURUKU
Por: Telma Monteiro
Link: http://telmadmonteiro.blogspot.com/
Nem wasuyu, taweyu’gu dak taypa jeje ocedop am."
Na vasta Mundurucânia, no alto Tapajós, habita o deus criador do mundo, Karosakaybu, segundo os Munduruku.[1]
Um deus tão poderoso que transformaria homens em animais e protegeria os Munduruku da escassez de caça e de pesca. A harmonia com a natureza seria assegurada com tão importante protetor.
Chegou o dia em que ousaram profanar esse território sagrado. E o véu místico formado por centenas de cânticos e rimas que ecoavam nas pedras e nas águas foi arrancado pela pressão dos engolidores da floresta e perdeu-se nos escaninhos da história. Então, o silêncio desceu sobre o lugar sagrado e a inocência dissipou-se nas espumas. Ritos e cerimônias já não são mais ouvidos e espalhados pelo rio poderoso e belo.
Ainda hoje os Munduruku contam suas histórias no esforço de manter vivo um elo com suas crenças e valores ameaçados pela realidade do mundo moderno: as hidrelétricas planejadas para o rio Tapajós.
Vão em busca da utopia para tentar adicionar um tanto de sonho às ambições dos jovens sem destino delineado. A insegurança é o inimigo contra o qual, hoje, os Munduruku têm que lutar.
Carta de protesto da etnia Munduruku ao Presidente da República contra a construção de cinco mega hidrelétricas na bacia do Rio Tapajós
Missão São Francisco do Rio Cururu 06 de novembro de 2009
Exmo. Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Exmo. Senhor Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão e demais Autoridades responsáveis pelo setor energético do Brasil.
Nós comunidade indígena, etnia Munduruku, localizada nas margens do Rio Cururu do Alto Tapajós, em reunião na Missão São Francisco, nos dias 5 e 6 de novembro, viemos por meio deste manifestar à vossa excelência nossa preocupação com o projetof ederal de construir cinco barragens no nosso Rio Tapajós e Rio Jamanxim.
Para quem vai servir? Será que o governo quer acabar todas as populações da bacia do Rio Tapajós? Se apenas a barragem de São Luis for construída vai inundar mais de 730 Km².
E daí? Onde vamos morar? No fundo do rio ou em cima da árvore?
Aximãyu’gu oceju tibibe ocedop am. Nem wasuyu, taweyu’gu dak taypa jeje ocedop am. (não somos peixes para morar no fundo do rio, nem pássaros, nem macacos para morar nos galhos das árvores). Nos deixem em paz. Não façam essas coisas ruins. Essas barragens vão trazer destruição e morte, desrespeito e crime ambiental, por isso não aceitamos a construção das barragens. Se o governo não desistir do seu plano de barragens, já estamos unidos e preparados com mais de 1.000 (mil) guerreiros, incluindo as várias etnias e não índios.
Nós, etnia Munduruku queremos mostrar agora como acontecia com os nossos antepassados e os brancos (pariwat) quando em guerra, cortando a cabeça, como vocês vêem na capa deste documento. Por isso não queremos mais ouvir sobre essas barragens na bacia do Rio Tapajós. Por que motivo o governo não traz coisas que são importantes para a vida dos Munduruku, para suprir as necessidades que temos, como educação de qualidade, ensino médio regular, escola estadual, posto de saúde, etc.
Já moramos mais de 500 anos dentro da floresta amazônica, nunca pensamos destruir, porque nossa mata e nossa terra são nossa mãe.
Portanto não destruam o que guardamos com tanto carinho.
Das guerras, as cabeças do inimigo como troféu. Nas flautas e nos cantos ainda guardam a forma de encantar os animais nas florestas e encontram o último resquício da magia da sua história. Restam os Xamãs, únicos que podem invocar as Mães da Caça numa súplica contra os seres que querem ameaçar os animais.
MÁRIO FROTA ADVERTE CAMELÔS DO CENTRO DE MANAUS
QUEIROZ DO PSOL LANÇA AGENDA COMPROMISSOS PARA O SENADO
DEFENDENDO OS RIOS DA AMAZÔNIA
Awazon Watch e International Rivers lançaram na Califórnia o vídeo "Defending the Rivers of the Amazon" (Defendendo os Rios da Amazônia) que foi apresentado durante o re-lançamento de Avatar nos cinemas dos Estados Unidos.
Para assistir o vídeo Acesse:
QUEM DIRIA... ATÉ NO PSOL/AM. É ASSIM!!!
MAIS UMA TRAIÇÃO DO PT, LULA E DILMA A VITIMA DA VEZ É: MARILENE CORRÊA
PRESIDENTE, FALTOU SOLAR NO PLANALTO
Por: Redação do Greenpeace
Lula ganhou do Greenpeace um painel para captar a energia do Sol, fonte inexplicavelmente esquecida na reforma do Palácio do Planalto.
Ativistas do Greenpeace subiram hoje a rampa do Palácio do Planalto para entregar um painel solar, esquecido durante a reforma do edifício, e uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presente é uma lembrança para que o governo invista em energias renováveis no país e articule a aprovação do projeto de lei 630/03, conhecido como Lei de Renováveis, em tramitação no Congresso.
O assessor direto da Presidência Júlio Cézar Bersot recebeu o coordenador de campanha do Greenpeace André Amaral e prometeu que entregaria os presentes a Lula, que voltou a trabalhar hoje no local.
Durante o protesto, ativistas abriram faixas com a mensagem “Seu palácio, nosso futuro. Faltou solar na reforma do Planalto” e carregaram um painel solar rampa acima, até serem barrados pelos guardas da Presidência.
Símbolo da modernidade de Brasília, o Palácio do Planalto sofreu nos últimos 16 meses uma reforma que consumiu mais de R$ 100 milhões do dinheiro do contribuinte. Mas a modernidade do edifício se resume apenas à arquitetura. Nem um centavo da reforma foi investido em uso de energia renovável no local de trabalho do presidente da República. O Sol inclemente típico de Brasília, sentido na pele pelos ativistas e pela imprensa em peso que acompanhou a manifestação, foi mais um sinal de que a luz poderia ter sido muito bem aproveitada na construção.
Eis o que diz a carta a Lula:
Excelentíssimo presidente,
A reforma do Planalto veio em boa hora. O palácio estava mesmo precisando de obras. Quando foi construído, 50 anos atrás, ele era um ícone da modernidade e de um Brasil que vislumbrava um futuro. Essa vocação do edifício seria reafirmada de modo inequívoco se o senhor tivesse recomendado aos responsáveis pela obra a instalação de painéis solares, lembrando aos brasileiros sobre a importância dessa energia de fonte renovável, aliás a que tem o maior potencial ainda não explorado no país.
Incorporar painéis solares ao centro do Poder no país funcionaria como uma forte sinalização de que o Brasil trilhará o caminho do desenvolvimento com um olho novamente voltado para o futuro, crescendo, mas com responsabilidade ambiental. Além disso, os painéis o ajudariam a reduzir a conta de luz do Planalto. Sabemos disso por experiência própria. O Greenpeace instalou painéis solares no teto de seu escritório em São Paulo e seu gasto mensal com eletricidade caiu entre 20% e 30%.
E quando nossas instalações não estão sendo utilizadas, nos fins de semana por exemplo, a energia gerada não é desperdiçada. Ela é jogada na rede que abastece a cidade – uma pequena contribuição nossa para limpar a energia que abastece o maior centro urbano do Brasil.
O país pode dar uma lição ao mundo e ser a primeira nação que sustenta inteiramente seu crescimento econômico com energias renováveis. Não falta tanto para termos uma matriz 100% renovável. Para completar os 20% restantes, é preciso investir na energia do sol e do vento, fontes que, como a água, o país tem de sobra. É uma pena que o senhor tenha perdido a oportunidade de dar aos brasileiros e ao mundo um grande exemplo.
Mas nunca é tarde para corrigir um esquecimento. Se não no Palácio do Planalto, no Congresso, onde tramita desde o ano passado o projeto de lei 630/03, conhecido como Lei de Renováveis, que prevê incentivos para a geração renovável, de portes e fontes diversas. Aprovar essa lei ajudará a direcionar a nação para um futuro limpo, substituindo os investimentos em fontes sujas feitos nos últimos anos.
PS: Infelizmente o presente é importado. Da próxima vez esperamos que o painel solar seja produzido no Brasil.
domingo, 29 de agosto de 2010
CARTA DOS QUATRO RIOS
AÇÃO REDIBITÓRIA NELES !!!
"O debate entre as sogras dos candidatos deu o maior ibope. E, agora, doutor, como é que fica depois da liminar do Supremo Tribunal Federal (STF)? Será que os promotores do debate, que foram censurados, podem reclamar seus direitos entrando com algum tipo de ação legal?"
A pergunta, feita pelo acadêmico de direito ao seu professor, especialista em legislação eleitoral, recebeu resposta imediata:
- "Cerrrrrtamente, meu jovem. A liminar concedida na quinta-feira, 26 de agosto, pelo ministro Ayres Britto, permite impetrar uma ação redibitória. Digo mais: o impetrante pode ficar podre de rico, porque não se trata de uma açãozinha redibitoriazinha vagabundinha qualquer. Não! Aqui cabe, claramente, uma ação redibitória quanti minoris com pleno efeito repristinatório".
O diálogo acima só pode ser entendido se informamos como transcorreu o debate entre as sogras e o que é que ele tem a ver com a liminar do STF, esclarecendo ainda que diabo é uma ação redibitória.
Debate de sogras
O evento ficou conhecido no meio jurídico – eles metem o latim em tudo - como Discursio Jararacorum ou, em bom tucanês, Discursio Mater Matris Conjungium Candidatorum. “Esse sim vai pegar fogo, porque é um debate boca” – explicou José Simão, cuja coluna na Folha de São Paulo serviu de palco para o confronto.
Simão, que é o Esculhambador Geral da República, além de presidente de honra do PGN – Partido da Genitália Nacional – serviu de mediador. Quem começou a falar, escolhida por sorteio, foi a sogra do José Serra (PSDB), que é chilena. Ela fez revelação bombástica ‘al tirito nomás’, contando intimidades do genro:
- Sierra tiene explosiones intestinales, se tira cuescos fétidos en la hora del almuerzo. Es un pedorrero. Además, es un perdulario, cada vez que va al toilette gasta varios rollos de papel higiénico.
A sogra da Marina Silva (PV) também fez uma confissão que pode mudar o voto de muitos eleitores:
- Marina fazia fogueira na Amazônia quando criança, nas festas juninas.
Dilma (PT) levou vantagem. Casada duas vezes, ela já bateu de frente com duas sogras e, por isso, teve o dobro do tempo. “Sogra da Dilma é pleonasmo! A Dilma é a sogra do Brasil, no sentido atribuído por Dicró ao termo ” – comentou Simão. Já a mãe da mãe da mulher do candidato do PSOL fofocou sobre o Velhinho Traquinas:
“Quando o Plínio bebe mais de um copo de cerveja, fala se cuspindo todo, diz que seu sonho é ser fazendeiro no Mato Grosso pra plantar soja”.
A sogra do Eymael (PSDC) não hesitou em condená-lo por cultivar o hábito execrável de tirar cera do ouvido com tampinha de caneta bic: “Além disso, ele é caspento e tem chulé”.
A idéia de sogras na campanha eleitoral se alastrou pelo Brasil inteiro, convocando sogras federais, estaduais e municipais. A democracia ganha com uma interatividade maior com os eleitores. Enquanto no confronto só de candidatos, cada debatedor diz, hipocritamente, apenas aquilo que acha que o eleitor quer ouvir, no debate entre sogras é o eleitor que escolhe o que ele próprio quer ouvir, inventando o discurso das sogras. É, portanto, mais autêntico e altamente revelador.
Dessa forma, cada Estado pode organizar debates imaginários entre as sogras locais e, especialmente, ouvir a voz das ex-sogras. Em Minas Gerais, por exemplo, um deles já tem até nome de sogra: Anastasia. A sogra do outro, Hélio Costa (vixe vixe!), pode nos contar o que ele fazia com o Dan Mitrione na época da ditadura militar. Imagine a riqueza do discurso das sogras e ex-sogras de Collor (AL), de Alkmin (SP), da Mammy Murad, sogra e ex-sogra da Roseana Sarney!
No RS, o Tasso já é mesmo genro de todas, e no Ceará, o governador Ciro Gomes impetrou um habeas-sogra preventivo, quando levou a mãe de sua mulher para a Europa, com despesas pagas pelo contribuinte. No Amazonas, meu Deus do céu, o que diriam as sogras do Omar Aziz e do Alfredo Nascimento sobre seus respectivos genros? (Cartas para a redação).
Efeito Repristinatório
Acontece que a Lei das Eleições, em vigência desde 1º de outubro de 1997, em seu artigo 45, proíbe o humor em período eleitoral – atenção, só em período eleitoral - vetando qualquer gozação, sátira, ironia ou deboche com os candidatos. Portanto, sogras não podem debater, a regra é clara, como diz Arnaldo Cézar Coelho. A multa pra quem não respeitar a lei é de R$ 200 mil, levando um recuo de programas humorísticos como Casseta & Planeta, CQC e Pânico na TV. A eleição ficou triste, como denunciaram os manifestantes na passeata de protesto na orla de Copacabana, no Rio, domingo passado.
Mas desde a última quinta-feira, à noite, a situação mudou. O ministro Ayres Britto, do STF, aquele mesmo que deu razão aos índios no caso Raposa/Serra do Sol, atendeu em menos de 24 horas uma ação de inconstitucionalidade e concedeu liminar suspendendo a censura ao humor na campanha eleitoral. A ação vai ao pleno do STF na próxima quarta-feira para definir se o medo que o Poder tem do riso justifica a censura. Afinal, em que distúrbios gástricos e chulés de candidatos atentam contra a democracia? Por enquanto, vale a liminar de Ayres Britto, que argumentou:
- “O humor concorre, e muito, para o fortalecimento da democracia. Isso é sinal de maturidade democrática. Em todo o mundo, o humor é reconhecido como expressão de liberdade de imprensa. Criticar e ironizar são atividades inerentes ao humor. Programas humorísticos, charges e modo caricatural de pôr em circulação idéias, opiniões, frases e quadros espirituosos compõem as atividades de imprensa, sinônimo perfeito de informação jornalística A liberdade de imprensa livre não é de sofrer constrições em período eleitoral. Ela é plena em todo tempo, lugar e circunstâncias”.
Se o STF confirmar a liminar, os humoristas que foram prejudicados poderão entrar com uma ação redibitória. Quem diz isso? Não, não foi um especialista em legislação eleitoral, personagem inventado aqui tanto quanto o discurso das sogras. Trata-se apenas de uma lembrança dos meus tempos da Faculdade Nacional de Direito, onde estudei durante três anos num curso que não concluí. Lá, fui aluno relapso de Direito Civil de Clóvis Paulo da Rocha, que EM TODAS AS AULAS, só falava disso. Fui reprovado na prova em que ele perguntava o que é ação redibitória com efeito repristinatório.
Fiquei com traumas, mas encantado com a sonoridade das palavras "redibitória" e "repristinatório", que nunca esqueci. Até hoje não sei muito bem o que é isso. Redibir é anular judicialmente um contrato em que a coisa negociada foi entregue com vícios ou defeitos ocultos. Se for provado que uma das partes interessadas conhecia o vício, a outra pode entrar com uma ação redibitória de perdas e danos. É o caso do debate das sogras dentro da Lei Eleitoral. O macaco Simão vai ficar podre de rico, processando o Marco Maciel que assinou a lei, como presidente interino da República.
E o efeito repristinatório? Boa pergunta. Quando uma lei que revoga uma lei anterior é declarada inconstitucional, a primeira lei volta a ter a validade restaurada. É isso que se chama efeito repristinatório. A partir de agora, portanto, vale a lei anterior, ou seja, o deboche e a gozação. Atenção, sogras, ex-sogras, quase-sogras e futuras sogras de todos os candidatos do Brasil, entrem em ação: ação redibitória neles!
P.S. – Estou sendo processado por uma juíza do Amazonas. Ela também, a seu momento, terá a ação redibitória que merece. Para maiores informações, clicar em http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=148
AVANÇA AMAZONAS X PSOL: O CONFRONTO DESIGUAL ENTRE O AMAZONAS DA PROPAGANDA E O DA REALIDADE
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
No Amazonas, campanha é de todos contra Virgílio
Aliado de um candidato ao governo estadual com zero nas pesquisas e distante do presidenciável tucano José Serra, que não consegue decolar no Amazonas, Virgílio está praticamente sozinho. Seus adversários estão nas duas maiores coligações do Estado e têm as candidaturas turbinadas pelos apoios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da petista Dilma Rousseff e do ex-governador Eduardo Braga (PMDB), que aparece virtualmente eleito senador com mais de 80% das intenções de voto. "O embate Arthur-Vanessa será mais acirrado que a campanha de governador", avalia Edmilson Barreiros, procurador-regional eleitoral do Amazonas.
Diante do desafio, Virgílio aposta no contato com o eleitor, no discurso da perenização dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus e no apoio dos prefeitos do interior, muitos beneficiados pelo trabalho do parlamentar em Brasília nos últimos anos. Segundo ele, sua rotina em campanha tem sido levantar, todos os dias, às 4h e "não dormir antes da meia-noite". "Hoje já apertei quatro mil mãos, minha candidatura tem personalidade, não tem tutor, depende só da minha vida e do meu passado, de mostrar o que pretendo fazer. Acredito que serei vitorioso e com base elástica", persevera Virgílio, popularmente conhecido no Amazonas como Artur (sem o "H") Neto.
Os números mostram o contrário. Pesquisa feita entre 15 e 22 de agosto pela Perspectiva, empresa que faz levantamentos estatísticos no Amazonas, mostra Virgílio com 39% das intenções de voto, empatado tecnicamente com a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), que chegou a 39,3%. Na última coleta de dados do Ibope - 27 a 29 de julho -, Eduardo Braga liderava com 86%, seguido por Virgílio (43%) e Vanessa (33%).
Segundo analistas políticos locais, Virgílio é alvo de um plano para ser escanteado do mapa político amazonense e nacional. A estratégia envolve campanha pesada de Braga, com seu imenso apelo popular entre os amazonenses, em favor da candidata do PCdoB. O movimento também contaria com aval do presidente Lula. Eventual derrota do tucano deixaria o Amazonas, em 2011, com três senadores da situação em caso de vitória de Dilma e de Omar Aziz. "Muito se comenta que o presidente deseja tirar o mandato do Arthur de qualquer jeito. Ele é um líder de oposição de expressão nacional que incomoda", diz um observador.
Antes do início da campanha eleitoral, o PT amazonense liberou seus filiados no Amazonas para apoiar candidatos da coligação de Vanessa, enquanto a presidenciável petista assumiu palanque duplo no Estado e aparece com destaque no material de campanha da deputada federal. Numa cômoda posição de angariador de votos para Vanessa, Eduardo Braga desconversa: "O PT tem candidato ao Senado. A Vanessa tem o respeito do presidente Lula e do PT nacional porque é uma ótima parlamentar, mas ela se tornou nossa candidata por mérito, porque o PCdoB participou do nosso governo e do plano macroestratégico que temos para o Amazonas."
Com três mandatos como vereadora em Manaus e no exercício da terceira legislatura na Câmara dos Deputados, Vanessa sempre foi uma histórica opositora ao grupo político de Eduardo Braga e Arthur Virgílio. No segundo mandato de Braga, o PCdoB saiu da oposição para a situação, quando o marido de Vanessa, o deputado estadual Eron Bezerra, também do PCdoB, assumiu uma secretaria no governo estadual. "Nesse período, o Eduardo começou um processo de cooptação fantástico e governou sem oposição. Mesmo assim acredito que a Vanessa não tenha cacife politico para vencer o Arthur, que é tido como um grande senador", explica o petista Aloysio Nogueira, professor de história da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Com a troca de lado de Vanessa, a artilharia do PCdoB vai mirar apenas o senador tucano. O presidente municipal do partido, Antônio Carlos Brabo, não esconde que a campanha vai resgatar temas polêmicos. "Vamos dizer à população que o Arthur agia de forma truculenta com trabalhadores quando foi prefeito de Manaus e ameaçou dar uma surra no presidente Lula em vez de cuidar dos interesses do Estado no Senado."
Na linha de fogo, Virgílio não esconde que o tempo de críticas a Lula, que tanto marcou sua atuação no Senado, acabou... ao menos enquanto durar a campanha. "Pode me chamar de pouco inteligente se eu tentar me reeleger brigando com o Lula dia e noite. Segurei a oposição no Senado nas costas durante sete anos, agora quero cuidar da minha reeleição. Quero meu mandato de volta, estou sozinho, sem um candidato forte ao governo, se fosse adesista já estaria eleito", dispara o tucano.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
DR HELILTON O ÚNICO CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL DO PSOL/AM
Helilton é um profundo conhecedor dos problemas enfrentado pela população do interior do nosso Estado, acostumado desde garoto a viajar na companhia de se Pai o comerciante Helio Andrade, pelas Comunidades da Região do Baixo e Médio Amazonas, fez muitas amizades nos Municípios de Urucurituba, Itacoatiara, Silves, Itapiranga, Urucará, São Sebastião do Atuma, Parintins, Nhamundá, Barreirinha, Maués, Boa Vista do Ramos e Nova Olinda do Norte.
Tendo como uma das suas principais propostas a Educação de Qualidade, Helilton tem como referenciais membros de sua família como os tios José Antonio e Raimundo Andrade (Dinhuca) pessoas que sempre estiveram envolvidos em programas educacionais nesses Municípios. Morando hoje no Bairro de São José, Zona Leste de Manaus, ele cultiva um vinculo muito forte com a população do interior do Estado, o que credencia se apresentar como o candidato a Deputado Federal da Região do Médio e Baixo Amazonas.
O numero de Helilton é 5050 que é hoje a forma como atende o seu telefone, nos próximos dias o candidato vai partir em caravana nos Município acima, onde vai visitar todas as Comunidades, porto a porto. Perguntado sobre a dificuldade conseguir sozinho mais duzentos mil votos ele é taxativo: “Acredito que é possível, pelo simples fato que a população quer transformação e é isso que significamos”. Conclui.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
COM UM ALMOÇO ENTRE AMIGOS EVANDRO CARREIRA COMERA SEUS 83 ANOS DE VIDA
Evandro comemorou seus 83 anos de vida hoje com um almoço servido na churrascaria Búfalo Bosque Clube na Constantino Nery, como não poderia deixar de ser o cardápio principal foi política acompanhado de uma dose de Amazônia, dentre os presentes estavam; o Senador Jéferson Praia, o Vereador Mario Frota, Ruy Gomes, Élson de Melo, Paulo Onofre...
Emocionado o Senador Evandro Carreira agradeceu a homenagem e brindou os presentes com relatos fabulosos sobre a política loca e é claro seu tema preferido a Hiléia Amazônica. Mario Frota lembrou de um episodio ocorrido em Tabatinga envolvendo um Coronel do Exercito ele e o Senador Evandro, a época estavam os dois em campanha apoiando os candidatos a Vereador do então MDB e, foram fazer um comício naquela localidade quando o Coronel tentou impedir a sua realização, em resposta, o então jovem Deputado Federal e o Senador da Republica resistiram e convocaram a população para o evento, como ainda era o regime militar que imperava o povo se recolheu as suas casas com medo, os dois não desistiram e manteve a convocação, depois de muita insistência aos poucos o povo foi se reunindo na Praça e eles conseguiram que o povo assistisse seus pronunciamentos.
Com os presentes cantando parabéns pra você e mais uma vez o Senador se emocionando, os amigos do Evandro Carreira concluíram a saudação a esse grande amazonense desejando, que ele realize todos os sonhos que ainda não realizou.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
56 ANOS DA MORTE DE GETÚLIO E O FIM DO TRABALHISMO NO BRASIL
No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no peito. "Deixo a vida para entrar na história" é o trecho mais famoso da carta testamento encontrada junto ao corpo no Palácio do Catete, sede do governo federal até 1960, no Rio. O ano foi marcado por crise econômica, descontentamento popular e pressão de militares e membros da imprensa.
Líder civil da Revolução de 30, o político foi um dos responsáveis pela queda da República Velha. Quatro anos depois, após enfrentar o descontentamento dos paulistas em 1932, foi eleito presidente da República.
Passa a governar com poderes ditatoriais no ano de 1937, com o chamado Estado Novo, situação que durou até 1945. Em 1950, voltou ao poder através de eleições democráticas.
O salário mínimo, a Justiça do Trabalho e a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) são algumas das conquistas da Era Vargas. Mudanças organizadas pelo mesmo homem que entregou Olga Benário (1908-1942), militante comunista de origem judia, para o governo nazista. Ela era mulher de Luís Carlos Prestes (1898-1990), seu adversário político.
PLÍNIO DIZ EM DEBATE QUE DILMA É UMA INCÓGNITA
O Debate teve um formato diferente dos promovidos pelas outras redes de TV. No primeiro bloco os candidatos responderam em dois minutos uma pergunta sorteada pelo apresentador, no segundo responderam perguntas de Jornalistas, no terceiro responderam perguntas de representantes das Pastorais e no terceiro disseram como solucionariam um problema concreto caso fosse o Presidente além de fazerem suas considerações finais.
Os pontos altos do Debate foram protagonizados por Plínio de Arruda do PSOL, que arrancou aplausos dos mais de trezentos convidados que lotaram o auditório, quando protestou contra a ausência de Dilma, afirmando que ele é uma incógnita – uma invenção do Lula. Quando perguntado sobre a transposição do Rio São Francisco e a construção da hidrelétrica de Belo Monte, Plínio foi enfático e afirmou: “A transposição do São Francisco não tem nada com água, é para facilitar o agronegocio, quanto a Belo Monte, é a bolsa Empreiteiras do Governo Lula”. Ainda durante o debate Plínio denunciou que a candidata Dilma não tinha nenhum compromisso de campanha, pois naquele momento estava twitando assistindo PATO FU!
José Serra teve seu melhor momento nas considerações finais quando nitidamente se emocionou ao lembrar os religiosos que os orientaram quando jovem e no exílio alem da Sanitarista Zilda Arnes. Para Serra, a ausência de Dilma no debate significa que ela não quer se comprometer com temas relevantes para a população que foram tratados no decorrer do Debate. Em comentário feito após duas horas e quinze minutos de Debate, os religiosos afirmaram que o posicionamento dos candidatos contribuiu para que os católicos balizem seus votos através de propostas e não por informações destorcidas e manipuladas por pesquisas, peças publicitárias, marketing político que a grande mídia e alguns candidatos vêm protagonizando.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
CONFIRA MANIFESTO DE REPÚDIO À CENSURA DIVULGADO PELO PSDB DE MINAS GERAIS
Os Editores
Por psdbmg
Manifesto de repúdio à censura A Executiva Estadual do PSDB de Minas Gerais e a Juventude do PSDB repudiam de forma veemente os atos de censura praticados pelo candidato do PMDB, Hélio Costa, que incluem um pedido de prisão contra o estudante e blogueiro Gabriel Sousa Marques de Azevedo, presidente do PSDB Jovem de Belo Horizonte.
Em nome da Coligação Somos Minas Gerais, registramos nosso protesto contra a tentativa de cercear o debate eleitoral pela internet, um meio de comunicação que tem seu grande sucesso alicerçado na liberdade.
Causa mais estranheza o fato desta censura estar sendo exercida por um jornalista de longa carreira na imprensa brasileira. É um absurdo que um ex-ministro das Comunicações se coloque contra a liberdade de expressão, que é um dos pilares da democracia.
Executiva Estadual do PSDB de Minas Gerais
Juventude do PSDB de Minas Gerais
1º Grito contra pedofilia e abuso sexual nas escolas
O clima é de revolta entre as lideranças comunitárias devido à falta de segurança dentro e fora das escolas, onde a cada semana é registrado uma ocorrência de violência contra as crianças e os jovens estudantes.
O anuncio foi feito pela presidente da Federação Comunitária do Estado do Amazonas-(Fecoam), Rosemary Karcellys que sofrendo pressão dos líderes das zonas Leste e Norte resolveu encabeçar o movimento para que seja dado o 1º grito contra os abusos que vem ocorrendo em Manaus, devido a falta de segurança pública.
Os líderes estiveram reunidos na última segunda-feira com a presidente da Fecoam pedindo sua intervenção para que junto as autoridades de segurança do Estado visando dar garantia aos alunos que freqüentam as escolas situadas nos bairros mais distante de Manaus. E para chamar a atenção da população eles resolveram se unir e fazer um grande movimento nas principais avenidas da Zona Leste e Norte com data e hora marcada
As lideranças comunitárias de Manaus confirmaram para às 8hs do dia 31 de agosto na Bola do Produtor o “1º Grito contra pedofilia e abuso sexual nas escolas”. O evento contará com a participação de membros das Igrejas, de entidades beneficentes, diretores de escolas, líderes comunitários e membros da sociedade civil que estarão caminhando e empunhando faixas de protesto pelas ruas das Zonas Norte e Leste em protesto contra os abusos que vem ocorrendo nas escolas de Manaus.
O clima é de revolta entre as lideranças comunitárias devido à falta de segurança dentro e fora das escolas, onde a cada semana é registrado uma ocorrência de violência contra as crianças e os jovens estudantes.
O anuncio foi feito pela presidente da Federação Comunitária do Estado do Amazonas-(Fecoam), Rosemary Karcellys que sofrendo pressão dos líderes das zonas Leste e Norte resolveu encabeçar o movimento para que seja dado o 1º grito contra os abusos que vem ocorrendo em Manaus, devido a falta de segurança pública.
Os líderes estiveram reunidos na última segunda-feira com a presidente da Fecoam pedindo sua intervenção para que junto as autoridades de segurança do Estado visando dar garantia aos alunos que freqüentam as escolas situadas nos bairros mais distante de Manaus. E para chamar a atenção da população eles resolveram se unir e fazer um grande movimento nas principais avenidas da Zona Leste e Norte com data e hora marcada.
POVOS DA AMAZÔNIA PROMOVEM ENCONTRO PARA FORTALECER LUTA CONTRA GRANDES PROJETOS
Indígenas, ribeirinhos, pescadores, quilombolas, agricultores familiares e moradores das bacias dos rios Madeira, Tapajós, Teles Pires e Xingu participam, de 25 a 27 de agosto, no Parque de Exposições de Itaituba, no Oeste do Pará, do “I Encontro dos Povos e Comunidades Atingidas e Ameaçadas por grandes projetos de infraestrutura, nas bacias dos rios da Amazônia: Madeira, Tapajós, Tele Pires e Xingu”. A expectativa é que cerca de mil pessoas compareçam ao evento.
Em meio às polêmicas que giram em torno dos grandes projetos na Amazônia, o evento deve fortalecer o processo de resistência à construção de Usinas Hidrelétricas, e intensificar a luta em defesa da dignidade das pessoas que vivem próximo das bacias dos rios, onde o governo federal pretende construir os empreendimentos.
Durante o encontro, serão debatidas temáticas referentes aos fatores que impulsionam os grandes projetos na Pan-Amazônia e os impactos causados na vida das populações tradicionais. O assunto será discutido, entre outros, por representantes de povos indígenas, do Ministério Público Federal (MPF), de Organizações Não Governamentais (ONGs) e por pesquisadores universitários.
Segundo a organização do encontro, índios Mundurucus já confirmaram presença e, por meio de manifestações culturais, vão mostrar sua indignação com o governo federal durante o evento. Também confirmaram presença a professora da UFPA Sônia Magalhães, coordenadora do Painel de Especialistas que fez um estudo paralelo ao EIA/RIMA de Belo Monte; o pesquisador Guilherme Carvalho, da FASE Amazônia; além de diversos estudiosos, ambientalistas e representantes dos movimentos sociais.
No último dia do encontro, os participantes farão, nas ruas de Itaituba, uma caminhada em defesa da vida e contra construções de Hidrelétricas na Amazônia. A manifestação sairá a partir das 14 horas do Parque de Exposição e percorrerá diversos bairros, a fim de alertar a população local acerca dos problemas e dos impactos sócio-ambientais que poderão ser causados, caso a Usina Hidrelétrica do Tapajós venha a ser construída.
O Encontro dos Rios está sendo convocado pelas seguintes organizações: Movimento Xingu Vivo para Sempre; ALIANÇA – Movimento Tapajós Vivo; Movimento em Defesa do Rio Teles Pires; Movimento em defesa Rio Madeira Vivo; Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB; Movimento dos Pequenos Agricultores; Movimento Indígena (RO, PA, MT), COIAB; Comitê Metropolitano do Comitê Xingu Vivo para Sempre Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), IAMAS, FASE, Fundo Dema, Fórum dos Movimentos Sociais, Frente em Defesa da Amazônia, CIMI, CPT, FAOC International Rivers.
Informações:
Marquinho Mota
(91) 8268 4457
(91) 3261 4334
Grazziotin fora da eleição
O líder estudantil Ivan Andrade questionou a reportagem sobre a possibilidade de “um enxerto às escondidas” para sanar o erro. Nosso repórter respondeu mostrando a cópia de inteiro teor do referido processo, autenticada no cartório, e que prova a impossibilidade de qualquer adulteração, visto que cada folha está devidamente carimbada e numerada.
Após a decisão do TRE-AM., publicaremos este processo integralmente. Nesta segunda-feira requereremos também cópia dos demais processos da Coligação “PRA CONTINUAR – PRA AVANÇAR”, pois o mesmo fato pode ter ocorrido com outros pedidos de registros e até mesmo terem sido deferidos pelo TRE-AM., por cochilo próprio ou do MPF-AM., principal fiscal constitucional da eleição.
Neste caso, o DRAP – Demonstrativo de Regularidade de Dados Partidários – documento gerado eletronicamente pelo TRE a partir da Ata que deve estar intrisecamente anexa, deve ter sido analisado pelo MPF e TRE como corretos, quando, na verdade, em seu bojo faltava este documento fundamental: a Ata da Convenção. Moral da história, decidiram a partir dele – do DRAP – e não de sua completude.
Amazônia perde 29 áreas protegidas entre 2008 e 2009
O total de florestas perdidas no processo foi de 49 mil km2, quase um Rio Grande do Norte. As reduções ocorreram sem consultas públicas ou estudos técnicos, como manda a lei.
Os dados são de um estudo inédito do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), a ser publicado amanhã na internet (www.imazon.org.br).
Os pesquisadores Elis Araújo e Paulo Barreto levantaram 37 iniciativas entre novembro de 2008 a novembro de 2009 para reduzir 48 unidades de conservação ou terras indígenas na Amazônia.
Até julho deste ano, 23 propostas haviam sido concluídas --93% delas resultaram em perda de área na unidade de conservação.
O Estado de Rondônia, o mais desmatado da Amazônia, é o campeão: reduziu duas unidades de conservação estaduais e extinguiu dez, além de ter negociado com o governo a redução da Floresta Nacional Bom Futuro, unidade federal.
"Como eles perderam um terço da cobertura florestal, o que sobrou são áreas protegidas", diz Araújo. "A indústria madeireira lá ainda é forte. As unidades de conservação sofrem muita pressão."
O instrumento usado pelo governo do Estado para acabar com as áreas protegidas foi próprio zoneamento ecológico-econômico do Estado, lei que disciplina a ocupação das terras. As unidades de conservação nas zonas de intensificação da produção foram consideradas extintas.
A Folha procurou a secretaria do Meio Ambiente de Rondônia por toda a sexta-feira, mas não foi atendida.
Outro caso foi o do Parque Estadual do Xingu, em Mato Grosso. Ele foi reduzido com o apoio da população de Vitória do Xingu para dar lugar a um empreendimento agropecuário, que não veio.
"E a cidade ainda perdeu o repasse do Arpa - programa federal que dá dinheiro a regiões com unidades de conservação", diz Araújo.
sábado, 21 de agosto de 2010
Os limites de um pensamento
1. Toda reflexão, por mais totalizante que se proponha, sempre será limitada. Em nenhum momento, com meu humilde artigo, busquei esgotar o debate capitalistas x socialistas;
Um abraço a todos e viva o socialismo!!!!
DA ARTE DE SER MANOEL OCTÁVIO
Ele era o nosso professor de História. Traçava tudo: pré-história, idade antiga, medieval, moderna, pós-moderna, contemporânea, o que pintasse. Discorria sobre Egito, Roma e Grécia como se tivesse sido testemunha presencial dos fatos. Quem assistiu suas aulas jamais esquecerá a narração da cena na qual o imperador Julio César recebe de presente da rainha do Egito um enorme tapete e ao desenrolá-lo – oh, surpresa! - encontra lá dentro, nuazinha, a própria Cleópatra, que se tornou sua amante. Foi a primeira vez que ouvi a palavra ‘calipígio’, que ele pronunciava com um estranho brilho nos olhos.
Gostava de usar palavras que nos obrigavam a ir ao dicionário. Sua narração, rica em detalhes, era mais apimentada do que o croquete da dona Alvina, em cuja banca de tacacá rolavam as fofocas mais maliciosas do bairro de Aparecida, incluindo nomes de quem encroquetou quem. Ele nos revelou que quem despiu e embrulhou a rainha do Egito no tapete – aqui pra nós, não é pra espalhar não - foi Apolodoro, o criado dela, um negão siciliano com quem teve um caso, dizem as más línguas.
Pois bem, o caso foi censurado no filme ‘Cleópatra’, que entrou em cartaz no cinema Politeama de Manaus, em1964, estrelado por Elizabeth Taylor, Rex Harrison e Richard Burton. Um cara tão importante como Apolodoro, que despiu Cleópatra e a banhava com leite de cabra, massageando-lhe o corpo, é discriminado no filme, onde não passa de um zeguedegue qualquer, de um figurante secundário protagonizado por um ator obscuro, um tal de Cesare Danova.
Essa é a prova de que as aulas de Manoel Octávio estavam mais up to date do que os filmes holywoodianos da Memérica. Não tinha censura em relação às sacanagens. Manoel Octávio nos ensinou que a História tem que ser como dona Alvina, a tacacazeira: precisa, objetiva, bem informada, crítica e contestadora. Se puder, também fofoqueira, que ninguém é de ferro.
Quando havia fofoca, ela emergia nas aulas de Manoel Octávio, que saía do Egito antigo para a Europa medieval e não hesitava em nos falar do ‘direito de pernada’. Pulava os fossos dos castelos feudais com a maior familiaridade, como se estivesse entrando no ‘La Hoje’, na ‘Pausada’, ou em qualquer centro noturno de lazer de Manaus. Nem o Islam, que admirava, escapava de suas atentas observações, está aí a jovem Aicha que não me deixa mentir.
Manoel Octávio vestia sempre um terno de linho bem engomado – cada dia uma cor diferente. Entrava em sala de aula e saudava, religiosamente, com sua voz anasalada: “Bom dia, jovens!”. Fazia-se um silêncio respeitoso. Ele, então, tirava do bolso a carteira de Holywood sem filtro, pegava um cigarro e com ele dava uns tapinhas sobre a carteira, antes de acendê-lo com um isqueiro de chama escandalosa.
Fazia a chamada, expelindo fumaça pela boca, em pequenos rolos. Tragava e enquanto falava a fumaça ia saindo. Sua aula sobre o Islamismo deixava a todos nós fascinados com Maomé, casado quinze vezes, quase sempre com mulheres mais velhas, como a viúva Kadidja. O profeta, porém, exagerou com a única esposa mais nova. Quando noivaram, ela tinha seis anos de idade, casando-se aos catorze. Naquela época não tinha esse negócio de pedofilia não, tema sobre o qual não convém tocar em época de eleição no Amazonas.
De qualquer forma, decorei, palavra por palavra, a narrativa de Manoel Octávio com sua voz fanhosa e empostada, intercalada por baforadas de fumaça: “E Maomé deixou a infância alegre entre os beduínos, onde pastoreava os carneiros da família, deixou os camelos da viúva Kadidja, já morta, e apaixonou-se por Aicha, es-plen-do-ro-sa-men-te bela (aqui dava uma paradinha) na explosão dos seus 14 anos”. Acelerava as últimas palavras, como se quisesse aumentar a explosão.
No momento em que ele exaltava a beleza da jovem Aicha, com imagens fortes, ouvia-se um murmúrio crescente e uníssono se levantando na sala de aula, como no Maracanã, quando a torcida espera um gol, e a bola sai tirando tinta do travessão. Talvez, alguém da turma pensasse na beduína mais próxima, Charufe Nasser, a sultana do seringal, que morava na Ferreira Pena com Monsenhor Coutinho e era, com todo respeito, um piteuzinho. Mas o xodó de Manoel Octávio era mesmo o Império Gupta.
Não vou contar aqui o que imperador Samudragupta aprontou com uma cortesã chamada Ajita Gosaliputra porque nem a banca de tacacá da Dona Alvina aguentaria. Talvez algum aluno tenha guardado o caderno de pontos das aulas de História do Manoel Octávio e possa disponibilizá-lo na internet. Aqui, prefiro lembrar o que nosso mestre nos ensinava: que nunca na história da Índia, houve tanto progresso como no Império Gupta. No entanto, esse fato não era reconhecido pelo filósofo invejoso e imoral, chamado Purana Kassapa (também, com esse nome!).
Eis o que eu queria dizer nesse espaço que está terminando. O jornal O Globo está igualzinho ao Purana Kassapa. A manchete de ontem, sábado, berra em letras garrafais uma não-notícia: “GOVERNO LULA NÃO MUDOU A CALAMIDADE NO SANEAMENTO”. Outros registros vão na mesma direção: “PT e aliados da AL pregam controle da mídia”. “Mais crianças catam lixo”. Tudo isso na primeira página. Lá dentro: “Doze milhões de casas sem água”; “É vergonhoso e atenta contra a saúde”; “País tem cerca de um milhão de dependentes de crack”. E para fechar: “Serra defende Zona Franca de Manaus”.
As notícias são todas editorializadas, responsabilizando Lula por tudo de ruim que existe no país. Tudo bem, o papel da imprensa é esse mesmo: criticar, dar pau no poder, mas não de forma seletiva. Isso me cheira a manipulação. Nesse espaço aqui, criticamos sem ambiguidades as alianças do Lula com Sarney e Roseana, com Collor, Jader Barbalho, Michel Temer... Mas esse tipo de crítica O GLOBO não faz, porque aí teria de contar a história ao estilo do Manoel Octávio, revelando os podres de todos os lados. Suspeito que quem escreve os editoriais de O Globo é o próprio Purana Kassapa.
P.S. – Esse texto é uma homenagem póstuma a Maria Eulália Martins, professora aposentadora do Curso de Serviço Social da UFAM, que nos deixou e com quem compartilhei, com cumplicidade, a admiração por Manoel Octávio, um dos nossos melhores professores, aqui apresentado da forma que Eulália gostava: brincando, com humor.
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