SÃO LUÍS - O candidato à presidência pelo PSTU, José Maria, desembarca nesta segunda-feira, 16, na capital maranhense. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 13, pelo candidato ao senado do PSTU no Maranhão, Luis Carlos Noleto.
José Maria concederá entrevista coletiva à imprensa local, onde apresentará o programa de governo do partido para quatro anos de mandato.
Quem é o candidato do PSTU à presidência?
Sindicalista e metalúrgico, José Maria de Almeida é, aos 52 anos, candidato à presidência da República pela terceira vez. Nasceu no interior de São Paulo, em Santa Albertina, em 1957 - três anos antes do distrito de pouco mais de 12 mil habitantes ser elevado à categoria de município, em janeiro de 1960 - e tem dez irmãos.
Filho de Clemente Alves de Almeida e Sebastiana Pessopani Rodrigues, Zé Maria, como é conhecido, mudou-se aos sete anos do sítio em que nasceu rumo à área urbana da cidade. Mais tarde, em 1970, foi com a família para Santo André, município próximo à capital paulista, para concluir os estudos do colégio e em busca de oportunidades de emprego.
Aos 20 anos iniciou o curso de matemática na Fundação Santo André, enquanto trabalhava durante o dia como metalúrgico. Em sua dupla jornada, conheceu ativistas sindicalistas e militantes da Liga Operária (LO), organização trotskista que participou dos movimentos estudantis e trabalhistas do final da década de 70. Começava ali a dedicação pela militância sindical e política, que se tornou marca na vida de Zé Maria.
Militância
José Maria concederá entrevista coletiva à imprensa local, onde apresentará o programa de governo do partido para quatro anos de mandato.
Quem é o candidato do PSTU à presidência?
Sindicalista e metalúrgico, José Maria de Almeida é, aos 52 anos, candidato à presidência da República pela terceira vez. Nasceu no interior de São Paulo, em Santa Albertina, em 1957 - três anos antes do distrito de pouco mais de 12 mil habitantes ser elevado à categoria de município, em janeiro de 1960 - e tem dez irmãos.
Filho de Clemente Alves de Almeida e Sebastiana Pessopani Rodrigues, Zé Maria, como é conhecido, mudou-se aos sete anos do sítio em que nasceu rumo à área urbana da cidade. Mais tarde, em 1970, foi com a família para Santo André, município próximo à capital paulista, para concluir os estudos do colégio e em busca de oportunidades de emprego.
Aos 20 anos iniciou o curso de matemática na Fundação Santo André, enquanto trabalhava durante o dia como metalúrgico. Em sua dupla jornada, conheceu ativistas sindicalistas e militantes da Liga Operária (LO), organização trotskista que participou dos movimentos estudantis e trabalhistas do final da década de 70. Começava ali a dedicação pela militância sindical e política, que se tornou marca na vida de Zé Maria.
Militância
Na primeira atividade política, na véspera do 1º de maio de 1977, Zé Maria e alguns amigos organizaram um boletim sobre a origem das comemorações do Dia Mundial do Trabalho, que citava os mártires de Chicago.
Durante a panfletagem, ele e os operários Celso Giovanetti e Márcia Basseot, além dos estudantes Ademir Mariri, Fenando Lopes e Anita Fabri, foram presos por 30 dias no DOPS. Tais prisões desencadearam revolta pública e deram origem à mobilização nacional na luta pela anistia e pelo fim da tortura no País, lei que foi promulgada pelo presidente João Baptista Figueiredo dois anos depois.
Na cadeia, conheceu a fundo a Liga Operária e, depois de libertado, começou a militar pela organização, tornando-se um dos membros do comando de greve do ABC no final dos anos 70.
No curso de uma dessas greves, em 1980, foi preso novamente com mais 11 líderes sindicais, entre eles, o então metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. Eles foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, que estabelece o julgamento de crimes contra a ordem política e social do País, sendo preso por 31 dias.
Zé Maria participou da criação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983. No ano seguinte, mudou-se para Minas Gerais, onde, em 1989, participou da greve e da ocupação da siderúrgica Mannesman, como diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte.
Candidatura política
Durante o movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992, integrou a campanha pela realização imediata de novas eleições presidenciais, contrariando a direção partidária do PT, fato que acarretou o seu desligamento do partido em conjunto com os demais envolvidos.
Em dezembro daquele ano, ele e os outros dissidentes conseguiram registro provisório junto ao Tribunal Superior Eleitoral para a criação de um novo partido, chamado de Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT), que em 1994 seria fundado oficialmente como Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), do qual Zé Maria é presidente nacional desde então.
Sob a bandeira do novo partido, ele lançou sua primeira candidatura, em 1994, ainda com a legenda provisória. O cargo pretendido era o de deputado federal por Minas Gerais, porém o candidato não obteve votação necessária para a eleição.
Com a legenda permanente do partido, lançou suas três candidaturas à presidência da República; em 1998, 2002 e 2010, ficando conhecido pelo bordão "contra burguês, vote 16". Na primeira delas, obteve cerca de 200 mil votos, ou 0,30% dos votos válidos, para nas eleições de 2002 alcançar os 400 mil votos.
No ano de 2004 entregou seu cargo na Executiva Nacional da CUT e fez parte da criação da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), organização sindical que sinaliza oposição política à Central Única dos Trabalhadores.
Nas eleições presidenciais de 2006, Zé Maria esteve à frente da coligação "Frente de Esquerda", que reunia os partidos PH, PCB, PSOL, PSTU e o Partido Comunista Revolucionário. A tentativa de unir a "esquerda" do País apresentou a candidatura da então senadora Heloísa Helena, que na ocasião obteve mais de 6 milhões e 500 mil votos, totalizando 6,85% dos votos válidos.
Zé Maria reconhece que continua tendo poucas chances de vitória. "Não é só para ganhar que a gente está concorrendo", explica. "Queremos levar nossas ideias e projetos aos trabalhadores e estudantes do Brasil." Zé Maria dividirá espaço no campo ideológico com Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Ivan Pinheiro (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO). Com 13 candidatos no total, 2010 terá a corrida presidencial com o maior número de pleiteantes ao cargo desde 1989.
Durante a panfletagem, ele e os operários Celso Giovanetti e Márcia Basseot, além dos estudantes Ademir Mariri, Fenando Lopes e Anita Fabri, foram presos por 30 dias no DOPS. Tais prisões desencadearam revolta pública e deram origem à mobilização nacional na luta pela anistia e pelo fim da tortura no País, lei que foi promulgada pelo presidente João Baptista Figueiredo dois anos depois.
Na cadeia, conheceu a fundo a Liga Operária e, depois de libertado, começou a militar pela organização, tornando-se um dos membros do comando de greve do ABC no final dos anos 70.
No curso de uma dessas greves, em 1980, foi preso novamente com mais 11 líderes sindicais, entre eles, o então metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. Eles foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, que estabelece o julgamento de crimes contra a ordem política e social do País, sendo preso por 31 dias.
Zé Maria participou da criação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983. No ano seguinte, mudou-se para Minas Gerais, onde, em 1989, participou da greve e da ocupação da siderúrgica Mannesman, como diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte.
Candidatura política
Durante o movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992, integrou a campanha pela realização imediata de novas eleições presidenciais, contrariando a direção partidária do PT, fato que acarretou o seu desligamento do partido em conjunto com os demais envolvidos.
Em dezembro daquele ano, ele e os outros dissidentes conseguiram registro provisório junto ao Tribunal Superior Eleitoral para a criação de um novo partido, chamado de Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT), que em 1994 seria fundado oficialmente como Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), do qual Zé Maria é presidente nacional desde então.
Sob a bandeira do novo partido, ele lançou sua primeira candidatura, em 1994, ainda com a legenda provisória. O cargo pretendido era o de deputado federal por Minas Gerais, porém o candidato não obteve votação necessária para a eleição.
Com a legenda permanente do partido, lançou suas três candidaturas à presidência da República; em 1998, 2002 e 2010, ficando conhecido pelo bordão "contra burguês, vote 16". Na primeira delas, obteve cerca de 200 mil votos, ou 0,30% dos votos válidos, para nas eleições de 2002 alcançar os 400 mil votos.
No ano de 2004 entregou seu cargo na Executiva Nacional da CUT e fez parte da criação da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), organização sindical que sinaliza oposição política à Central Única dos Trabalhadores.
Nas eleições presidenciais de 2006, Zé Maria esteve à frente da coligação "Frente de Esquerda", que reunia os partidos PH, PCB, PSOL, PSTU e o Partido Comunista Revolucionário. A tentativa de unir a "esquerda" do País apresentou a candidatura da então senadora Heloísa Helena, que na ocasião obteve mais de 6 milhões e 500 mil votos, totalizando 6,85% dos votos válidos.
Zé Maria reconhece que continua tendo poucas chances de vitória. "Não é só para ganhar que a gente está concorrendo", explica. "Queremos levar nossas ideias e projetos aos trabalhadores e estudantes do Brasil." Zé Maria dividirá espaço no campo ideológico com Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Ivan Pinheiro (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO). Com 13 candidatos no total, 2010 terá a corrida presidencial com o maior número de pleiteantes ao cargo desde 1989.
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