São
Paulo – Uma mulher foi degolada e depois teve a casa incendiada no início da
madrugada de ontem, em Carazinho, no norte do Estado. O corpo de Lúcia Adelaide
Seldmann, 43 anos, foi encontrado pelos bombeiros que acorreram para controlar
as chamas. Segundo a Brigada Militar, testemunhas relataram que viram um homem
fugindo de moto com o filho de Lúcia. O menino tem dois anos. A polícia tem um
suspeito.
O
trágico fim de Lúcia compõe o quadro brasileiro da violência contra a mulher. A
cada duas horas, uma mulher é morta. Na maioria dos casos, o assassino é
namorado, marido ou ex-companheiro, que mata dentro de casa, após já ter
cometido pelo menos uma agressão. Os dados constam do Mapa da Violência de 2012
- Homicídio de Mulheres. Entre 87 países, o Brasil é o sétimo que mais mata. Em
2010, foram 4.297 casos, ou 4,4 assassinatos por 100 mil habitantes.
Na
comparação por faixa populacional, o Espírito Santo é o primeiro do ranking.
Com taxa de 9,4 mortes, o dobro da média brasileira e o triplo de São Paulo, penúltimo
da lista.
O
Estado do Piauí é o menos violento, de acordo com o estudo elaborado pelo
sociólogo Julio Jacobo, com base nos dados do Sistema de Informações de
Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
No
mapa das capitais, as Regiões Norte e Nordeste são as mais problemáticas. Porto
Velho, Rio Branco, Manaus e Boa Vista, por exemplo, têm mais de 10 mortes por
grupo de 100 mil habitantes. Na contramão, Brasília registra 1,7.
Mas,
seja qual for a região, as principais vítimas são, normalmente, mulheres de 20
a 29 anos. A pesquisa é a primeira a registrar estatísticas regionais e, por
isso, pode representar um marco na definição de políticas públicas.
–
Quando o assunto é violência contra a mulher, não existe uma fórmula pronta.
Por isso, é importante conhecer as realidades locais para trabalhar cada
particularidade, especialmente as culturais. Muitas toleram uma agressão em
nome da honra, por exemplo. De toda forma, qualquer que seja o trabalho, ele
deve contar com a força policial. Foi assim que o Piauí se destacou – diz
Jacobo.
Diferentemente
do cenário de violência masculina, a agressão contra a mulher dificilmente
acontece no bar ou no trabalho, mas na residência, nas ruas ou mesmo na escola.
Ainda
segundo o estudo, o agressor emprega, em 53,9% dos casos, armas de fogo.
Fonte:
Jornal Pioneiro - Caxias do Sul
É rapaz, depois ficam acusando as mães de baterem nos filhos quando crianças e ensinarem a pedagogia da palmada! Nem palmada, nem morte,nem esquartejamento físico e moral, como o do finado dona da yoki. Paz entre os gêneros, né, mano?
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