Não existe democracia livre, verdadeira e plena quando o voto não
é livre, democrático e verdadeiro; mas imposto a todos.
Educação, cidadania plena, ética em todos os setores, menos
impostos sobre o consumo, produção e folha de pagamento e um voto livre e
democrático é o que precisa o Brasil para que passe a praticar o que acha que
é, porque quanto mais analfabeto for o eleitor melhor e mais fácil será
dominá-lo para aceitar e acatar todos os
“programas sociais de campanha” que nunca serão executados, projetos que jamais sairão do papel e bolsas em prol
de programas que sempre vão ser alvos de denúncias de super-faturamento,
desvios de verbas públicas, corrupções, que desaparecem ou não serão cumpridos
depois de iludir novamente os eleitores analfabetos politicamente, em época de
campanha eleitoral.
A isso podemos denominar de analfabetia política funcional que
consiste em não reconhecer símbolos de programas meramente eleitoreiros por não
ter a capacidade de decodificá-los adequadamente. É a prática “do quanto pior
melhor” para os interesses rapineiros de políticos de ocasião que se perpetuam
em seguidas reeleições a custa da miséria dos eleitores confusos com tantas
promessas que até Deus duvidaria.
Mas não interessa às autoridades educacionais do Brasil ensinar
política nas escolas públicas ou particulares porque lhes faltará eleitores que
só balancem as cabeças como meras “vacas de presépio”, tal a docilidade com que
absorvem as bobagens e promessas pré-eleitoreiras, não conseguindo distinguir
entre o que é programa perene de promessas repetitivas como gravadas em um
disco furado, de promessas de campanhas que nunca serão cumpridas: água, saúde,
educação, internet, esporte, habitação digna, internet, qualidade de vida e
lazer para todos e etc. Se existisse uma Lei popular para destituir dos cargos
os governantes fazem promessas descabidas em campanhas eleitorais e depois não
as cumprem, poucos políticos conseguiriam concluir seus mandatos até o final.
Sem um voto livre e não por imposição de lei, nunca haverá
democracia completa e o brasileiro sempre será coagido a votar. O voto livre,
democrático, legítimo e verdadeiro é a única forma de ainda salvar o resto de
dignidade que resta no Brasil e fará com grandes nomes de passado recente
voltem a ingressar se orgulhar e participar da política nacional do passado, se
candidatar a cargos eletivos.
Infelizmente, ao Governo não interessa que o voto seja
verdadeiramente democrático porque, em um primeiro momento, haveria uma falta
de eleitores nas urnas e ficaria difícil a eleição de fichas sujas, políticos
que só prometem e não cumprem etc. Esses seriam alijados do processo sem
necessidade de mobilização de mais de um milhão de assinatura para ser criada,
instituída e muito questionada até hoje, a Lei da Ficha Limpa.
A disciplina de ciência política para ensinar os eleitores a votar
corretamente, com consciência, separando o joio do trigo, identificando o que é
promessa política só para receber votos e o que é promessa factual, plausível e
necessária à cidade, ao Estado ou à Nação deveria ser ensinada em Escolas a
todos os eleitores e futuros eleitores com idade superior a 12 anos, mesmo que
a pessoa ainda não vote, só para começar a instruir uma massa crítica,
responsável e consciente. Com certeza, os eleitores não se empolgariam tanto
com promessas de Programas, Bolsas, Quotas que só dividem cada vez mais a já
cambaleante e desunida sociedade brasileira.
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