A Amazônia sempre foi vista por governos ‘progressistas’ como a
mina de ouro a ser explorada. A terra não desenvolvida na qual deveria se
entrar com o progresso. Este pensamento não é novo, vem de muito tempo,
passando pela Rodovia Transamazônica do governo/ditadura Militar ao Complexo
Hidrelétrico do Tapajós do governo Dilma.
Também foi
durante a ditadura Militar que o projeto da Hidrelétrica de Belo Monte foi
feito, mas ficou engavetado durante anos devido à pressão popular,
especialmente dos povos das áreas afetadas. O projeto foi ressuscitado ainda no
governo Lula, como obra principal do PAC, de responsabilidade da então ministra
Dilma. Mas dessa vez a pressão popular, a opinião de especialistas, não foram
suficientes para que o projeto voltasse para gaveta. A presidente Dilma
sempre foi conhecida pela, digamos, maneira ríspida de não aceitar opiniões que
divergem da sua.
A presidente
Dilma mais que qualquer outro presidente, vê a Amazônia como foco para o
desenvolvimento do país, mas infelizmente, o modelo a ser seguido já se mostrou
falho, atrasado, e principalmente destrutivo. O governo sempre deu sinais que o
importante é o progresso, custe o que custa. A opinião de especialistas,
ambientalistas, e da população não é importante, e nem será respeitada. Pedidos para parar a Belo Monte
são respondidos pela presidente com um “ah, tá”.
O mais novo ataque do governo Dilma foi às Unidades de Conservação
na Amazônia para a construção do Complexo Hidrelétrico de Tapajós. As áreas que
formam o maior mosaico de Unidades de Conservação do país, e que seria de
proteção integral foram reduzidas por uma Medida Provisória aprovada num
velocidade incrível em janeiro deste ano. Mais uma vez, apesar das opiniões de
especialistas, ambientalistas, da sociedade, e de servidores do próprio órgão
responsável pela gestão das UCs – o Instituto Chico Mendes, o governo Dilma
continua com o projeto a todo vapor.
Temos que
lembrar também da participação do governo durante os debates sobre a reforma do
Código Florestal. Apesar de dizer que não concordava com o texto o governo
pouco, ou nada fez para que o projeto não fosse aprovado. Quando teve a
chance de vetar tudo, a presidente fez o que lhe foi conveniente, e deu um veto
pífio e insignificante. E ainda fez melhor, premiou o Aldo Rebelo, relator do
projeto na Câmara, com um ministério, e o mesmo pode ocorrer com a senadora
Kátia Abreu – líder da bancada ruralista, que pode ganhar o ministério da
agricultura.
Parece que
os membros do governo não veem, ou fingi que não, a importância da preservação
da Amazônia, e seu potencial para atividades de desenvolvimento sustentável. O
governo Dilma ataca Amazônia com unhas e dentes, e trata aqueles que defendem o
contrario de forma desdenhosa, e por vezes desrespeitosa. Não são poucas as
denúncias de pressões sofridas por servidores de órgão ambientais para
liberação de obras naquela região. Não sabemos qual será o próximo ataque do
governo, mas temos certeza que não demorará muito, e que o governo agirá de
forma ditatorial, como tem feito até o momento.
Vamos
aproveitar este dia para refletirmos e principalmente nos unir na luta, cada
vez mais difícil para proteção da Amazônia. Não podemos aceitar que um modelo
de desenvolvimento, que já se mostrou tantas vezes falho, prevaleça sobre a
possibilidade de um desenvolvimento sustentável. E mais ainda, não podemos
aceitar que um governo, eleito de forma democrática haja de forma tão
ditatorial, negando a opinião da própria sociedade que o elegeu. Fica então o
clamor: protejam Amazônia dos males do governo Dilma.
ESCRITO POR DANILO ROCHA
Pedagogo, graduado pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
acredita que somente uma reformulação na ética humana irá reaproximar o homem
do ambiente, fomentando assim um desenvolvimento sustentável.
É importante destacar que, a partir de Vargas, a Amazônia passou a ser vista como uma espécie de armazém de insumos para movimentar a LOCOMOTIVA BRASIL...Desde então passamos a ser tratados não como membros da federação, mas como colônia de exploração...Depois que da descoberta de Carajás e outras minas, isso se intensificou....
ResponderExcluirVargas lançou a chamada Marcha para o Oeste e os militares, a partir da criação da SUDAM e da SUFRAMA, falavam o tempo todo na chamada conquista do OESTE...raciocinando a partir do exemplo norte-americano....ou seja...a Amazônia passou a ser vista como o espaço que precisava ser ocupado a qualquer custo e tomado das mãos dos índios, ou seja, de nós amazônidas....eis porque esse modelo é tão ditatorial, pois seus determinantes vem do exterior...grandes investidores, principalmente na área mineral...
ResponderExcluirVeio a chamada NOVA REPÚBLICA, com COLLOR, ITAMAR, FHC, LULA E DILMA, mas a postura não mudou....Dilma, pelo que vê, é mais linha dura que COSTA E SILVA E MÉDICE JUNTOS!!!!
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