terça-feira, 13 de julho de 2010

O PSOL e sua fase ruim


Em outros tempos os movimentos operários faziam greves, paravam fabricas, estudantes invadiam as avenidas das grandes capitais. Hoje estamos submetidos a um movimento bastante fracionado, burocrático e corrompido. Se não bastasse, os mesmos foram cooptados pelo Estado, estabelecendo, não uma posição de independência e embate, mas sim uma relação de cumplicidade promíscua com o capital e o Estado.

A CUT e a UNE, que foram referência de luta aos trabalhadores e estudantes na história mais recente dos movimentos sociais se perderam, não estão mais do lado do trabalhador e dos estudantes.

Em nível Regional a coisa vai de mal a pior. A CUT que historicamente lutou pela classe trabalhadora, hoje é um braço político de Eduardo Braga. O Movimento Estudantil esse está tão fragmentado quanto a CUT.

O PSOL deve regatar a esperança dos lutadores sociais que ainda acreditam na autonomia dos movimentos frente ao Estado. Isso é claro, pautado pela organização de trabalhadores e estudantes, de forma autônoma e classista. Isso é um dever do dirigente político, construir estes mecanismos, e o PSOL aqui no Estado do Amazonas não está conseguindo manter este dialogo com a sociedade. Devemos então construir movimentos sociais, entidades de classe etc, que venham a ter uma postura combativa. Isso é uma tarefa urgente, urgentíssima que não podemos nos esquivar e nem adiar. Não podemos nos perder no discurso vazio e na burocracia jurídica. Temos que mostra o PSOL para sociedade.

Estamos em plena campanha política, onde o povo escolhe através do voto seus representantes, e até o presente momento o PSOL não mostrou a cara, ainda não conseguiu sair do porão da Luis Antony. Por outro lado identificamos que o Partido não consegue formar quadros políticos, isso fica claro quando apresentamos para sociedade uma candidatura ao Governo do Estado, anacrônica e do ponto de vista política um desastre.

O PSOL deveria vim com força máxima para disputar está eleição. Tínhamos que mostrar a sociedade os nossos melhores quadros. Tínhamos que acumular votos, mas também tínhamos que acumular forças, com organização e luta direta. É bom lembrar aos bravos camaradas que é na experiência prática de luta que se conquista “consciência de classe”, desatrelando-se da política burguês-eleitoreira. Se a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, ela deve ser sedimentada em ambiente próprio. Fortalecer a luta em cada local de atuação, denunciando práticas que privilegiam decisões de cúpulas e que tendem a pôr os movimentos na trilha de ilusões eleitorais ou simplesmente que esvaziam seu protagonismo.


Alex Mendes – Secretário Geral do PSOL-AM

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