http://members.chello.nl/t.lage/index.html Conta o site da BBC o oba-oba que estão fazendo em torno do faxineiro paquistanês Essa Khan, que encontrou um pacote de US$ 50 mil em notas de 100 num quarto de um hotel em Karachi e o devolveu à gerência. O homem está sendo agora homenageado, recebendo prêmios do governo local, rosto estampado em todos os jornais paquistaneses, o diabo. Não se pode perder ocasião para elogiar a honestidade de pobre, principalmente num país onde a corrupção grassa.
Isso me fez lembrar caso parecido na Suiça. Aconteceu quando eu morava em Berna e trabalhava na Rádio SuConta o site da BBC o oba-oba que estão fazendo em torno do faxineiro paquistanês Essa Khan, íça Internacional. Uma mulher pobre, acho que era também faxineira, encontrou um pacote de dinheiro na porta de um banco. A dita senhora abriu para ver o que era e, em seguida, entrou no estabelecimento e o devolveu a um funcionário.
O caso foi estampado, é claro, em todos os jornais do país e, de manhã, foi o assunto discutido na reunião de pauta que se fazia entre as seções que transmitiam programas em ondas curtas. A subeditora, uma jornalista suíça-alemã, excitadíssima, exclamou babando nacionalismo.
- Só uma suíça faria isso.
- Eu, no meu canto, olhei para a companheira e disse.
- Ah, os suíços têm outros métodos.
O assunto foi encerrado ali. Passamos aos temas normais da rapinagem dos pobres pelos ricos.
PS: O salário de Essa Khan é abaixo do mínimo brasileiro. E a grana encontrada era de um hóspede japonês, certamente com uma cueca pequena para abrigar um pacote tão grande.
Isso me fez lembrar caso parecido na Suiça. Aconteceu quando eu morava em Berna e trabalhava na Rádio SuConta o site da BBC o oba-oba que estão fazendo em torno do faxineiro paquistanês Essa Khan, íça Internacional. Uma mulher pobre, acho que era também faxineira, encontrou um pacote de dinheiro na porta de um banco. A dita senhora abriu para ver o que era e, em seguida, entrou no estabelecimento e o devolveu a um funcionário.
O caso foi estampado, é claro, em todos os jornais do país e, de manhã, foi o assunto discutido na reunião de pauta que se fazia entre as seções que transmitiam programas em ondas curtas. A subeditora, uma jornalista suíça-alemã, excitadíssima, exclamou babando nacionalismo.
- Só uma suíça faria isso.
- Eu, no meu canto, olhei para a companheira e disse.
- Ah, os suíços têm outros métodos.
O assunto foi encerrado ali. Passamos aos temas normais da rapinagem dos pobres pelos ricos.
PS: O salário de Essa Khan é abaixo do mínimo brasileiro. E a grana encontrada era de um hóspede japonês, certamente com uma cueca pequena para abrigar um pacote tão grande.
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