Ademir Ramos (*)
Tenho a alegria de participar de uma rede que vem discutindo a
cultura como matriz de desenvolvendo, repensando a política, seus atores e,
principalmente, as instituições formadoras, seus produtores culturais, numa
perspectiva visionária dos intelectuais estruturantes. A discussão ganha corpo
e a rede balança, mobilizando força em direção à construção de novas práticas
culturais, problematizando as políticas governamentais que ignoram e desrespeitam
o protagonismo dos agentes e produtores culturais desqualificando suas práticas
conectivas e criativas.
O Coletivo Difusão e o Movimento Cultural Fora do Eixo
representado por Caio Mota, Keila Serruya, Elisa Maia, André oliveira, Allan
Gomes, Michelle Andrews e todo corpo que forma este coletivo vivo a pulsar
alegria, beleza, criatividade como expressão das organizações comunitárias
assentadas nos valores republicanos fincados na justiça distributiva e na ética
da responsabilidade, quebrando com os modelos instituídos e por vezes
pasteurizados, não respondendo e muito menos compreendendo a cultura e suas
relações produtivas.
Vivendo desse modo, o mundo torna-se a sua aldeia, exigindo que os
formuladores de políticas públicas de Estado, empresariais e das comunas
socialmente organizadas mostrem suas competência e habilidades regrados pela
reciprocidade e responsabilidade mútua assegurada e reconhecida por todos (as)
que participam da vida sustentável do planeta.
A cidade que queremos é o tema gerador dos debates nas redes,
provocando os internautas e os protagonistasnet a participarem do mutirão das
ideias, propostas e práticas culturais que removam os entulhos burocráticos dos
bacharéis das academias formadoras de arrogantes intelectuais e profissionais paroquiais
que perderam a capacidade de admirar, espantar-se, de problematizar o mundo e
de fazer autocrítica relativo à legitimidade do conhecimento e das formas de
saber.
Nesse ócio improdutivo, os bacharéis e os burocratas de Estado,
encontram-se ossificados, batendo sola, reproduzindo os mesmos erros do passado
por ignorar a história e as suas determinações.
#norteconectado é o chamamento que os agentes e produtores culturais
da Amazônia fazem aos prefeituráveis e aos demais candidatos para participarem
das discussões e dos debates relativos às políticas públicas quanto à
construção das cidades que queremos. Para esse fim é necessário pautar os
debates e mobilizar força para ampliar nas redes a discussão e o aferimento das
propostas quanto à sua viabilidade, eficácia e mútua responsabilidade dos
agentes públicos e das lideranças comunitárias, a começar pela conectividade em
rede planejamentodifusao@gmail.com tendo por referência o articulista Caio Mota
para agregar força e quem sabe construir espaços que possam abrigar homens,
mulheres, crianças e jovens em estreita relação comunal com a natureza e a
sociedade em processo criativo inovador. Façamos acontecer afirmando a cidadanianet,
é o muito que se espera para a consecução da cidade que queremos.
(*) É professor, antropólogo e coordenador do NCPAM/UFAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário