Ademir Ramos (*)
É
tempo de passar o Brasil a limpa, julgando os traidores do povo, políticos e
governantes, que manipulam e metem a mão no dinheiro público para beneficiar
familiares e grupos que dão sustentação aos seus negócios, vícios e vaidades.
Esses “marginais do poder” vivem da política e precisam do seu voto
para garantir e ampliar os seus negócios, deixando o povo sem água, trabalho e
pão. O voto, por sua vez, é a vontade do eleitor cidadão que se manifesta
contra esses picaretas que se fazem de bonzinhos somente nas épocas das
eleições para assaltar o eleitor e com isso continuar explorando o povo e
metendo a mão no Erário público.
A
gravidade dos fatos requer que o eleitor não se deixe levar pelas promessas e
mais promessas, não permitindo que o crime prospere e seus beneficiários
continuem rindo do povo. O seu voto tem valor por quatro anos,
podendo ser renovado por mais quatro; por isso, é necessário que se diga não,votando
contra as candidaturas que representam interesses privados,de grupos
salteadores do poder alimentando-se da miséria do povo.
Voto
é compromisso e quando assim renovado nas
urnas, celebra-se novos pactos em defesa da democracia assentados na liberdade
e na justiça social. Esta opção é fundamental para que possamos viver na paz
social e com a consciência tranquila de se viver na cidade, na aldeia
ou na pátria que adotamos para viver em comunhão com os seus e com os filhos
deste chão.
A
responsabilidade é mútua semelhante ao semeador que além de plantar deve cuidar
para que a vida prospere, combatendo os predadores e seus
aliados que buscam de forma imediata se apropriar do bem comum, obtendo lucro
fácil e fazendo pouco caso a vida das pessoas e do planeta. A ganância
dessa gente é desmedida, sendo capaz de mentir, roubar e matar para continuar
no poder controlando o orçamento público, em detrimento da extrema pobreza do
nosso povo.
O
cúmplice do roubo também é ladrão. Dessa feita, o eleitor que vota
nos candidatos que fazem parte da quadrilha dos salteadores do poder, abonando
nas urnas o nome do político fanfarrão, também contribui para que o crime
social e político prosperem, impossibilitando que a comuna (cidade) e a
sociedade se desenvolvam de forma saudável e autônoma.
Mas,
como saber se aquele político é ladrão? – Basta conferir sua
trajetória, seus aliados, suas práticas, sua devoção e examinar se aquilo que
ele diz confere realmente com suas ações e propostas. A cumplicidade do
eleitor é a razão para que o crime prospere, a violência se multiplique, a
cidade continue abandonada e as pessoas desacreditem nos partidos políticos,
nas instituições democráticas e na própria capacidade do eleitor de exercer a
cidadania comprometendo-se com a política enquanto instrumento de desenvolvimento
humano amparado nos valores republicanos acima de qualquer interesse
empresarial, familiar ou religioso.
O
voto compromisso transforma o eleitor em cidadão e exige dos políticos
responsabilidade e zelo pela coisa pública.
Portanto, a nossa opção nas urnas deve ser pelo bem de nossa cidade, como um
corpo vivo que é, a reclamar atenção dos eleitos, e assim sendo, como filhos,
usuários e moradores, nos sentiremos comprometidos com o presente e o futuro da
nossa Manaus.
(*)
É professor, antropólogo e coordenador do projeto Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
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