Que esteja escrito: faleceu, na
semana passada, a base legal de proteção às florestas no Brasil. Sim,
chegou ao fim a batalha por uma legislação que protegesse o meio ambiente em
sua totalidade. Na tarde da última quinta-feira (18), foram anunciados apenas
nove vetos à Medida Provisória 571/12, que agora passa a ser lei. Mas não há o
que se comemorar com o nascimento dessa nova lei. Muito pelo contrário, o
processo de criação desta deu a luz, não a um Código Florestal renovado e
criterioso, mas ao primeiro Código Agropecuário do país.
Pela Lei nº. 12.651/12, com algumas
alterações feitas pela Lei 12.727/12, os grandes desmatadores são anistiados, e
desobrigados de recompor a área. Eles não precisarão ter florestas em topos de
morro e encostas, terão (apenas) 15 metros ao redor de nascentes, e dependendo
do tamanho da propriedade não precisarão ter mata ciliar ao largo dos pequenos
rios.
Além
disso: em mais de 90 municípios as áreas de reserva legal cairão de 80% para
menos de 50%. Áreas consideradas até o momento como sendo de preservação
permanente, com os igapós e várzeas, que juntas chegam a mais 400 mil km²,
deixarão de ser consideradas APPs. Nascentes de rios intermitentes poderão ser
desmatadas – e alguém duvida que serão?
Muitos
dizem que a presidente Dilma, ou presidenta como ela gosta de ser chamada,
decepcionou o Brasil com seus vetos – quase insignificantes. E que descumpriu a
promessa feita, em 2010, de não aceitar retrocessos na legislação de proteção
ambiental. Mas o fato é que o governo não fez absolutamente nada de efetivo
para evitar que o texto da reforma do Código Florestal chegasse ao ponto em que
chegou.
Durante
a tramitação da reforma do Código na Câmara o texto ficou na mão do então Dep.
Aldo Rebelo, que dialogou explicitamente com a bancada ruralista, e desdenhou
das orientações dos especialistas para a construção do projeto. O Dep. Aldo
Rebelo recusou qualquer diálogo com os movimentos socioambientais e, ao final,
foi premiado com um ministério pela queridíssima presidente Dilma
(que homem brilhante e culto ele é – saiu de especialista ambiental para expert
em esporte em alguns meses).
Foram
anos de um vai-e-vem sem fim. Acompanhamos esse processo, mais de perto a
partir das propostas do Aldo, em 2010, e desde então seguimos na discussão. Não
por menos, esse é o tópico que mais discutimos aqui: com este post, seguem-se 43 textos, artigos e
reflexões sobre as mudanças no Código
Florestal. Estávamos aqui quando estas propostas foram aprovadas pela primeira vez na Câmara; quando o senado o ratificou; quando da campanha pelo “Veta tudo, Dilma” (e quando
ela não seguiu o clamor da maioria da população do país); quando o mesmo voltou
à Câmara, passou pelo Senado e, mais uma vez, falhou nos vetos simples que a
nossa presidente fez.
Somos
simples cidadãos com ousadia o suficiente para questionar a posição passiva do
governo frente a um assunto de demasiada importância para o futuro deste país.
O Brasil tem a chance de se tornar uma potência mundial. Rico em recursos
naturais, tem, como poucos, as chances de encarar um planeta em colapso.
Entretanto, levados pela ganância e por uma visão retrógrada, estúpida, governos e ruralistas querem – e agora não
terão respaldo legal para impedi-los – passar o motosserra nas
florestas, e jogar ralo abaixo nossas chances de desenvolvimento justo e
democrático.
Nós, do E esse tal Meio Ambiente?, lamentamos imensamente que Dilma Rousseff, ex-militante
política, junto com um outrora governo de esquerda, com histórico de lutas por
direitos da minoria política, tenham fechado os olhos para o futuro.
Lamentamos, também, pelos nossos netos, seus filhos e seus netos, que não terão
as mesmas oportunidades que tivemos de usufruir de um ambiente saudável, limpo,
conservado…
O
fato é que com a morte do Código Florestal, nasce o primeiro Código Ruralista
brasileiro. Foram anos de lutas, passeatas, protestos, campanhas, petições,
ações, e tantas outras coisas que fizemos. Mas de forma alguma devemos cruzar
os braços, e esperar pela chegada do apocalipse. Devemos continuar engajados na
luta pela defesa da proteção ambiental, e pelo desenvolvimento sustentável deste
país. Continuaremos fomentando a construção do conhecimento para que – quem
sabe um dia, os membros da bancada ruralista consigam perceber que o lucro
imediato baseado na destruição não sustentará o futuro do Brasil, mas pelo
contrário, levará a escassez e ao aumento das desigualdades.
O Brasil, tem 55% do seu território em matas nativas e de propriedade do Governo, a maior parte do governo federal.Estas florestas, estão sendo disimadas or grileiros, madeireiros e exploradores diversos.Todos a meu ver,são clandestinos, senão criminosos ambientais. è lá que se agride as florestas. E, é lá que os santos ambientalistas, paladinos defensores do meio ambiente, deveriam enfrentar a destruição de nossos verdes. è la que existe o crime de leza pátria do meio ambiente. mas, qual nada,o que eles (ambientalistas) fazema se lançarem sobre o patrimônio das pessoas,que muitas vezes, ou na maioria delas coseguido secularmente. A presidente da CNA, disse em recente entrevista, sobre os vetos de Dilma, que 5 metros a mais o a menos não fazem muita diferença para os produtores rurais. Ai, veio o filhotão de Sarney, também em entrevista, que 5 metros ara o meio ambiente faz muita diferença. Ai, que volto ao meu pensamento, então filhotaço de Sarney, vá zelar, não só de seus 5 metros,mas de milhares ou milhões de metros quadrados nas terras públicas da amazônia. E larguem de meu pé chulé fedido.
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