Por Jornalismo Carlos Costa – Todos ganharam e perderam ao final
da Conferência Rio + 20, pois ninguém pode se anunciar vencedor ou perdedor em
sua totalidade!
Entre mortos, feridos, protestos de entidades ambientalistas,
reunião de prefeitos, empresários e uma carta aberta de cientistas à presidente
Dilma Rousseff, cobrando-a sobre as promessas de um “desenvolvimento
sustentado, pautado pelo direito dos povos ao progresso, com o devido
fundamento científico”, todos saíram vivos ou quase vivos da Conferência Rio +
20, mas sem muitos resultados práticos, concretos ou estabelecimento de metas a
serem cumpridas pelos governos, a curto, médio e longo prazo.
O mais interessante e importante na Conferência talvez tenha sido
a reunião dos Prefeitos, mas também sem muitas propostas práticas. Hoje, com as
tecnologias desenvolvidas, já existe como se projetar e construir edifícios
usando energia solar, captação de água das chuvas, implantação de sistema de
separação e captação de lixo doméstico em uma espécie de “tecnologia verde” com
prédios de apartamentos, usando-a em benefício dos condôminos, fazendo baixar a
taxa de condomínio.
Paralelamente, os prefeitos deveriam baixar decretos isentando ou
pelo menos amenizando o elevado preço dos IPTUs para empreendimentos
desenvolvimentos com essa tecnologia possível, mas ainda um pouco cara, que,
com o tempo e o uso continuado, poderão se tornar baratas e acessíveis a todos,
inclusive em casas também.
De tudo, porém, o mais forte protesto surgiu de um grupo de
cientistas de várias faculdades, em carta aberta à presidente Dilma, garantindo
que “não há evidências físicas da influência humana no clima global” e
denunciando, entre outras coisas, a “manipulação ideológica” em torno das
discussões da Conferência Rio + 20.
Os cientistas foram taxativos ao afirmar que “a despeito de todo o
sensacionalismo (...), não existe qualquer evidência física observada no mundo
real que permita demonstrar que as mudanças climáticas globais, ocorridas desde
a Revolução Industrial no Século XVIII, sejam anômalas em relação às ocorridas
anteriormente, no passado histórico e geológico – anomalias que, se ocorressem,
caracterizaria (sim), influência humana”.
Pelo menos os cientistas, os empresários e os prefeitos podem
seguir um caminho para provar suas teses, apoiarem projetos de edificações
socialmente sustentáveis e os empresários desenvolverem produtos que venham a
contribuir, ao menos, com uma menor poluição ao meio ambiente. Depois,
saberemos quem teve razão porque da Conferência Rio + 20 muitos saíram
frustrados!
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