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Área desmatada desde o dia 07/06/2012 mostra a brutalidade do crime! |
Os comunitários da comunidade Vista Bela no
Lago do Aleixo, Zona Leste de Manaus(AM), estão desde quinta-feira (7/06/2012),
tentando denunciar um crime ambiental para as Autoridades Ambientais no Estado do Amazonas
(IBAMA, SEMAS, IPAAM, Ministério Publico e Batalhão Ambiental da Policia Militar
do Amazonas), o crime ambiental é praticado pelo madeireiro João de Souza
Farias, um velho conhecido e reincidente na área de desmatamento ilegal, e está
sendo feito na margem do Lago do Aleixo, atrás da Penitenciaria Estadual, onde tratores
trabalham incessantemente derrubando toda a mata ciliar do Lago.
Apesar de todos os esforços da comunidade em
conter o crime ambiental, até hoje, domingo, a denúncia não foi possível ser feita
em razão dos órgãos competentes não possuírem plantão ambiental tanto no IBAMA,
no IPAAM, como na SEMMAS e até mesmo no Batalhão da Polícia Ambiental. Segundo
os comunitários o autor do desmatamento o madeireiro João de Souza Farias, conhecido
pela petulância de desafiar a legislação, os órgãos Ambientais dos Governos
Federal, Estadual e Municipal, para cometer crimes contra a natureza.
Hoje 10/06/2010 domingo, dois tratores deram
continuidade a derrubada da mata as 7horas da manhã, sem que qualquer
autoridade fosse pelo menos localizada para receber a denuncia, isso é motivo
de tristeza para os comunitários, que assistem sem poder resistir a consumação
de um crime que acontece sob os olhares complacentes dos Órgãos Ambientais no
Estado do Amazonas, tudo porque os seus titulares estão curtindo o feriado
prolongado.
Uma ação planejada e combinada com o Feriado
prolongado quando esses órgãos pararam de funcionar desde a quarta feira (06/06/12),
para que seus funcionários e Dirigentes fossem curtir um final de semana de muito
lazer e sem serem incomodados!
Valendo-se desse fato, o madeireiro articulou
tudo, providenciou os tratores, uma equipe de jagunços (uma verdadeira milícia partícular)
fortemente armados e começou o desmatamento. Os comunitários não conseguiram se
aproximar do local devido o forte esquema de segurança armado pelos jagunços.
AS TERRAS NO
LAGO DO ALEIXO.
Na área próxima a Penitenciária do
Puraquequara, entre o final do lago e o início do igarapé da Castanheira, o madeireiro
João de Souza Farias, está se intitulando dono das terras. Este senhor atua
desde o início da Comunidade Bela Vista no ramo de venda de madeira, ele chegou
bem antes da construção da Penitenciária. Hoje no local de sua madeireira,
(próxima a Penitenciária do Puraquequara) existe um porto de descarga de seixo e
areia.
Ele tem planos para construir algo na área
(empresa de reciclagem de alguma coisa), disse que vai limpar tudo e deu um
prazo de 10 dias para que os moradores saiam das casas localizadas na margem do
lago. Ele está oferecendo R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para que os moradores
providenciem uma nova casa.
As informações foram dadas por moradores da
área e conhecido da Dona Maria do Carmo. Eles pediram para fotografar a área e
encaminhar um pedido as autoridades para que os moradores não sejam expulsos de
suas casas. Segundo os moradores, o dito proprietário vai limpar tudo e jogar
mata e aterro no Lago do Aleixo. Os moradores estão se mobilizando para tomarem
posicionamento com relação ao assunto
Os moradores da Comunidade Bela Vista,
conhecem bem as histórias do madeireiro João Farias!
Este
fato nos mostra que com muita dificuldade a população está aos poucos
conseguindo falar dos problemas da comunidade e que o entorno do encontro das
águas carece com urgência de políticas que ampare o caboclo do beiradão da
Colônia, Puraquequara, Jatuarana, Catalão, Terra Nova, dentre tantas outras
paragens.
O madeireiro João de Souza Farias aposta na morosidade dos Órgãos Ambientais no Amazonas, para praticar esse tipo de crime, da mesma
forma, ele acredita na impunidade e afronta o poder publico com a certeza de
encontrar amparo politico das autoridades locais, como vem fazendo a Amzonaço,
que até agora não cumpre a determinação da Justiça Federal que interditou e
mandou demolir uma obra no Encontro das águas na confluência dos rios Negro e
Solimões.
Texto: Elson de Melo, Valter Calheiros e Elisa
Wandelli
Fotos: Valter Calheiros ativista Ambiental do SOS Encontro das Águas
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(01)
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(02)
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(03)
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(04)
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(05)
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(06)
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(07)
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(08) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(09) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(10) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(11) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(12) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(13) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(14) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(15) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(16) |
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Lago Aleixo e Comun Bela Vista - 10 de junho de 2012(17) |
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01 Penitenciária do Puraquequara e Lago do Aleixo maio de 2010
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02 Área da Penitenciária Puraquequara Bairro Bela Vista -16 de maio de2012
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03 Área fundo da Penitenciaria do Puraquequara - 30 de maio de 2012
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04 Área fundo da Penitenciaria do Puraquequara - 30 de maio de 2012
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05 Área fundo da Penitenciaria do Puraquequara - 30 de maio de 2012
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06 Área fundo da Penitenciaria do Puraquequara - 30 de maio de 2012
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07 Área fundo da Penitenciaria do Puraquequara - 30 de maio de 2012
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08 Área fundo da Penitenciaria do Puraquequara - 30 maio de 2012
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09 Dona Maria Carmo - remando no Lago do Aleixo
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10 Igarapé - após o Lago do Aleixo
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11 Igarapé - após o Lago do Aleixo
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12 Igarapé - após o Lago do Aleixo
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