Por Elson de Melo
A tentativa das empresas Vale do Rio Doce e
Coca Cola em construir um porto no Encontro das Águas confluência dos Rios
Negro e Solimões, continua deixando apreensivos os comunitários que habitam o
entorno desse majestoso fenômeno natural onde as águas turvas do Solimões se
encontram com as negras do Rio Negro.
Os moradores das Comunidades afetadas da
margem direita do Solimões no Município do Careiro conhecida por costa da Terra
Nova, uma área de várzea onde seus moradores sobrevivem da pesca, criação de
pequenos rebanhos bovinos, hortaliças, cultivo de cacau orgânico, artesanato e
turismo ecológico estão céticos quanto a suspenção da construção desse
monstrengo, algumas famílias estão muito bem inteiradas sobre a situação da
construção do Porto.
O ativista do Movimento Socioambiental SOS
Encontro das Aguas Valter Calheiros que visitou a região no domingo(24/05),
pode confirmar essa inteiração quando em conversa com comunitários, um senhor
chegou a afirmar que “apesar do processo está em Brasília, o Porto será
construído!”.
Calheiros defende que os militantes das
Instituições que lutam contra a construção do porto, precisaram ter uma
presença mais efetiva junto às comunidades do entorno. Valter Calheiros tem
razão, uma vez que essa luta, envolve muita informação e contrainformação e que
as empresas e o Governo, dispõem de recurso para implementar campanhas de
assedio aos comunitários, visando legitimar suas pretensões.
Essa forma de assedio já vem sendo feita
através de patrocínio a eventos comunitários, associações culturais ligado ao folclore
e até fornecimento de cestas básicas a uma Fundação com sede na Colônia Antônio
Aleixo, recentemente foi ventilado a possibilidade da empresa Lajes Logística
S/A promover uma campanha publicitária visado exatamente, convencer os
comunitários a aceitarem esse maldito
empreendimento!
No próximo dia (27/06) quarta feira, o
Movimento SOS encontro das Águas em parceria com as Comunidades do entorno do
Lago do Aleixo promovem o evento: Meio
Ambiente e Sustentabilidade à Luz da Rio+20 Discutindo Colônia, na pauta,
os constantes ataques ao Meio Ambiente praticado por empresas com apoio do
poder publico como a poluição e o desmatamento dos Lagos do Aleixo e
Puraquequara, a subtração das terras de ribeirinhos feito pelo Exercito
brasileiro, a degradação do Encontro das Águas com a construção da Amazonaço e
a tentativa de construção do Porto nas Lajes, também será discutida a possibilidade de transformação dessa região em
Área de Proteção Permanente.
Será uma grande oportunidade para os
comunitários, apresentarem suas demandas, tanto no que se refere a mobilidade
urbana, quanto na área de proteção aos mananciais existente nos lagos e
igarapés cujo seus leitos servem como ambiente pesqueiro e em suas margens local onde eles desenvolvem suas culturas de subsistência, dai a necessidade de preservação das
matas ciliares, bem como a implementação de politicas publicas que evite a
poluição das águas desses lagos, além de politicas de segurança publica e de
combate a prostituição e a delinquência.
O entorno do Encontro das águas, precisa de
investimento em educação ambiental e muito treinamento em turismo, uma vez que
sua economia em grande parte tem esse potencial, na questão agrícola, os investimentos precisam ser na produção hortaliças e leguminosas orgânica, tendo
como orientação a soberania alimentar, principalmente nas áreas de várzeas. A comunidade precisa assumir de forma efetiva o combate a ocupação devastadora
desses ativos ambientais, cultural e paisagísticos representado no Encontro das
águas e os lagos e igarapés no seu entorno.
Fotos: Valter Calheiros
ENTORNO DO ENCCONTRO DAS ÁGUAS, 24JUNHO DE 2012
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ENTORNO DO ENCCONTRO DAS ÁGUAS, 24JUNHO DE 2012
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ENTORNO DO ENCCONTRO DAS ÁGUAS, 24JUNHO DE 2012
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LAGO DO ALEIXO |
Quanta beleza! Porque o poder público não age para proteger essa beleza e sim trabalha para acabar com o que temos de melhor que é a natureza. O povo precisa ser maior que esses políticos incompetentes que não sabem o valor da água limpa, de uma árvore, dos pasaarinhos, das lajes, da arqueologia, da vida, enfim. Me solidarizo com os moradores do Aleixo e todas as comunidades tão sofridas do entorno do Encontro das Águas.
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