Muitos acreditam que nós humanos somos os seres superiores
deste planeta, e os motivos que justificariam isso são diversos: falamos,
pensamos, raciocinamos… Somos os filhos feitos à imagem de um Deus, somos a
cereja do sundae da evolução. Não importa em qual teoria da evolução você
acredite, o fato é que todas colocam o ser humano como superior no planeta.
E essa “superioridade” traz alguns benefícios, nos fazendo
donos da Terra. Assim, todos os recursos e seres são de nossa propriedade, e
estão disponíveis para nosso uso. E o ser humano adora usar, usa a si mesmo, a
os outros animais, e principalmente usa os recursos naturais do planeta. Usa
vorazmente, como se a vida fosse somente agora, e o futuro não existisse.
As necessidades dos humanos são sempre no superlativo,
queremos mais e sempre mais. A ganância nos move. Construímos modelos de
desenvolvimento baseados apenas no lucro, e na destruição. Essa lógica nos foi
embutida durante séculos, e está tão enraizada que é difícil acreditar que
possamos viver de outra forma.
Matamos por terra e por óleo. Por pedra e poder.
Mataremos por água, e ar. Esse é o caminho que a humanidade quer trilhar.
Marchamos para o caos, para a pobreza, para a desigualdade extrema.
Por mais que surjam vozes denunciando, mostrando um novo
rumo, nós nos fazemos de surdos. Por mais que gritemos dizendo não a essa
lógica, pessoas que deviam ser amplificadores de nossas vozes, calam-se ante ao
dinheiro e ao poder. A parcialidade de vetos medíocres, a imposição do bloco de
cimento no seio da floresta, mesmo quando uma sociedade inteira se mostra
contrária, traz à tona mais uma vez a lógica que guia este país.
O Dia do Meio Ambiente foi constituído para repensarmos essa
lógica, para repensar o papel do ser humano e seu caminho na Terra. A
desobediência dessa lógica arcaica é mais que necessária. Outros caminhos devem
ser trilhados. As vozes, corpo e mentes devem ser unidos, só assim teremos
força para traçar um caminho sustentável no planeta Terra.
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