A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça (22), projeto de
lei de autoria do Deputado Roberto Balestra (PP-GO), que anistia candidatos que
tiveram suas contas de campanhas eleitorais anteriores rejeitadas pela Justiça
Eleitoral. O texto aprovado estabelece novas regras para a expedição da
certidão de quitação eleitoral, que é exigida para que uma pessoa possa
garantir sua candidatura a um cargo eletivo. O projeto será agora encaminhado à
apreciação do Senado Federal.
A proposta muda a interpretação dada pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para a emissão da certidão de quitação eleitoral. De acordo com
o texto, os candidatos deverão apresentar à Justiça Eleitoral a prestação de
contas de campanha eleitoral, ainda que as contas sejam desaprovadas. O texto
estabelece, ainda, que a decisão que desaprovar as contas sujeitará o candidato
unicamente ao pagamento de multa no valor equivalente ao das irregularidades
detectadas, acrescida de 10 %.
Mai uma vez os Deputados legislam em causa própria, aos
poucos vão encontrando saídas para tornarem a Lei da Ficha Limpa inócua e ainda
afronta o Tribunal Superior Eleitoral, parece que no Brasil os delitos
eleitorais, passarão a obedecer a uma tabela de preço, resta saber quem é que
vai pagar essa conta.
Como pode um politico relapso ter a ousadia de Legislar e até
governar sem se preocupar com a sua própria prestação de conta, isso tudo tem a
ver com a cultura da impunidade, onde o jeitinho brasileiro encontra sempre uma
forma de burlar o marco regulatório, fato que gera a corrupção e transforma
nosso país no maior produtor de delinquentes eleitorais do mundo.
A cara de pau dos Deputados é tamanha, enquanto os
contraventores esnobam do Parlamento, não responderem nada na CPI, esses
Deputados não escondem suas razões espúrias para justificarem um projeto dessa
natureza, sem nenhuma relevância para o país e sua população como faz abaixo o
autor do Projeto.
“É certo que a simples rejeição de contas de campanha
eleitoral não pode, por si só e sem outras considerações, conduzir à restrição
dos direitos políticos, à falta de outros elementos configuradores de conduta
reprovável do ponto de vista moral”, justifica o autor do projeto, deputado
Roberto Balestra (PP-GO).
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